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A USP e o termôro

Assim como os termôros, rankings internacionais de universidades exigem manuseio cauteloso, por serem fráis. No caso dessas listas de classificaç, a vulnerabilidade maior decorre da dispersãde critéos utilizados e, por consequêia, das colocaçs obtidas pelas diversas instituiçs. A Universidade de SãPaulo (USP), por exemplo, pode figurar na 15ª ou na 471ª posiç, conforme os indicadores considerados.
A USP ostenta a maior produç cientíca nacional, com um quarto dos artigos brasileiros publicados em perióos de níl internacional. Apesar disso, num dos mais citados rankings, o Times Higher Education (Reino Unido), a universidade paulista aparece em 232º lugar.
Uma de suas melhores classificaçs, um 19º posto alcanço na listagem do grupo Scimago (Espanha), decorre do alto nú absoluto de estudos produzidos naquela que é maior universidade de pesquisa do paí
O próo ranking espanhol, no entanto, sinaliza que a USP produz muita ciêia, mas nãnecessariamente da melhor. A qualidade, nesse campo de estudos conhecido como "cienciometria", éferida com base no fator de impacto, o nú de vezes que um trabalho éitado apóua publicaç. O Scimago nãchega a reorganizar a listagem com base nesse critéo, mas indica que a universidade paulista estábaixo da méa mundial.
A disparidade entre colocaçs ocorre atéos levantamentos de uma mesma entidade classificadora. A Universidade de Leiden (Holanda) posiciona a USP em 15º lugar, pelo volume de produç, mas esse desempenho despenca para 71º, 452º, 467º e 471º, apó ponderaç dos nús absolutos a partir de critéos como impacto e nú de cientistas.
A cienciometria, jáe percebe, nãéma ciêia exata. Os rankings que produz sofrem muitas crícas, entre elas as de que servem mais a propóos mercadolóos do que acadêcos e empregam critéos enviesados em favor das instituiçs norte-americanas e europeias.
Nenhum pesquisador, contudo, quebraria os termôros para provar que sãfráis, ou os desprezaria porque dãmargem a imprecisõ O procedimento cientíco recomendado éazer váas mediçs com múlos dispositivos -e, no que toca a rankings, a USP só destaca naqueles em que seu gigantismo ganha peso desproporcional.