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Re: [ABE-L]: Re: Reportagem sobre a carreira na área de estatística - revista Exame.com
- Subject: Re: [ABE-L]: Re: Reportagem sobre a carreira na área de estatística - revista Exame.com
- From: Dirley Santos <dirleys@gmail.com>
- Date: Wed, 14 Nov 2012 20:27:41 -0200
Caros colegas
Na época que fiz meu doutorado na Inglaterra, utilizei dados de câncer de mama de um
hospital em Manchester. No hospital havia uma Unidade de Estatística e isso foi fundamental
para conseguir o banco de dados e também para entender as variáveis lá contidas. Depois
do modelo ajustado (título da tese: Distinguishing the Effects of Time Dependence from the
Effects of Frailty in Multiple Spell Breast Cancer Data, defendida em 1994 na Lancaster University),
tentando responder as questões levantadas pelo responsável da unidade, que tinha ligação direta
com os médicos e muitos anos de experiência no hospital, contemplei a unidade com um exemplar
da tese. Infelizmente, naquela época os recursos computacionais não se comparavam aos existentes
hoje em dia e, apesar do responsável da unidade ter achado interessante os resultados, eles não puderam
repetir as análises para os dados alimentados pois não tinham recursos computacionais para isso.
Meus programas levavam, às vezes, dias para rodar (eram em Fortran e GLIM). Sei que hoje, dependendo
da complexidade da análise e dos dados, o trabalho computacional ainda é árduo e as unidades, mesmo
existindo nos hospitais, não teriam como replicá-la.
Tenho experiência com o Hospital Antônio Pedro da UFF e sei de uma unidade que, por causa
do interesse de um médico, tem os dados alimentados em planilhas eletrônicas, mas a regra é:
preenchimento inadequado dos prontuários (com muitos dados faltantes). É tarefa árdua
trabalhar com dados de registros hospitalares no Brasil... Mas, pelo menos, se as unidades
existissem, nós teríamos dados de melhor qualidade para analisarmos.
Att.
Dirley
Em 14 de novembro de 2012 18:47, Elias T. Krainski
<eliaskrainski@yahoo.com.br> escreveu:
Olá, pessoal
A última frase da matéria sugere a formação de técnicos em Estatística? Seria um profissional para:
- coletar e organizar dados
- análises estatísticas corriqueiras
Certa vez, fiz uma entrevista num hospital e a necessidade era de uma pessoa para alimentar um banco de dados a partir de informações em prontuários de papel e depois fazer as análises.
Att.
Elias T. Krainski
>
>Olá, pessoal, segue link de uma reportagem que saiu hoje na exame.com.
>
>http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-5-areas-mais-promissoras-para-os-estatisticos
>
>Abraços,
>Doris
>
--
"O mundo e sua corrupção passam; mas aquele
que faz a vontade de Deus permanece para sempre."
I João 2:17