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Dennis Lindley



Caros redistas:

Das coisas inesquecÃveis em nossas carreiras a que mais refletem em
nossas carreiras à a convivÃncia com grandes homens.  Tive a honra de
ter convivido com Basu, Proschan, Barlow, Blackwell, Zacks e Dennis.
Desses ainda sobrevivem Zacks e Barlow.  Imaginem o meu orgulho em ter
sido co-autor de todos com exceÃÃo do David.
Soube hoje do falecimento de Dennis, uma grande personalidade.  Na
Ãltima correspondÃncia dele para mim, escreveu sobre o nosso FBST e Ã
claro colocou uma duvidasinha sobre o fato de estarmos testando sharp
hypothesis.

Conheci o mestre nos anos 70, quando passou um bom tempo em Tallahasse
nos dando excelentes palestras.  Era um Ãtimo palestrante. Tive o
prazer de um convÃvio muito agradÃvel com ele que me prometeu vir ao
Brasil quando eu voltasse. Foi o que aconteceu.  Passou 3 meses comigo
em SÃo Paulo e sua sinceridade as vezes assustavam meus amigos.  certa
vez atravessando a Alameda Pamplona me disse de repente:  Esse pais
nÃo vai dar certo! Perguntei o porque.  Ele entÃo respondeu dizendo
que o Ãnibus nÃo parou no sinal vermelho. EntÃo, na minha ingenuidade, disse a ele que viu que nÃo tinha carro na outra rua.
EntÃo na sua Brianitude me informou que um cidadÃo nÃo pensa nem julga
quando tem que seguir regras!
Quando meus visitante vinham a SÃo Paulo pedia sempre que escrevessem a sua experiÃncia sobre a visita a academia. Usava a mensagem deles
junto ao meu relatÃrio da FAPESP.
Disse na mensagem dele que viu institutos de Ãtimo nÃvel mas nÃo tinha
visto uma universidade.  Viu sim institutos isolados cada um
trabalhando independentemente dos outros.  Fato real, verdadeiro atÃ
hoje!
Trabalhamos em dois problemas, um que havia sido referee de um paper
meu e me pediu para completar o paper. Este paper à o que envio para voces anexado jà que the statistician jà nÃo existe mais como revista. Era a sÃrie D da Roayal statistical society. O outro problema foi o probelma do equilibrio de Hardy-Weinberg, do qual nÃo concordamos
com nossas duas soluÃÃes.  Do meu lado fiz uma carreira paralela neste
assunto.  No entanto nossos trabalhos foram fruto de muitas discussÃes
sobre o assunto.

Tentamos ainda fazer algo sobre amostragem mas nÃo tivemos muito
tempo.  De nossas discussÃes, fruto de um inicio com o Basu, ele
escreveu o artigo que envio anexo tambÃm.  Enquanto eu estive em
Berkeley de 1986 a 1988 ele nos visitou diversas vezes, acho uma vez a
cada semestre.  Foi uma Ãpoca maravilhosa para mim e minha famÃlia.
Aproveitei muito do convÃvio com mais este mestre.

Mas o tempo passa e vamos perdendo muito de nÃs mesmos inclusive o
pedaÃo importante que veio de nosso convÃvio.  Muito ficou comigo e
como disse outras vezes o maior patrimÃnio que consegui à a lembranÃa
dessas coisas que vivi.  Eu acredito que as pessoas devem ler o seu
livrinho elementar making decisions.  Acho que foi a melhor peÃa dele.
 Tirando o trabalho dele com o Adrian, crio que o que aproveitei mais
foi " The inevitability of Probability" publicado no ISR.  Vale a pena
vocÃs todos lerem.  Lembro de ele sempre dizer que quando conversava
com frequentistas fazia a afirmaÃÃo: If I cannot do better than you my
solution is equivalent, never inferior.

He was a remarcable person!

Outro fato interessante em sua visita ao Brasil foi que quando chegou
pedi que nÃo usassem o passaporte com eles. Sempre deveriam sair com as cÃpias. Sua mulher me mostrava a lei e dizia que nÃo era legal o
meu pedido.  Dennis fazia exatamente como eu dizia.  Foram os dois
passear na praia de SÃo Conrado em frente ao Hotel Nacional onde
estavam hospedados.  Um carro parou e roubaram a bolsa dela.  O
passaporte evidentemente estava dentro.  Voltando a SÃo Paulo fui
resolver o caso para ela, a qual me dizia que o consulado iria dar a
ela um novo passaporte.  O despachante da universidade me pedia para
ir tirar o salvo conduto pois ela deveria viajar com este papel pois
nÃo iriam dar um novo passaporte. Claro, ela me dava uma aula de lei e me informava que iriam dar o passaporte pois jà havia discutido
muito no consulado.  Final da conversa no dia da viagem fomos para o
aeroporto bem antes do voo e com nosso despachante tiramos o salvo
conduto, papel com o qual ela viajou. Ainda tenho as notas de aula
dele do curso que deu para nos em sÃo paulo.  Vou digitalizar e passar
para a rede.

Vou tomar a liberdade de anexar o nosso trabalho e o paper de aleatorizaÃÃo.

Com muitas saudades peÃo que me perdoem por esta longa mensagem.

SaudaÃÃes carlinhos
PS: Segue tb a carta do Dennis.
Depois da carta dele eu e o Julio e mais nossos colaboradores
respondemos as questÃes escrevendo uma sÃrie de artigos.  Acho que o
mais recente jà enviei para a rede que foi o artigo do Logic Journal.





--
Carlos Alberto de BraganÃa Pereira
http://www.ime.usp.br/~cpereira
http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
Stat Department - Professor & Head
University of SÃo Paulo

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