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Re: [ABE-L]: A última resposta



O forum da ABE é público, portanto, não sou obrigado a ler, sem comentar, o que é escrito ali por iguais ou desiguais. Aliás, me parece que entre iguais não há muita necessidade de diálogo, mas exatamente entre desiguais, no sentido de diferente, e não no de melhor ou pior, que foi a intensão explícita do professor. Não quero atingir sorrateiramente a ninguém, mas  polemizar em torno de posições que julgo equivocadas. É espantoso que no item 1) de sua resposta defenda a quebra unilateral de paridade e integralidade do funcionário público estutário aposentado, garantida por lei até 2006! Por outro lado, no item 2) revela que não desconta IR por motivo de grave doença, que não o impede, entretanto, de ter outra matrícula como ativo que exerce intensivamente... O talentoso professor é incapaz de enunciar um só argumento a respeito de carreira, política universitária ou avaliação que não seja a repetição de chavões em torno de sua profícua produção de artigos. Prefere desfiar uma série de acusações pessoais sem pé nem cabeça sobre minha vida profissional a qual desconhece totalmente e sobre o que nem vou me preocupar em responder, porque não diz respeito aos objetivos dessa lista.



Em 8 de setembro de 2012 22:01, Gauss Cordeiro <gauss@de.ufpe.br> escreveu:

Caros Redistas,

 

Trabalhando intensamente desde 6ª feira num paper com um passeio rápido hoje por Caruaru, para minha 

surpresa, deparo na lista da ABE com um e-mail de um professor que persiste querendo me atingir de forma sorrateira.

 

Prometo a todos que essa será a última vez que responderei na rede alguns dos seus pontos, pois eu já frisei aqui 

que discussão só entre iguais. Tenho muitos amigos na rede que não merecem ouvir essas respostas.

 

1.    A proposta da ANDES inclui aumento salarial para os aposentados e sou contra ela mesmo sendo um deles, 

pois a mesma tem meritocracia zero.  A ANDES criou uma proposta com progressão única por tempo de serviço

em 13 níveis – situação que não é contemplada nem nos quartéis.

 

2.  Tenho dois cargos (um de aposentado) e outro na ativa como milhares de outros professores na IFES, 

um direito legítimo. 


No mês de agosto recebi salário líquido de aposentado de R$ 11461,20 e de ativo de R$ 10466,22.

Os contracheques estão em anexo. Enfatizo que o salário líquido de aposentado só atingiu esse patamar, pois 

não desconto IR por grave doença (CA) e por direito tenho isenção de IR por 5 anos. 

O salário de ativo inclui uma gratificação de R$ 3500,00 por ser diretor do CCEN. 

Podem conferir ambos contracheques!

 

Acredito que vários professores titulares da USP têm um único salário superior a soma dos meus salários, 

o que acho ainda pouco.

 

Apenas um outro exemplo na minha família. Meu irmão (com poucas publicações) tem um salário na Universidade de Pernambuco 

e outro no Governo do Estado de Pernambuco (ambos ativos) cuja soma líquida supere os meus dois da UFPE em cerca de 

3 mil reais.

 

3.  O que fiz e faço pela universidade e pela academia deve ser pelo menos superior a 1000 vezes o que ele já fez, 

pois quase todo dia trabalho mais de  13 horas. 


Apenas um exemplo simples da minha capacidade de trabalho: o orçamento anual do CCEN da UFPE 

para 2012 é de R$ 60 mil. Minha gestão de 6 meses à frente desse centro colocou nele em obras 

mais de R$ 760 mil.  A natureza não dá nada de garça a ninguém e se consegui isso é porque trabalho muito.

 

4.  Esse professor passou cerca de três décadas na universidade e só fez brigar pelo poder com todo mundo, 

até com seu orientador Nelson Maculan Filho (uma verdadeira mãe de seus orientandos). 


Essa informação foi repassada por um ex-colega dele de departamento. Uma pessoa ser desafeto de uma pessoa 

agradável como Maculan deve ser uma peça muito ruim.

 

5. Nessas três décadas, ele publicou um único artigo científico em periódico internacional. No ano de 2012, eu deverei 

publicar cerca de 14 papers nesses periódicos. 


Acredito que terei no final do ano acumulado na minha vida de 60 anos cerca de 170 artigos publicados em 

periódicos internacionais (170 vezes mais do que ele). 


Nestes termos, não acho muito ganhar menos do que o dobro dele. Em quase todas as universidades americanas o 

salário é função da produtividade.



Não irei perder mais meu tempo com esse improdutivo nato. Entretanto, por primeiros princípios tinha que enfatizar 

os pontos acima.

 

Boa noite!


Gauss