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Darwin Para Reflexão: Pura Enganação!



Escrevo para concordar em algumas coisas e discordar em outras.
1)Nao ha duvidas de que as exigencias de publicaçoes do CNPQ e da CAPES mudaram para melhor o cenoario cientifico de nossas graduaçoes e posgraduaçoes
2) Mais importante que bons publicadores e bons dadores de aulas   sao pessoas com boa formaçao (no sentido das grandes escolas :Faculdades, Politecnicas do passado como Leopoldo Nachibin, Anisio Teixeira , FHC, Luiz
Adauto , Elon, Ronig  etc trabalhando com os jovens.
3) Ha muito idiota publicando , sao os especialistas , agueles que sabem tudo de quase nada. Basta voce passar na porta do laboratorio deles e tem que colocar o nome deles nos artigos. Vemos gente com mais de 100 orientaçoes de doutorado  e mais de 1000 publicaçoes o que corresponde a mais de um artigo por semana !!!!!
4)Finalmente. parafraseando COX , professores mais experientes devem lecionar os cursos mais vbasicos , pois se o aluno começa mal vai ser dificil desenvolver-se bem. Isso ocorreu em todas as universidades boas como Berkeley onde Loeve, Blackwell e outros gurus lecionavam os cursos mais elementares
5) Acho que Darwin age certamente : os mais aptos sobreviveram, Tem muito jovem brilhantissimo como temos visto na lista de discussao ao saber dos resultados dos mesmos

Basilio

Em 17 de junho de 2012 13:01, Gauss Cordeiro <gauss@de.ufpe.br> escreveu:
Caros Colegas,

Grato pelos pontos de todos. Certamente, existem professores muito competentes que não
publicam de forma rotineira por falta de élan mas para eles há espaço na graduação e na
iniciação científica.

Entendo que os professores produtivos devem ensinar na graduação. Eu sempre ensinei,
exceção esse ano por conta de um trabalho de diretoria, que me toma pelo menos três
horas do meu dia.

Mas acho que professores sem publicações são menos danosos na graduação do que na
pós-graduação.Os verdadeiramente incompetentes nunca vão embora, pois o sistema
das IFES não contempla essa possibilidade.

Até agora ninguém tentou contra-argumentar o "kernel" da questão: a pós-graduação brasileira -- salvo
as exceções de praxe -, está muito ruim. No global, muito inferior à época que fiz o mestrado na
COPPE entre 3/75 e 5/76.

Sds,

Gauss


Em 17 de junho de 2012 12:28, Fabio Machado <faprama@gmail.com> escreveu:

 Oi Carlinhos,

   Vejo aqui a reprodução de uma falsa polêmica que tem beneficiado
gente improdutiva tanto
na pesquisa cientifica quanto no ensino. Uns poucos anos dentro da universidade
são suficientes para vermos que não é verdade que de um lado estão os bons
pesquisadores e de outro lado estão os bons professores. Todos os cruzamentos
são possíveis e em diferentes intensidades. Tão raros quanto os casos de
excelentes professores sem produção cientifica alguma, são os casos de
excelentes
pesquisadores com aversão ao ensino de graduação.

   Uma universidade de boa qualidade precisa de bons pesquisadores.
Se esta condição
não é satisfeita, temos gente no lugar errado. A Universidade não é
uma continuação do ensino médio.

 Dos bons pesquisadores que uma universidade de boa qualidade precisa, alguns
se interessam mais, outros se interessam menos - em diferentes fases da vida -
ao ensino de graduação. Nem todos que tem interesse são excelentes professores
embora possam ser assíduos, dedicados, motivados etc. Profissionais sérios
sempre podem melhorar com a prática. E assim contempla-se pesquisa e ensino.

 Um CV vazio é simbolo de incompetência mas algumas vezes,
espertamente, é tomado
como um comprovante de bom professor. Você é jovem a mais tempo que eu e também
já deve ter ouvido este discurso bizarro por ai.....

 Saudações




2012/6/17  <cpereira@ime.usp.br>:
> Perdoem-me por ter de ser menos radical do que o Gauss quando defende
> publicadores em detrimento de bons e excelentes professores que simplesmente
> não se interessam por publicar.  Garanto aos amigos que existem excelentes
> professores que não se preocupam com publicações, mas com o conhecimento
> profundo dos fundamentos da estatística e da probabilidade (tenho certeza
> que são mais do que preparados para o sucesso se dedicassem suas vidas às
> publicações).
>
> Por outro lado encontramos excelentes pesquisadores com muitos trabalhos
> publicados que não possuem muita excelência didática.
> Em alguns casos, dedicados apenas a um pequeno filão de nossa área,
> desconhecendo todo o restante do universo que define a estatística como
> ciência.
> Deveríamos sempre olhar os dois lados importantes na formação de cientistas
> brasileiros: a pesquisa e o ensino.
>
> Quanto às escolas de estatística Brasileiras, tenho a dizer que já vi muitos
> dos nossos redistas enaltecendo a criação de novos bacharelados, mesmo sendo
> em locais onde não há quadros que permitam um bom início.
>
> Complementando, a própria USP em uma cidade como São Paulo, no momento sofre
> revezes com a falta de excelência de alguns cursos de unidades novas, os
> quais estão sendo fechados por problemas na composição de bons quadros e
> falta de competência, tanto em pesquisa como em ensino.
>
> Há que iniciarmos uma reflexão sobre o que queremos de nossas gerações
> futuras.
>
> Carlinhos
>
> Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>



--
Fábio Prates Machado
Instituto de Matemática e Estatística
Universidade de São Paulo, Brasil.




--

Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.

*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
www.po.ufrj.br/basilio/

*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brazil