USP vai investir R$ 70 mi em pesquisa
Um dos objetivos da universidade éumentar sua projeç internacional
A Universidade de SãPaulo (USP) investirá$ 70 milhõno Programa de Apoio àesquisa. Esta érimeira vez que uma universidade brasileira coloca uma quantia tãsignificativa de recursos num programa institucional de incentivo àesquisa. A ideia da universidade éumentar o diágo entre pesquisadores do mesmo tema dentro da instituiç e, consequentemente, projetar a USP internacionalmente na áa.
O Programa de Apoio àesquisa conté43 propostas - 122 foram inscritas, com a participaç de 2 mil docentes. Inicialmente, estavam previstos R$ 48 milhõ Mas, como a comissãavaliadora escolheu mais trabalhos, a reitoria decidiu elevar o valor para R$ 70 milhõ a serem investidos nos próos dois anos.
Sãpesquisas das mais diversas áas, como bioenergia, sustentabilidade, medicina, computaç, neurociêia, estudos internacionais, imunologia, polícas púas e robóa, entre outras.
Para o próitor de pesquisa da universidade, Marco Antonio Zago, a principal novidade é carár interdisciplinar dos estudos: um mesmo tema vai, obrigatoriamente, unir diversos tipos de conhecimento e diferentes unidades e câus da universidade. "Era isso que queríos estimular na USP, com os pesquisadores se relacionando mais intensamente entre si", afirma. "Mas isso nãdesqualifica o outro tipo de pesquisa. Existem pessoas e grupos que trabalham isoladamente e têproduç de qualidade."
Para Zago, esse ém grande passo da USP rumo a uma fase de maior prosperidade cientíca no cenáo internacional, impactando, atéesmo, na posiç da instituiç nos rankings.
Investimentos. A USP investe, por ano, do seu próo orçento, cerca de R$ 1,2 bilhãcom pesquisa - sem contar as verbas provenientes das agêias de fomento, como a Fundaç de Amparo àesquisa do Estado de SãPaulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientíco e Tecnolóo (CNPq). O dinheiro énvestido principalmente na infraestrutura e manutenç dos ambientes de pesquisa.
"A obtenç de verbas fora da universidade émportante pelo recurso, mas tambéporque ajuda a disciplinar a pesquisa", diz Zago. "Mas a instituiç tambépode e deve fazer isso. E é que estamos realizando: colocando recursos."
O principal diferencial desse programa, no entanto, éue a verba agora vem apenas da próa universidade, o que confere ànstituiç um maior controle sobre os estudos. "Nãéontrolar no sentido de "tomar conta", mas de indicar direçs", explica Zago.
Incentivo. Para os pesquisadores contemplados com a verba, o estílo com o novo programa érande. Mesmo os grupos consolidados hános enxergam na oportunidade uma forma de valorizaç de seus trabalhos dentro da universidade.
"A grande novidade é USP ter entrado tãintensamente na pesquisa. Isso tem o valor simbóo, de a universidade reconhecer a nossa importâia", afirma Nancy Cardia, coordenadora adjunta do Nú de Estudos Sobre a Violêia (NEV) da USP, que existe há2 anos.
"A universidade nos deu apoio durante todo esse tempo, mas tambésempre tivemos de buscar outros recursos. Nãcreio que isso (essa busca) váarar, mas, com o respaldo do programa, vamos procurar com mais tranquilidade." Segundo a professora, com a verba recebida, o NEV vai ampliar o rol de profissionais - o grupo conta com áas como literatura, antropologia e medicina preventiva, entre outros.
A articulaç entre diferentes grupos de um mesmo tema éista com bons olhos pelos cientistas. "Isso vem do entendimento de que a próa USP deve aportar recursos em suas pesquisas", diz o professor Antonio Roque Dechen, coordenador do Nú de Apoio àesquisa de Bioenergia e Sustentabilidade. "Essa gestãcompartilhada vai possibilitar ampliaçs que vãao encontro das demandas da sociedade."
A ciêia na universidade
R$ 350 mi
é méa de investimento anual da Fapesp, uma das maiores agêias de fomento do Paí
em pesquisas realizadas na USP
R$ 150 mi
é quantia que o CNPq, outra grande agêia de fomento, coloca anualmente em estudos cientícos da universidade
23%
da produç cientíca do Brasil vem da USP
608
cursos de póraduaç sãoferecidos pela universidade
233
é total de programas de pó/p>