Apesar de algumas pessoas acreditarem verdadeiramente que esta é uma opção democrática, no fundo, a experiência nas federais tem mostrado que trata-se de uma enorme cilada. Toda a espécie de tramóia, conchavo e golpe baixo da política tradicional é trazida pra dentro da universidade. Surge o docente especializado na caça de cargos, que passa boa parte do seu tempo articulando uma vaga na próxima administração. Durante o período eleitoral, boa parte da comunidade acadêmica envolve-se no processo eleitoral. Professores que estão diretamente envolvidos (candidatos a reitor, vice, possíveis detentores de cargos), passa a não ministrar mais aulas. Depois das eleições, as feridas não cicatrizadas chegam a inviabilizar alguns procedimentos dentro da academia. Há anos sou testemunha ocular de tudo isto. Há anos meu voto é nulo em protesto a esta que é, na minha opinião, uma maneira equivocada de se fazer democracia.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1350589-alunos-em-greve-continuam-com-invasao-na-reitoria-da-usp.shtml
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Celso Rômulo B. Cabral
Prof. Associado
Departamento de Estatística
Universidade Federal do Amazonas