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Um paradoxo!



Caros Redistas,

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Estamos confinados num mundo de crimes hediondos, principalmente no Brasil,

criminosos canibais, pedofilia, seitas demonÃacas, roubos dos governantes,

sem falar na criminalidade nas ruas, onde os assaltos à mÃo armada se

sucedem em todos os Estados do PaÃs.

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Recentemente, a sociedade pernambucana ficou revoltada com a morte

trÃgica do estudante pobre da UFPE - Alcides do Nascimento Lins -, filho de

uma carroceira, assassinado por traficantes por engano que o confundiram

com usuÃrio de drogas. O Alcides ganhou fama nacional por ter sido o primeiro

colocado no vestibular da UFPE entre os alunos da rede pÃblica.

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Alguns procuram justificar a criminalidade a partir do conceito de que a culpa cabe

mais à sociedade do que ao criminoso. Outros, no extremo oposto, acreditam que

a violÃncia sà pode ser combatida em dobro.

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NÃo me sinto bem em ambos os casos. No 1Â caso, nÃo me sentiria bem durante um assalto,

alÃm de entregar tudo ao bandido, ainda pedir-lhe desculpas. Por outro lado, repugna-me alguÃm

comprar uma arma e sair por aà matando bandido. Deve haver um enfoque intermediÃrio entre

essas duas teses:a tese âsocialâ e a tese âmoralâ. Fosse verdadeira 1Â, a Ãndia (do nosso guru C. R. Rao)

onde a misÃria à maior do que nosso PaÃs, seria uma naÃÃo com maior criminalidade do que

o Brasil, o que nÃo Ã. No oposto, nÃo deveria haver criminalidade em Los Angeles, uma das

metrÃpoles mais ricas do planeta, nem em Lenigrado, onde nÃo existe desigualdade social.

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Por outro lado, existe, tambÃm, criminalidade nos paÃses em que vigora a pena de morte.

A pergunta crucial Ã: se nÃo existisse a pena de morte nesses paÃses, a criminalidade nÃo seria

muito maior. Acredito que sim.

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Eis o paradoxo: o Brasil à o paÃs do mundo ocidental que tem o maior Ãndice de religiosidade

e o maior Ãndice de criminalidade.

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Bom feriado a todos.

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Gauss

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"O maior antro de corrupÃÃo no Brasil à o Senado Federal" (G. M. Cordeiro).


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