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Re: [ABE-L]: Re: Reportagem sobre a carreira na Ãrea de estatÃstica - revista Exame.com



Caros,

de fato, a obtenÃÃo de dados em medicina à uma tarefa Ãrdua e nem sempre bem
executada.

No ano passado, ajudei a analisar um conjunto de dados sobre infarto do
miocÃrdio (IAM), cujo objetivo era detectar a porcentagem de Ãrea necrosada apÃs
o paciente ter sofrido IAM.

Os dados foram obtidos em um hospital na Dinamarca. No trabalho foi utilizada a
regressÃo beta e a quase verossimilhanÃa (com resultados similares). Entretanto,
embora os resultados foram bastante satisfatÃrios, nÃo foi possÃvel replicar o
trabalho para pacientes brasileiros, pois ainda nÃo temos condiÃÃes de obter
tais informaÃÃes (percentagem de Ãrea necrosada, dados do eletrocardiograma,
etc) e, desta forma, tambÃm nÃo foi possÃvel a implementaÃÃo do modelo.

Embora os mÃdicos tenham consciÃncia da necessidade de ter informaÃÃes
armazenadas (banco de dados) sobre determinadas doenÃas, eles nÃo tÃm o hÃbito
de coletÃ-las ou se as coletam o fazem de forma apressada e nÃo muito confiÃvel.
Dados confiÃveis ou um banco de dados confiÃvel foi uma das grandes dificuldades
que tive e tenho quando trabalho com projetos na medicina.

AbÃs.

Edmilson.

Ps.: para aqueles que tiverem interesse, o link para o artigo segue abaixo. O
conjunto de dados usado està no apÃndice do artigo.

Modelos estatÃsticos para estimaÃÃo da Ãrea miocÃrdica sob risco de necrose

Edmilson Rodrigues PINTO; Leandro Alves PEREIRA; LaÃse Oliveira RESENDE; JoÃo
Batista DESTRO FILHO

Rev. Bras. Biom., SÃo Paulo, v.29, n.3, p.395-415, jul.-set. 2011

http://jaguar.fcav.unesp.br/RME/fasciculos/v29/v29_n3/indice_v29_n3.php



___________________________________
Edmilson Rodrigues Pinto
NÃcleo de EstatÃstica
Faculdade de MatemÃtica
Universidade Federal de UberlÃndia - UFU
Tel:  +55 34 3230-9458
Fax: +55 343239-4156







> Caros colegas
>
> Na Ãpoca que fiz meu doutorado na Inglaterra, utilizei dados de cÃncer de
> mama de um
> hospital em Manchester. No hospital havia uma Unidade de EstatÃstica e isso
> foi fundamental
> para conseguir o banco de dados e tambÃm para entender as variÃveis lÃ
> contidas. Depois
> do modelo ajustado (tÃtulo da tese: Distinguishing the Effects of Time
> Dependence from the
> Effects of Frailty in Multiple Spell Breast Cancer Data, defendida em 1994
> na Lancaster University),
> tentando responder as questÃes levantadas pelo responsÃvel da unidade, que
> tinha ligaÃÃo direta
> com os mÃdicos e muitos anos de experiÃncia no hospital, contemplei a
> unidade com um exemplar
> da tese. Infelizmente, naquela Ãpoca os recursos computacionais nÃo se
> comparavam aos existentes
> hoje em dia e, apesar do responsÃvel da unidade ter achado interessante os
> resultados, eles nÃo puderam
> repetir as anÃlises para os dados alimentados pois nÃo tinham recursos
> computacionais para isso.
> Meus programas levavam, Ãs vezes, dias para rodar (eram em Fortran e GLIM).
> Sei que hoje, dependendo
> da complexidade da anÃlise e dos dados, o trabalho computacional ainda Ã
> Ãrduo e as unidades, mesmo
> existindo nos hospitais, nÃo teriam como replicÃ-la.
>
> Tenho experiÃncia com o Hospital AntÃnio Pedro da UFF e sei de uma unidade
> que, por causa
> do interesse de um mÃdico, tem os dados alimentados em planilhas
> eletrÃnicas, mas a regra Ã:
> preenchimento inadequado dos prontuÃrios (com muitos dados faltantes). Ã
> tarefa Ãrdua
> trabalhar com dados de registros hospitalares no Brasil... Mas, pelo menos,
> se as unidades
> existissem, nÃs terÃamos dados de melhor qualidade para analisarmos.
>
> Att.
>
> Dirley
>
> Em 14 de novembro de 2012 18:47, Elias T. Krainski <
> eliaskrainski@yahoo.com.br> escreveu:
>
>> OlÃ, pessoal
>>
>> A Ãltima frase da matÃria sugere a formaÃÃo de tÃcnicos em EstatÃstica?
>> Seria um profissional para:
>>  - coletar e organizar dados
>>  - anÃlises estatÃsticas corriqueiras
>> Certa vez, fiz uma entrevista num hospital e a necessidade era de uma
>> pessoa para alimentar um banco de dados a partir de informaÃÃes em
>> prontuÃrios de papel e depois fazer as anÃlises.
>>
>> Att.
>> Elias T. Krainski
>>
>> >
>> >OlÃ, pessoal, segue link de uma reportagem que saiu hoje na exame.com.
>> >
>> >
>> http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-5-areas-mais-promissoras-para-os-estatisticos
>> >
>> >AbraÃos,
>> >Doris
>> >
>>
>
>
>
> --
> "O mundo e sua corrupÃÃo passam; mas aquele
> que faz a vontade de Deus permanece para sempre."
> I JoÃo 2:17
>