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Re: [ABE-L]: Estatística no OSCAR



    A apuração no Rio foi esquisita (com essa limitação das notas entre 9 e 10) mas pelo menos foi - ou pareceu ter sido - honesta. Bem diferente da do ano passado, em que eu me lembro claramente do Ivo Meirelles, presidente da Mangueira, revoltadíssimo, levantando e indo embora antes do final da apuração, depois de dois jurados seguidos darem notas 9,x para todas as escolas e 10 apenas para a Beija-Flor...
 
    Suspeitas à parte, é uma fonte inegável de viés o fato de o mesmo jurado julgar todas as escolas das duas noites! É inevitável que nas primeiras escolas ele, estando mais acordado, preste mais atenção e tire pontos por qualquer detalhe, enquanto nas últimas escolas, o sujeito, estando mais pra lá do que pra cá por ter passado a noite inteira acordado, tem uma tendência muito maior a relevar pequenas falhas e acabar dando 10. E na segunda noite, como ela já não dormiu na noite anterior, a tendência é o nível de exigência ser ainda menor...
 
    Eu tenho um projeto que, modestamente, acho que seria o ideal para evitar esse tipo de viés, coibir eventuais "esquemas" e ainda minimizar as diferenças de critério entre um julgador e os efeitos "papai noel" (o cara que dá 10 para todas as escolas) e "rabugento" (o cara que não dá 10 para ninguém). Só que pelos meus cálculos, esse sistema exigiria de 800 a 900 jurados por ano! Será que as Ligas de SP e RJ conseguiriam arcar com esse exército todo?
 
Marcelo
----- Original Message -----
From: Vermelho
Sent: Friday, February 24, 2012 8:47 AM
Subject: Re: [ABE-L]: Estatística no OSCAR

A apuração no Rio, este ano, inovou: as notas eram de 9 a 10 com incrementos de 1 décimo! Será que ninguém entre os nossos queridos bicheiros e seus amigos não acham mais simples atribuir notas de 1 a 10 com incrementos de 1 ponto, igual a gente está acostumado desde o curso primário! Haja criatividade.
E a estória de eliminar só a nota mais baixa?

Eu também sou daqueles para os quais pouco importa quem ganha o concurso. O importante é que foram 13 lindos espetáculos, com a Mangueira inovando com o emudecimento secular da bateria para podermos ouvir os desfilantes e o público cantando, e a maravilhosa mulata do Lan sobrevoando a Sapucaí levada pela São Clemente. De resto foram os blocos de rua, dos pequenos aos gigantes, com muita diversão grátis!

E antes que me esqueça, a apuração é um espetáculo a parte. Policial (SP) ou cômico (RJ).

E não acabou: domingo temos Monobloco, Mulheres de Chico, etc...

Abs,

Em 23 de fevereiro de 2012 18:12, Marcelo L. Arruda <mlarruda@ime.usp.br> escreveu:
    E existe algum modelo de probabilidade aplicada ao carnaval que resista ao que aconteceu em SP?
 
    A propósito: algum listeiro já se dedicou a tentar modelar ou analisar as apurações das escolas de samba? Eu acompanho as apurações desde criança, torço por Mangueira e Rosas de Ouro desde criança (e agora também pelos Dragões da Real), tenho minhas opiniões sobre a mecânica das votações, mas há muitos anos desisti de me preocupar com quem ganha, quem perde, quem sobe ou quem desce (a única coisa que ainda ainda me deixa alterado é o lamentável comportamento dos Gaviões...)...
 
Saudações mocidadealegrense-uniãotijucanas,
Marcelo
----- Original Message -----
Sent: Thursday, February 23, 2012 12:30 PM
Subject: RES: [ABE-L]: Estatística no OSCAR

O que dizer do camisa 9 do Flamengo, Deivid, no jogo de ontem contra o Vasco ? Perdeu, pela 2ª. vez, um gol feito, sem goleiro! A primeira foi contra o Santos, no brasileirão, ano passado, no memorável 4x3.

 

É de derrubar qualquer modelo.

 

 

De: Vermelho [mailto:vermelho2@gmail.com]
Enviada em: quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012 08:24
Para: Clarice Garcia Borges Demétrio
Cc: cpereira@ime.usp.br; abe-l@ime.usp.br
Assunto: Re: [ABE-L]: Estatística no OSCAR

 

No último SINAPE tivemos uma seção sobre utilização da Estatística no esporte.
Foi uma das mais concorridas. Parecia final da copa do mundo!!!
A palestra de um nosso colega da UNICAMP ( me desculpem não lembrar o nome ) foi muito legal. Ele, um pontepretano de alma e coração, tem uma equipe desse tipo que anota todos os detalhes, analisa e produz relatórios para clubes que o contratam. Disse ele que muitos técnicos utilizam as informações de forma bem razoável, Já outros, embora posudos, não têm a menor ideia de como essas informações poderiam lhes se úteis.
Ele também se aventurou pelo voley (que, aliás, tem uma estatísitica na comissão técnica da seleção) e pelo basquete.
Abs,

Em 22 de fevereiro de 2012 20:48, Clarice Garcia Borges Demétrio <clarice.demetrio@usp.br> escreveu:

Ola Carlinhos,
Em janeiro do ano passado fui assistir a um jogo de basketball (primeira
vez na minha vida) em Brisbane, levada pela Kaye Kasford (Presidente da IBS
ate dezembro de 2011). Ela e mais outras 7 pessoas estavam anotando tudo o que
o que acontecia com cada jogador, para serem feitas as estatisticas do jogo
e dos jogadores.

Um abraço, Clarice
--
Clarice Garcia Borges Demétrio
Departamento de Ciências Exatas
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
Universidade de São Paulo
Avenida Pádua Dias, 11
13418-900 Piracicaba, SP
Brasil
phone: 55 19 34294144 R216

Biometry, the active pursuit of biological knowledge by quantitative methods.” – R.A. Fisher, 1948


Citando cpereira@ime.usp.br:

 


Aproveitei hoje uma folguinha e fui ver uma estreia: O homem que mudou o jogo.
Este é um filme candidatíssimo ao Oscar.  O Beisebol mudou depois que o estatístico dos A´s usou técnicas para selecionar jogadores e forçar a ser um jogo de equipe.

Me lembrei do grande Reinaldo, nosso ilustre colega da PUC - o primeiro estatístico Bayesiano tupiniquim, ao meu ver -, que tinha uma equipe em campo para anotar as falhas e acertos do seu flamengo.  Não sei se ele conseguiu mudar o jogo como o estatístico americano (formado em economia).

O filme é bom sim e até o Brad Pitt teve uma boa performance.

Grande abraço
carlinhos
PS: Num dos ótimos cinemas de Sampa, em dia de semana, um coroa como eu paga apenas 8 pratas.  Mesmo sendo estreia!






Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>






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Vermelho
F.: (21) 2501 2332 - casa
           2142 0473 - IBGE




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