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Re: [ABE-L]: Quatro coisas impossÃveis



Caro Flavio,


Sem acentos, muito oportuna as suas contas. Mas com o Membro da Comissao de Educcao e Cultura sendo o
Tiririca, acho que ele nao terah condicoes de compreende-las.


Abs,

Gauss


"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).



Â




Em 05/06/2011 21:28, FlÃvio Moura < prof.flaviomoura@gmail.com > escreveu:
Caros redistas,

Uma continha que sà os responsÃveis pela educaÃÃo nÃo enxergam.

Conversando com um professor de histÃria de uma escola estadual de Minas Gerais ele me disse.

Para ganhar 1200 reias por mÃs, preciso lecionar 40 horas semanais, como tenho 2 horas aulas em cada turma, tenho um total de 20 turmas com uma mÃdia de 45 alunos por turma. Ou seja, tenho 900 alunos, preciso corrigir os trabalhos e as provas desses alunos. Para piorar um pouquinho temos duas reuniÃes inÃteis por mÃs aos sÃbados.
Resolvi verificar se isso era verÃdico e descobri situaÃÃes piores. Como exemplo professores de filosofia com 1800 alunos.
Assim fica fÃcil entender a realidade da educaÃÃo pÃblica do Brasil. Serà de algum de nÃs consiguiriamos manter alguma qualidade se tivessemos tantos alunos? Se o poder pÃblico nà o investir no ensino de base as Universidade serÃo apenas grandes mobrais.





Em 5 de junho de 2011 11:05, <gauss@de.ufpe.br> escreveu:
Caros Redistas,

Em nosso PaÃs hà quatro coisas impossÃveis de acabar: o jogo,
o carnaval, o futebol e a corrupÃÃo.

Os jogos de pura chance, bancados, nÃo conduzem a nada produtivo,
pois sà beneficiam o banqueiro. à uma lei da Probabilidade.
Esse tipo de jogatina enriqueceu SÃlvio Santos desde o famigerado
baà da felicidade. As emissoras de TV e a CEF aderiram ao jogo hÃ
muito tempo. As "raspadinhas" transformaram o jogo semanal e diÃrio
eminstantÃneo.

O carnaval à bancado por muitos contraventores. Esse carnaval, das
mulatas sensuais e vaidosas, de coxas grossas e fortes, fazendo na
avenida um "samba no pÃ", deixando os marmanjos enlouquecidos,
elimina pelo menos 1/50 da nossa produÃÃo de bens e serviÃos, pois
se passa uma semana sem o trabalho.

O futebol, junto dos dois primeiros fatores, forma o Ãpio do povo
brasileiro. Futebol das vibraÃÃes dos estÃdios, da malemolÃncia do
crioulo, da malÃcia dos jogadores e dos dribles incrÃveis.
Fiquei estupefato ao assistir, recentemente, um vÃdeo com a
ostentaÃÃo financeira de um jogador Wagner Love (que nÃo conhecia
e peÃo perdÃo aos flamenguistas). Lembro aqui que o grande
Nilton Santos (a EnciclopÃdia) ia de Ãnibus aos treinos do
Botafogo.

Essas trÃs coisas combinados estimulam o ganho fÃcil e o jeitinho
brasileiro, criando falsas esperanÃas que dopam os sentidos no que
se refere à capacidade de luta do nosso povo. As novelas, tambÃm,
ajudam a sonhar.

Finalmente, a corrupÃÃo crÃnica que assola nossa pÃtria amada à a
grande vilà pela nulidade dos serviÃos pÃblicos ofertados à populaÃÃo,
principalmente, na Ãrea de educaÃÃo e saÃde . A rede pÃblica municipal
e estadual paga ninharias ao professorado e os hospitais
universitÃrios estÃo verdadeiramente sucateados. Esse fato produz um
Ãnico corolÃrio: ganhos exorbitantes das seguradoras e dos planos
de saÃde!

Bom domingo a todos!

Cordiais SaudaÃÃes,

Gauss






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FlÃvio dos Reis Moura