Em geral, o resultado de uma mediÃÃo à uma aproximaÃÃo ou estimativa do valor da grandeza. Assim, o resultado da mediÃÃo somente està completo se estiver acompanhado da incerteza da estimativa (GUM(2008)). Na prÃtica, a especificaÃÃo ou definiÃÃo da grandeza à consequÃncia da exatidÃo (accuracy) desejada. Para atender a exatidÃo requerida, a grandeza deve ser especificada de tal forma que esta tenha um Ãnico valor para os propÃsitos prÃticos associados.
Assim, medir significa realizar um experimento para estimar o valor da grandeza com exatidÃo apropriada. Obviamente, devemos expressar a estimativa acompanhada do valor da incerteza (desvio padrÃo).
EntÃo, ao medirmos realizamos um experimento "probabilÃstico":
- Especificar a grandeza conforme exatidÃo requerida;
- Elaborar um mÃtodo de mediÃÃo apropriado (que atende à exatidÃo requerida);
- Escolher ao acaso um valor dentre "todos" os possÃveis para a grandeza, conforme mÃtodo de mediÃÃo definido;
De: "Mauricio Cardeal" <mcardeal@ufba.br>
Para: abe-l@ime.usp.br
Enviadas: TerÃa-feira, 15 de Outubro de 2013 12:12:40
Assunto: Re: [ABE-L]: Bland-Altman
Bom dia!
NÃo estou a fazer comentÃrios sobre os mÃtodos de Bland-Altman e o mÃtodo alternativo. Pretendo fazer outra discussÃo: ao ler o artigo, fica evidente que a tomada de decisÃo sobre diferenÃas entre as curvas deu-se exclusivamente a partir de valores de p. Fiquei surpreso porque, uma vez que o plano amostral nÃo foi probabilÃstico, ou nÃo hà qualquer descriÃÃo que se possa supor o contrÃrio, os valores de p ou os testes estatÃsticos de hipÃtese, ou mesmo intervalos de confianÃa, nÃo possuem qualquer interpretabilidade, uma vez que a estimativa do erro-padrÃo à enviesada. Quero ressaltar de que estou me referindo ao contexto teÃrico da escola frequentista mesmo, pois minha formaÃÃo à nessa escola, apesar de estudar a escola subjetivista tambÃm por conta prÃpria. Por isso reitero que o meu comentÃrio à dentro do campo teÃrico da escola frequentista.
Por que insistir no emprego da estatÃstica inferencial se o seu uso sà faz sentido em planos amostrais probabilÃsticos? Mesmo que os mÃdicos adorem valor de p e epidemiologistas adorem intervalos de confianÃa, eles estÃo completamente equivocados e mal formados em estatÃstica com cursos de fins de semana, ou quatro meses em alguma pÃs-graduaÃÃo em saÃde.
A conclusÃo do artigo sobre associaÃÃo atravÃs da significÃncia estatÃstica nÃo me diz absolutamente nada.
MaurÃcio Cardeal
MÃdico (UFBA), Doutor em epidemiologia pelo Instituto de SaÃde Coletiva (UFBA), especializaÃÃo em estatÃstica aplicada pelo Departamento de EstatÃstica (UFBA)
UFBA - Universidade Federal da Bahia
Em 11-10-2013 20:12, Basilio de BraganÃa Pereira escreveu:
Os referencias aos artigos originais seguem abaixo e anexo envio um desenvolvimento para dados discretosLuizNÃo uso o mÃtodo de Bland e Altman pois acho mais interessante usar o metodo derivado de uma ideia de um colega nosso Ronir Luiz.
LUIZ, R. R.; COSTA, A. J. L.; KALE, P. L.; WERNECK, G. L. Assessment of
agreement of a quantitative variable: a new graphical approach. J. Clin. Epidemiol.,
New York, v.56, n.10, p.963-967, 2003.
LLORCA, J.; DELGADO-RODRÂIGUEZ, M. Survival analytical techniques were
used to assess agreement of a quantitative variable. J. Clin. Epidemiol., New York,
v.58, n.3, p.314-315, 2005.
Em 11 de outubro de 2013 18:16, Luiz Sergio Vaz <luizvaz@sarah.br> escreveu:
Boa tarde.
AlguÃm da Lista teria experiÃncia com a interpretaÃÃo e uso dos grÃficos de Bland-Altman, para avaliaÃÃo da concordÃncia entre dois mÃtodos de mediÃÃo de variÃveis contÃnuas? O artigo original teve mais de 18.000 citaÃÃes.
No caso , estou comparando a altura da crianÃa em pà (mÃtodo de referÃncia) com outros 3 mÃtodos: envergadura, altura da crianÃa deitada e a altura estimada pelo comprimento do braÃo. Segue uma parte do banco de dados (5 crianÃas), sà para mostrar como essas medidas variam:
Alturape
Alturadeitado
Envergadura
Alturaest
95,4
96,7
94,1
97,9
104,7
105,5
103,5
106,1
102
103
102,2
104,4
103
104
100,5
107,4
103,2
104
100,5
104,8
Se alguÃm tiver algum Ãndice de concordÃncia melhor que o grÃfico de Bland-Altman, pode mandar.
Luiz
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Basilio de BraganÃa Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
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