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Re: [ABE-L]: Deu na Folha de SÃo Paulo



Caros,

Infelizmente, tenho firme convicÃÃo que a assertiva do Editorial da Folha

âapesar de ligeiras melhoras em ciÃncias e matemÃtica nas avaliaÃÃes do Pisa (Programa Internacional de AvaliaÃÃo de Alunos), os estudantes brasileiros ainda se classificam entre os piores do mundoâ

comprovada para alunos de 15 anos, em que o Brasil, entre 65 paÃses, està na 53a posiÃÃo em qualidade de ensino, se estenderia para os alunos de inÃmeros cursos de graduaÃÃo e pÃs-graduaÃÃo do Brasil, caso fosse feita uma avaliaÃÃo equivalente para esses Ãltimos.

Eu enfatizei - na rede da ABE -, que jà conversei com doutores em Economia (no PaÃs) que nunca tinham lido a âA Riqueza das NaÃÃesâ (de Adam Smith) e desconheciam (quase por completo) a teoria macroeconÃmica de John Keynes.

SÃ espero nÃo viver o suficiente para um dia encontrar um doutor em EstatÃstica dizendo que desconhece as ideias inovadoras de Sir Ronald Fisher.

Cordiais SaudaÃÃes,

Gauss Cordeiro




"I had the blues because I had no shoes. Until upon the street, I met a man who had no feet" (Dale Carnegie).


Â




Em 11/01/2011 10:00, Francisco Cribari < cribari@gmail.com > escreveu:
Folha de SÃo Paulo, 11 de janeiro de 2011 - EDITORIAL
Interesse pela ciÃncia

Se dependesse sà de resultados de sondagens de opiniÃo, Aloizio Mercadante poderia assumir o MinistÃrio da CiÃncia e Tecnologia (MCT) sem muita preocupaÃÃo. A imagem do setor nunca foi tÃo positiva, revela pesquisa realizada pela pasta. Nada menos que 65% dos 2.016 brasileiros entrevistados declararam interessar-se por temas de ciÃncia e tecnologia (C&T).
Trata-se de um honroso quinto lugar, atrÃs sà de questÃes ambientais (83%), medicina e saÃde (81%), religiÃo (74%) e economia (71%). Houve aumento generalizado do interesse, à verdade, com avanÃos em todas as categorias, mas com destaque para C&T.
NÃo sà a pesquisa cientÃfica aparece pela primeira vez à frente dos esportes (62%) como foi o assunto que mais progrediu no interesse da populaÃÃo desde a Ãltima ediÃÃo da sondagem, de 2006. AlÃm disso, reduziu-se de 33% para 26,7%, em quatro anos, a parcela dos que consideram a ciÃncia nacional "atrasada".
Algumas estatÃsticas corroboram a percepÃÃo, como o crescimento do nÃmero de artigos cientÃficos aceitos para publicaÃÃo em revistas de renome internacional. A competiÃÃo por tal reconhecimento à cerrada. O Brasil passou de 0,44% do total mundial, hà trÃs dÃcadas, para 2,7% em 2009.
Em que pesem os dados e a imagem favorÃveis, o cenÃrio de C&T no paÃs està longe de ser rÃseo. AlÃm da sempre diagnosticada incapacidade nacional de traduzir pesquisa bÃsica em inovaÃÃo, mobilizando tecnologia para turbinar a competitividade de empresas e produtos, o sistema comeÃa a falhar jà pelo alicerce, o ensino.
Apesar de ligeiras melhoras em ciÃncias e matemÃtica nas avaliaÃÃes do Pisa (Programa Internacional de AvaliaÃÃo de Alunos), os estudantes brasileiros ainda se classificam entre os piores do mundo. Estima-se em 100 mil o deficit de docentes de fÃsica, quÃmica, biologia e matemÃtica para o ensino mÃdio, nÃvel crucial para cristalizaÃÃo da cultura e da mentalidade cientÃficas.
Quanto à pesquisa do MCT, revela sobretudo que os entrevistados estÃo cada vez mais conscientes da relevÃncia da ciÃncia e da tecnologia em seu cotidiano -em conexÃo, pode-se imaginar, com as expectativas que essas atividades suscitam no campo da saÃde e da qualidade de vida.