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Re: [ABE-L]: Doações?



Bem lembrado, mas para os não acadêmicos fica mais complicado!!


Em 12 de novembro de 2012 08:55, Pedro Luis do Nascimento Silva <pedronsilva@gmail.com> escreveu:
Colegas,
 
há uma forma de doação pouco citada, mas já praticada por muitos: a doação do tempo e da contribuição como voluntário feita por pesquisadores e docentes que, ao se aposentarem, não querem parar totalmente. Pode não ser muito visível, mas é com certeza uma contribuição valiosa para o funcionamento das universidades.
 
Vivas aos nossos voluntários.
 
Pedro.

Em 12 de novembro de 2012 08:48, Vermelho <vermelho2@gmail.com> escreveu:

Eu não tenho muita clareza sobre esse tema, mas quero relatar uma historinha.
Há uns dois ou três anos teve uma reunião de gerentes do IBGE onde o William Boner, editor e apresentador do Jornal Nacional, deu uma palestra e falou sobre esse tema.
Disse ele que tinha lançado um livro sobre os 25 anos do JN e não pretendia receber nada pelos direitos autorais, pois desejava doar tudo para a Escola de Comunicação e Artes da USP, onde havia estudado. O problema era que estava tentando fazer isso mas não conseguia! Os caminhos tentados eram tortuosos e não apontavam para destino algum. Disse ele, brincando, que já havia pensado em comprar um monte de computadores e deixar num daqueles corredores da escola na calada da noite.
Não sei se ele conseguiu fazer a doação.
Abs.

PS.: a palestra foi bem interessante. A gente está acostumada a ver o Boner lendo as notícias no JN e não percebe que ele não é só isso. Se mostrou uma pessoa bastante antenada e capaz de discutir informações e relacionar fontes muito bem, além de conhecer bastante o trabalho e as pesquisas do IBGE.


Em 11 de novembro de 2012 23:29, Doris Fontes <dsfontes@gmail.com> escreveu:
Talvez um outro problema para as doações seja também a CONFIABILIDADE do processo de arrecadação. Como saberemos quanto foi doado e como o dinheiro foi usado? Nos EUA, as doações (além de serem atos corriqueiros na vida de qualquer cidadão) são SIMPLES, sem burocracias: você doa e imediatamente recebe um recibo dizendo quanto você pode descontar do seu IR (caso possa - tem doação que não dá direito a abatimentos no imposto de renda). Quando morei em NY trabalhei numa instituição sem fins lucrativos, no depto de levantamento de doações. Eram campanhas atrás de campanhas tentando atrair doadores; eram trabalhosas, mas prazerosas, positivas. Aqui não há esse hábito de doar, nem de ser voluntário. As escolas pouco (nada) incentivam a criação de associações de ex-alunos.

Muitos acham que entidades públicas NÃO devem aceitar dinheiro do setor privado pois isso pode ser caracterizado como "prostituição", venda indecente de suas pesquisas ao capitalismo. Bobagem pura, na minha modesta opinião. Acho que doar para o "a minha universidade" ou, melhor ainda, para o "meu depto" seria muito salutar. Uma forma de poder retribuir pelos anos que passei na USP e, de alguma forma, ajudar alunos com poucos recursos (distribuindo bolsas, como comentado na reportagem). Mas acho também que as doações deveriam ser feitas SEM a exigência de que o seu nome vá parar num ladrinho, na porta, na poltrona... Pode ir para um "livro dourado" anual, mas acho ridículo exigir esse tipo de "recompensa". Isso não é doação, é compra de "placa", é lenha para a fogueira das vaidades!

Mas, sem uma forma clara, descomplicada e organizada de arrecadar as doações, e com planos concretos de como esse dinheiro será usado, nada disso funcionará. Provavelmente o $$$ vai parar num saco sem fundo das alas administrativas e virar um balaio de gatos.

Doris



Em 11 de novembro de 2012 19:14, Gauss Cordeiro <gauss@de.ufpe.br> escreveu:

Caros,

Observem essa reportagem da Folha de SP. Francisco Cribari postou uma nota semelhante
do Estadão de hoje. Morettin e eu temos notado a negligência de doações para as universidades 
públicas há décadas. 


O Antonio Freitas (FGV) citado na matéria acima é meu amigo há pelo menos 40 anos.

O problema de doações nas universidades federais é a burocracia reinante. Teríamos que fazer pregões ou licitações
de doações.

Sds,

Gauss


 




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