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Jornal da Ciencia da SBPC (vide destaque do Brasil abaixo)





11. Pedidos de patentes do Brasil caem 14% em 2010
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O Brasil caiu um posto, para 24Â posiÃÃo entre 142 paÃses membros do Tratado de ProteÃÃo de Patentes da Ompi

O Brasil perdeu terreno em inovaÃÃo tecnolÃgica na comparaÃÃo internacional, pelo que mostra relatÃrio da OrganizaÃÃo Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) divulgado ontem. Em 2010, a economia do paÃs cresceu, mas seus pedidos internacionais de patentes caÃram 14,4%. Em comparaÃÃo, progrediram 56,2% na China, 20,5% na Coreia do Sul, e 15,4% na Ãndia. A RÃssia registra tambÃm mais patentes que o Brasil.

O Brasil caiu um posto, para 24 posiÃÃo entre 142 paÃses membros do Tratado de ProteÃÃo de Patentes da OMPI. Esse acordo dà aos inventores e Ãs indÃstrias proteÃÃo simultÃnea de uma invenÃÃo.

No caso do Brasil, suas 422 demandas internacionais de proteÃÃo de inovaÃÃo representam mais da metade da AmÃrica Latina, onde o segundo foi o MÃxico com 145. A Argentina sà fez 5. Toda a AmÃrica Latina, porÃm, sà representou 6,5% dos pedidos de patentes da China, paÃs que paradoxalmente continua a ser tambÃm acusado de forte pirataria de inovaÃÃo estrangeira.

"As taxas de crescimento rÃpido na Ãsia testemunham uma aceleraÃÃo da diversificaÃÃo geogrÃfica das atividades de inovaÃÃo", disse o diretor-geral da OMPI, Francis Gurry. Entre as dez maiores companhias demandantes de proteÃÃo de patentes, seis sÃo asiÃticas, trÃs europeias e uma americana.

A primeira foi a Panasonic, do JapÃo, com 2.154 pedidos, seguida da chinesa ZTE,com 1.863. Por setor, a comunicaÃÃo digital foi a que teve o mais rÃpido crescimento com 17,3% dos pedidos.

No Brasil, as empresas que mais pediram proteÃÃo de patente foram a americana Whirlpool, com 39, Petrobras, com 15, e a europeia Electrolux, com 12. A boa surpresa à que a Universidade Federal de Pernambuco fez nove pedidos, enquanto a Embraer apenas cinco.

Para Gurry, a diferenÃa entre a China e os latinos, incluindo o Brasil, à que os chineses tÃm um projeto persistente de transformar o paÃs em centro de tecnologia. "A base tecnolÃgica à um processo de longo prazo, e a pesquisa e desenvolvimento na China e Ãndia avanÃam", disse.

Globalmente, as demandas de patente aumentaram 4,8%, totalizando 162.900, ainda abaixo do nÃvel de 2008, de antes da pior recessÃo dos Ãltimos tempos.

Os Estados Unidos continuam a ser o maior utilizador do sistema global de patentes, com 44.855 pedidos, seguido do JapÃo e da Alemanha. Mas o nÃmero dos americanos em 2010 ainda à 20% inferior ao de antes da crise financeira global em 2008, ilustrando o quanto a sua economia foi afetada.

Por outro lado, o diretor da OMPI declarou-se "esperanÃoso" de que no futuro prÃximo o Brasil venha enfim a aderir ao Protocolo de Madri. Isso reduziria muito o custo dos exportadores para proteger seu nome e frase associada a ela contra o uso por outros produtos. Segundo a entidade, para registrar uma marca hoje em 55 paÃses, a empresa gasta cerca de US$ 100 mil. A Ãndia deve aderir este ano.

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"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).



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