[Prévia] [Próxima] [Prévia por assunto] [Próxima por assunto]
[Índice cronológico] [Índice de assunto]

[Fwd: Mestrado profissional e CAPES e Folha de São Paulo, 2 reportagens....]



  São Paulo, domingo, 13 de março de 2011



*"Escolas viram um nicho", diz presidente da Capes*

*Metade dos mestrados profissionais é privada, contra 20% nos acadêmicos*

*Jorge Guimarães diz, porém, que ainda existe uma grande resistência no meio
acadêmico a esse tipo de curso *

  Mateus Bruxel/Folhapress
*Sala de aula de mestrado profissional da FGV, em São Paulo*

DE SÃO PAULO

O presidente da Capes (fundação do Ministério da Educação responsável pela
pós-graduação), Jorge Guimarães, espera crescimento maior do mestrado
profissional, considerando que há segmentos que precisam aperfeiçoar os
profissionais. Para funcionar, o curso precisa ser aprovado pelo órgão. A
avaliação dos programas pode ser vista no site *www.capes.gov.br*. *(FT) *



*Folha - Como o sr. avalia o mestrado profissional?
Jorge Guimarães -* Cresceu bem, mas menos que a gente queria. Vários
segmentos no país precisam de melhoria na formação de seus profissionais,
como em gestão, serviços, tecnologia e educação.

*Quais as principais diferenças de um mestrado acadêmico para o
profissional?
*No profissional, o mestrando vem resolver um problema da indústria,
trabalhar a perspectiva de montar um negócio ou é um profissional que
precisa de upgrade na formação. O acadêmico é para o jovem cientista que
seguirá na pesquisa.
No acadêmico, é preciso fazer uma dissertação no final. No profissional,
pode ser a criação de um produto ou de uma nova planilha para gerenciar
estoque de um supermercado. É mais focado.

*Há problemas?
*Há resistência no meio acadêmico. Em direito, não há nenhum programa. Já
mudamos três vezes a comissão que avalia os cursos e as propostas não
passam.
As exigências se focam muito em fatores estritamente acadêmicos.

*O mestrado profissional é uma forma de ajudar as instituições de ensino?
*Ele atende um perfil de aluno que provavelmente não iria para o acadêmico.
Tanto é verdade que, no acadêmico, 20% dos programas são privados; no
profissional, 50%. As escolas viram um nicho de oportunidade.
  São Paulo, domingo, 13 de março de 2011


*Dobra procura por mestrado profissional*

*Curso de pós com foco maior no mercado de trabalho ganha preferência de
empresas e atrai 10 mil estudantes no país*

*Em geral, modalidade tem carga horária maior que especializações e MBAs;
número de cursos cresce 150% *

*FÁBIO TAKAHASHI*
DE SÃO PAULO

O publicitário Gabriel Alvares de Lima, 29, procurava uma pós-graduação em
administração para melhorar os procedimentos de sua empresa de consultoria.
Pesquisou MBAs, mas achou o conteúdo incompleto. O mestrado convencional era
inviável por exigir dedicação integral.
A opção encontrada por Lima foi o mestrado profissional, uma modalidade com
cerca de dez anos que tem crescido -o número de programas (cursos) aumentou
150% em cinco anos.
O número de matriculados quase dobrou desde 2005, chegando a mais de 10 mil
estudantes, aproximadamente 10% do mestrado no país.
A modalidade é a principal aposta da Capes (órgão do Ministério da Educação
responsável pela pós-graduação brasileira) para qualificar a mão de obra,
principalmente de profissionais com experiência. E o mercado já começou a
absorver a ideia.
A Telefônica, por exemplo, prefere o mestrado profissional ao acadêmico no
programa de subsídio para pós-graduandos, devido à maior aplicabilidade do
conteúdo e à flexibilidade do horário (as aulas podem ser noturnas).
"É a união que a indústria sempre quis: conhecimento acadêmico e
aplicabilidade profissional", afirma o supervisor de treinamento e de-
senvolvimento da Ford, Gilson Filho.
A companhia tem convênio específico na área com o Senai/Cimatec, na Bahia.

*DIFERENÇAS*
O mestrado profissional, em geral, conta com uma carga horária maior que
MBAs e especializações. E os cursos são avaliados pelo governo.
Em relação ao mestrado acadêmico, a grande diferença é o foco. No
profissional, são abordadas mais questões do mercado de trabalho.
"Cada modalidade tem um público", diz a vice-diretora acadêmica da Escola de
Administração de São Paulo (FGV), Maria José Tonelli.
"Quem quer um primeiro contato com a área pode fazer o MBA. Se a pessoa já
tem mais experiência, o mestrado profissional é mais indicado, por ser mais
aprofundado."
As diferenças aparecem também no preço. No Insper, por exemplo, o MBA
executivo custa R$ 57 mil, e o mestrado profissional em administração, R$ 70
mil.
Para o mercado de trabalho, de uma forma geral, a modalidade de
pós-graduação não é o primordial, diz o diretor da Catho Educação,
Constantino Cavalheiro.
"A empresa considera mais a reputação da escola e a coerência do curso com o
plano de carreira do candidato", afirma.
Diversas áreas possuem cursos de mestrado profissional. Algumas das quais há
mais oferta são administração, engenharia e ensino (ciências e matemática).

*HISTÓRICO*
O formato de mestrado profissional começou a ser discutido nos anos 1990.
"A ideia era organizar a pós, porque estavam surgindo muitos MBAs, sem
controle", diz o pesquisador de ensino superior Oscar Hipólito, que integrou
as primeiras comissões da Capes que discutiram a modalidade.
Segundo Hipólito, o mestrado profissional atende hoje um público que estava
sem opção e, por isso, não chega a prejudicar as demais modalidades de
pós-graduação.
"É uma opção que deve crescer, mas há problemas", afirmou o coordenador do
mestrado profissional em administração do Insper, Danny Claro.
"Houve escolas que abriram cursos ruins, e as empresas passaram a ver como
mestrado de segunda. Só há uns cinco anos isso começou a ser recuperado."


-- 
Clarice Garcia Borges Demétrio
Departamento de Ciências Exatas
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
Universidade de São Paulo,
13418-900 Piracicaba, SP
Brasil
phone: 55 19 34294144 R216


Biometry, the active pursuit of biological knowledge by quantitative
methods.? ? R.A. Fisher, 1948

 
São Paulo, domingo, 13 de março de 2011



"Escolas viram um nicho", diz presidente da Capes

Metade dos mestrados profissionais é privada, contra 20% nos acadêmicos

Jorge Guimarães diz, porém, que ainda existe uma grande resistência no meio acadêmico a esse tipo de curso

Mateus Bruxel/Folhapress
Sala de aula de mestrado profissional da FGV, em São Paulo

DE SÃO PAULO

O presidente da Capes (fundação do Ministério da Educação responsável pela pós-graduação), Jorge Guimarães, espera crescimento maior do mestrado profissional, considerando que há segmentos que precisam aperfeiçoar os profissionais. Para funcionar, o curso precisa ser aprovado pelo órgão. A avaliação dos programas pode ser vista no site www.capes.gov.br. (FT)

 


Folha - Como o sr. avalia o mestrado profissional?
Jorge Guimarães -
Cresceu bem, mas menos que a gente queria. Vários segmentos no país precisam de melhoria na formação de seus profissionais, como em gestão, serviços, tecnologia e educação.

Quais as principais diferenças de um mestrado acadêmico para o profissional?
No profissional, o mestrando vem resolver um problema da indústria, trabalhar a perspectiva de montar um negócio ou é um profissional que precisa de upgrade na formação. O acadêmico é para o jovem cientista que seguirá na pesquisa.
No acadêmico, é preciso fazer uma dissertação no final. No profissional, pode ser a criação de um produto ou de uma nova planilha para gerenciar estoque de um supermercado. É mais focado.

Há problemas?
Há resistência no meio acadêmico. Em direito, não há nenhum programa. Já mudamos três vezes a comissão que avalia os cursos e as propostas não passam.
As exigências se focam muito em fatores estritamente acadêmicos.

O mestrado profissional é uma forma de ajudar as instituições de ensino?
Ele atende um perfil de aluno que provavelmente não iria para o acadêmico. Tanto é verdade que, no acadêmico, 20% dos programas são privados; no profissional, 50%. As escolas viram um nicho de oportunidade.
São Paulo, domingo, 13 de março de 2011

 

Dobra procura por mestrado profissional

Curso de pós com foco maior no mercado de trabalho ganha preferência de empresas e atrai 10 mil estudantes no país

Em geral, modalidade tem carga horária maior que especializações e MBAs; número de cursos cresce 150%

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

O publicitário Gabriel Alvares de Lima, 29, procurava uma pós-graduação em administração para melhorar os procedimentos de sua empresa de consultoria. Pesquisou MBAs, mas achou o conteúdo incompleto. O mestrado convencional era inviável por exigir dedicação integral.
A opção encontrada por Lima foi o mestrado profissional, uma modalidade com cerca de dez anos que tem crescido -o número de programas (cursos) aumentou 150% em cinco anos.
O número de matriculados quase dobrou desde 2005, chegando a mais de 10 mil estudantes, aproximadamente 10% do mestrado no país.
A modalidade é a principal aposta da Capes (órgão do Ministério da Educação responsável pela pós-graduação brasileira) para qualificar a mão de obra, principalmente de profissionais com experiência. E o mercado já começou a absorver a ideia.
A Telefônica, por exemplo, prefere o mestrado profissional ao acadêmico no programa de subsídio para pós-graduandos, devido à maior aplicabilidade do conteúdo e à flexibilidade do horário (as aulas podem ser noturnas).
"É a união que a indústria sempre quis: conhecimento acadêmico e aplicabilidade profissional", afirma o supervisor de treinamento e de- senvolvimento da Ford, Gilson Filho.
A companhia tem convênio específico na área com o Senai/Cimatec, na Bahia.

DIFERENÇAS
O mestrado profissional, em geral, conta com uma carga horária maior que MBAs e especializações. E os cursos são avaliados pelo governo.
Em relação ao mestrado acadêmico, a grande diferença é o foco. No profissional, são abordadas mais questões do mercado de trabalho.
"Cada modalidade tem um público", diz a vice-diretora acadêmica da Escola de Administração de São Paulo (FGV), Maria José Tonelli.
"Quem quer um primeiro contato com a área pode fazer o MBA. Se a pessoa já tem mais experiência, o mestrado profissional é mais indicado, por ser mais aprofundado."
As diferenças aparecem também no preço. No Insper, por exemplo, o MBA executivo custa R$ 57 mil, e o mestrado profissional em administração, R$ 70 mil.
Para o mercado de trabalho, de uma forma geral, a modalidade de pós-graduação não é o primordial, diz o diretor da Catho Educação, Constantino Cavalheiro.
"A empresa considera mais a reputação da escola e a coerência do curso com o plano de carreira do candidato", afirma.
Diversas áreas possuem cursos de mestrado profissional. Algumas das quais há mais oferta são administração, engenharia e ensino (ciências e matemática).

HISTÓRICO
O formato de mestrado profissional começou a ser discutido nos anos 1990.
"A ideia era organizar a pós, porque estavam surgindo muitos MBAs, sem controle", diz o pesquisador de ensino superior Oscar Hipólito, que integrou as primeiras comissões da Capes que discutiram a modalidade.
Segundo Hipólito, o mestrado profissional atende hoje um público que estava sem opção e, por isso, não chega a prejudicar as demais modalidades de pós-graduação.
"É uma opção que deve crescer, mas há problemas", afirmou o coordenador do mestrado profissional em administração do Insper, Danny Claro.
"Houve escolas que abriram cursos ruins, e as empresas passaram a ver como mestrado de segunda. Só há uns cinco anos isso começou a ser recuperado."

Attachment: dinheiro.gif
Description: GIF image

Attachment: b1303201101.jpg
Description: JPEG image

Attachment: ep.gif
Description: GIF image

Attachment: dinbar.gif
Description: GIF image