26/03/2011
A relaÃÃo de amor e Ãdio entre Dilma, FHC e Lula
Nelson Motta *
A relaÃÃo de amor e Ãdio entre Lula e Fernando Henrique jà foi estudada em um livro de Paulo Markun com o sugestivo tÃtulo de O sapo e o prÃncipe. Mas, alÃm de um estudo psicanalÃtico, esse caso passional daria um romance.
Sim, os polÃticos tambÃm amam, tambÃm sofrem com rejeiÃÃo e abandono, com ciÃmes e traiÃÃes. Eles tem paixÃo pelo poder, mas tambÃm outros amores, ambiÃÃes e frustraÃÃes, da carne e do espÃrito. Lula e Fernando nÃo sÃo exceÃÃo.
Nem Dilma. Com todo respeito.
Mesmo na solidÃo do Planalto, ou por isso mesmo, quem sabe o seu coraÃÃo nÃo bate mais forte por alguÃm? Por um amor impossÃvel e platÃnico? Ou por alguma fantasia, afinal, ela à presidente mas à mulher. E por que nÃo uma relaÃÃo amorosa plena? Ela teria todo direito. Marta Suplicy trocou de marido quando era prefeita e, de novo, como senadora. Por que a presidenta seria diferenta? Se Itamar namorava, por que ela nÃo poderia?
Ao contrÃrio de Lula, Dilma tem sido gentil, generosa e simpÃtica com Fernando. Jà fez reconhecimentos pÃblicos de mÃritos de seu governo e cada vez faz menos criticas à sua administraÃÃo. Conversou animadamente com ele em uma solenidade e o convidou a visitÃ-la, nÃo sà com o seu partido, mas tambÃm sozinho. Depois, no banquete de Obama, todo mundo viu o clima que rolou entre eles, brindando entre sorrisos e charmes. O velho professor continua em forma, a nova presidenta parecia encantada. Depois, ele falou maravilhas dela para a imprensa.
Dilma està mais segura, emagrecendo, melhorando o visual, tentando adoÃar seu estilo duro e discreto. Mas as duronas tambÃm amam. E como! à um clÃssico de Hollywood. Dilma Ã, tem que ser para ter chegado aonde chegou, uma mulher forte e intensa, que pode ser muito atraente para senhores maduros apaixonados pelo poder.
NÃo seria nenhum absurdo se Dilma e Fernando quisessem se conhecer melhor. Ela poderia trocar ideias e afetos com um homem inteligente, culto e charmoso e nÃo ficaria restrita Ãs opiniÃes do cÃrculo intimo palaciano. E de Lula, que morreria de ciÃmes. Seria uma espÃcie de Romeu e Julieta maduro - mas com final feliz.ÂÂ (* O Estado de S.Paulo)
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"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).
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