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Re: RES: [ABE-L]: PrÃmio Faz DiferenÃa (Ãrea de Economia)



Caro Luiz,
Sem acentos, grato pelos pontos historicos. Minha assertiva deve-se
ao fato do PIB pernambuco ser bem modesto em termos nacionais.
Mas estah acrescentandoÂcrescendo apesar daqueles que jogam contra.
Abs,
Gauss

"I had the blues because I had no shoes. Until upon the street, I met a man who had no feet" (Dale Carnegie).


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Em 18/01/2011 14:03, Luiz Sergio Vaz < luizvaz@sarah.br > escreveu:
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Caro Prof. Gauss e demais Redistas,
Pernambuco nunca foi um estado pobre. Boa parte dos brasileiros nÃoÂsabe, mas Pernambuco proclamouÂRepÃblica em 1817, se tornando (creio) a Ãnica UF a ficarÂindependente do Brasil. Era a Ãpoca dos 'Patriotas', pessoas que aderiram à RevoluÃÃo. EstaÂdurou pouco. Coisa de meses.ÂSegue um pouco dessa estÃria (escrita com "e", em memÃria aÂMÃrio Quintana).
Visse ?!
Luiz
O movimento deflagrado em Pernambuco no ano de 1817 coincidiu com o perÃodo da expansÃo das idÃias liberais no mundo ocidental. Estas idÃias se difundiram tambÃm em vÃrias provÃncias brasileiras, circulando clandestinamente em ambientes onde se discutiam assuntos relativos à polÃtica e planos para a implantaÃÃo de um regime republicano. Falar contra a monarquia e contra o governador rÃgio Caetano Pinto de Miranda Montenegro (1804-1817) era uma prÃtica comum em certos cÃrculos pernambucanos nas primeiras dÃcadas do sÃculo XIX. Uma quadra cantada à Ãpoca dizia que ele era âCaetano no nome, pinto na falta de coragem, monte na altura e negro nas aÃÃesâ. Apesar de ser debatida por pequenos grupos de letrados, a prÃpria noÃÃo de independÃncia jà existia bem antes da revoluÃÃo, ganhando mais forÃa apÃs sua repressÃo.

Quando o ouvidor da Comarca do SertÃo tomou conhecimento das reuniÃes dos insurgentes, apressou-se em denunciÃ-las ao governador. Este, depois de ouvir outras pessoas que confirmaram a informaÃÃo, ordenou a captura dos lÃderes do movimento. Por ocasiÃo da prisÃo de alguns militares apontados como participantes da conspiraÃÃo houve pancadaria e mortes, precipitando a rebeliÃo. No Forte das Cinco Pontas, um brigadeiro portuguÃs foi morto pelo capitÃo Josà de Barros Lima, o LeÃo Coroado, no momento de prender seus comandados. Um ajudante-de-ordens teve igual destino quando tentava entrar no quartel do ParaÃso.

Era o dia 6 de marÃo de 1817, e a revoluÃÃo ganhava as ruas. O governador, ouvindo os tiros e temendo pela prÃpria sorte, fugiu do palÃcio e pediu abrigo no Forte do Brum. Sem demonstrar grande resistÃncia, Caetano Pinto aceitou um ultimato que exigia que as tropas estacionadas naquele forte se unissem Ãs forÃas revolucionÃrias, que estas forÃas entrassem no forte e tomassem posse dele, e que o governador se retirasse da provÃncia. Caetano Pinto acatou as exigÃncias sem grandes dificuldades, sendo em seguida conduzido a uma embarcaÃÃo que se dirigiu ao Rio de Janeiro, onde foi preso na Ilha das Cobras, acusado de indolente pela falta de punho e por nÃo ter tido a capacidade de debelar a crise antes que ela chegasse Ãs ruas.Â
Controlado o Recife no dia 7 de marÃo, tratou-se de cuidar da formaÃÃo do governo da provÃncia. AliÃs, havia ali certa confusÃo, uma vez que nÃo se sabia quem detinha a autoridade. Com a divulgaÃÃo da notÃci a da vitÃria dos rebeldes, muita gente saiu Ãs ruas e se concentrou na PraÃa do ErÃrio, na esperanÃa de participar da escolha do governo. Nesse momento, Domingos Josà Martins entrou no edifÃcio do ErÃrio com a intenÃÃo de organizar o eleitorado que iria escolher a nova administraÃÃo. Em seguida, por meio de um proclama que percorreu as ruas recifenses, foram anunciados os nomes dos membros do governo provisÃrio. Esse era composto por uma junta, inspirada no diretÃrio francÃs de 1795, formada por cinco pessoas, todas representando a classe dominante: Manuel Correia de AraÃjo, expoente da elite agrÃria; Domingos Josà Martins, dos comerciantes; Josà LuÃs de MendonÃa, dos magistrados; Domingos TeotÃnio Jorge Martins Pessoa, dos militares; e o padre JoÃo Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, presidente do governo e lÃder do clero. Outros nomes de grande representatividade na capitania integraram um conselho para assessoramento do governo, entre el es AntÃnio Carlos Ribeiro de Andrada, irmÃo de Josà BonifÃcio de Andrada e Silva.

Os poderes do governo estavam regulamentados por uma lei orgÃnica, considerada de autoria de frei Caneca, inspirada na DeclaraÃÃo dos Direitos do Homem e do CidadÃo. O documento deveria vigorar atà que fossem realizadas as eleiÃÃes e se organizasse o Parlamento que votaria uma ConstituiÃÃo. Ainda em harmonia com as idÃias liberais, foi estabelecido o direito de liberdade de consciÃncia e de imprensa, chegando-se a imprimir a âDeclaraÃÃo dos Direitos Naturais, Civis e PolÃticos do Homemâ na Oficina TipogrÃfica da RepÃblica de Pernambuco. O Estado adotava como religiÃo oficial a catÃlica romana, sendo as demais âtoleradasâ. Os lusitanos que dessem demonstraÃÃo de adesÃo à revoluÃÃo seriam considerados âpatriotasâ. As leis em vigor continuariam âa ter a mesma autoridadeâ, enquanto nÃo fosse preparado âum cÃdigo nacionalâ adequado Ãs ânovas circunstÃncias e precisÃesâ.

-----Mensagem original-----
De: gausscordeiro [mailto:gausscordeiro@uol.com.br]
Enviada em: terÃa-feira, 18 de janeiro de 2011 12:37
Para: abe-l@ime.usp.br
Assunto: [ABE-L]: PrÃmio Faz DiferenÃa (Ãrea de Economia)

Caros Redistas,

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Como jà disse aqui na rede, Pernambuco à referÃncia na Ãrea de ComputaÃÃo

no PaÃs (e, tambÃm, em EstatÃstica, MatemÃtica e FÃsica, entre outras Ãreas),

apesar de ser um estado pobre, naturalmente de periferia, e atà desconhecido

geograficamente de muitos deputados (por ignorÃncia deles).

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Vejam o PrÃmio Faz DiferenÃa - na Ãrea de Economia -, que o Prof. Silvio Meira (da UFPE) ganhou em:

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http://www2.cin.ufpe.br/site/index.php

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Notem que ele venceu pesos pesados do PIB brasileiro.

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O grande matemÃtico Prof. Jacob Palis ganhou o referido prÃmio na categoria CiÃncia/HistÃria.

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Cordiais SaudaÃÃes,

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Gauss






"I had the blues because I had no shoes. Until upon the street, I met a man who had no feet" (Dale Carnegie).


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