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Re: [ABE-L]: Quatro coisas impossíveis



Caros redistas,

   Uma continha que só os responsáveis pela educação não enxergam.

 Conversando com um professor de história  de uma escola estadual de Minas Gerais ele me disse.
 
 Para ganhar 1200 reias por mês, preciso lecionar 40 horas semanais, como tenho 2 horas aulas em cada turma, tenho um total de 20 turmas  com uma média de 45 alunos por turma. Ou seja, tenho 900 alunos, preciso corrigir os trabalhos e as provas desses alunos. Para piorar um pouquinho temos duas reuniões inúteis por mês aos sábados.
 Resolvi verificar se isso era verídico e descobri situações piores. Como exemplo professores de filosofia com 1800 alunos.
  Assim fica fácil entender a realidade da educação pública do Brasil. Será de algum de nós consiguiriamos manter alguma qualidade se tivessemos tantos alunos? Se o poder público não investir no ensino de base as Universidade serão apenas grandes mobrais.
 
 



Em 5 de junho de 2011 11:05, <gauss@de.ufpe.br> escreveu:
Caros Redistas,

Em nosso País há quatro coisas impossíveis de acabar: o jogo,
o carnaval, o futebol e a corrupção.

Os jogos de pura chance, bancados, não conduzem a nada produtivo,
pois só beneficiam o banqueiro. É uma lei da Probabilidade.
Esse tipo de jogatina enriqueceu Sílvio Santos desde o famigerado
baú da felicidade. As emissoras de TV e a CEF aderiram ao jogo há
muito tempo. As "raspadinhas" transformaram o jogo semanal e diário
eminstantâneo.

O carnaval é bancado por muitos contraventores. Esse carnaval, das
mulatas sensuais e vaidosas, de coxas grossas e fortes, fazendo na
avenida um "samba no pé", deixando os marmanjos enlouquecidos,
elimina pelo menos 1/50 da nossa produção de bens e serviços, pois
se passa uma semana sem o trabalho.

O futebol, junto dos dois primeiros fatores, forma o ópio do povo
brasileiro. Futebol das vibrações dos estádios, da malemolência do
crioulo, da malícia dos jogadores e dos dribles incríveis.
Fiquei estupefato ao assistir, recentemente, um vídeo com a
ostentação financeira de um jogador Wagner Love (que não conhecia
e peço perdão aos flamenguistas). Lembro aqui que o grande
Nilton Santos (a Enciclopédia) ia de ônibus aos treinos do
Botafogo.

Essas três coisas combinados estimulam o ganho fácil e o jeitinho
brasileiro, criando falsas esperanças que dopam os sentidos no que
se refere à capacidade de luta do nosso povo. As novelas, também,
ajudam a sonhar.

Finalmente, a corrupção crônica que assola nossa pátria amada é a
grande vilã pela nulidade dos serviços públicos ofertados à população,
principalmente, na área de educação e saúde. A rede pública municipal
e estadual paga ninharias ao professorado e os hospitais
universitários estão verdadeiramente sucateados. Esse fato produz um
único corolário: ganhos exorbitantes das seguradoras e dos planos
de saúde!

Bom domingo a todos!

Cordiais Saudações,

Gauss






--
Flávio dos Reis Moura