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RE: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin



Na minha opinião, falta tanto por parte dos CONRE como por parte de nós,
traquejo político para lidar com situações como essa, para muitas pessoas, é
comodo existir um conselho q finge q fiscaliza e qdo fiscaliza, fiscaliza
picuinhas, o que eu tenho em discurso é justamente tentarmos mobilizar em
prol da profissão, para que fatos como estes não voltem a acontecer. Se
ficarmos remoendo o passado, aparecerao milhares de casos semelhantes a
estes citados pelo Moretim, pelo Gauss, por voce ou por qualquer outro
profissional. Se uma coisa não funciona enão nos agrada, por que ao invés de
boicotá-la, tentar nos unir para sermos ouvidos? É muito comodo criticar, e
até fácil, dificil é sair da critica para a acao.

Leonard



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-----Original Message-----
From: José F. de Carvalho [mailto:carvalho@statistika.com.br] 
Sent: Tuesday, September 09, 2003 6:15 PM
To: gauss@ufba.br
Cc: abe-l@ime.usp.br
Subject: RE: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin


Gauss:

Essa estória parece uma piada, tamanha a estupidez. Mas, estórias como essa,
com o mesmo CONRE, eu as coleciono desde 1970. Naquele ano, o CONRE-SP
oficiou à Unicamp, pedindo os nomes dos professores de estatística, que
deveriam ser registrados no CONRE, por força de lei (dizia o ofício). O
Prof. Zeferino respondeu ao ofício, em carta (isto já significava um
desmerecimento formal ao Conre), dizendo que a universidade era autônoma.
Disse o Reitor que, se a universidade resolvesse colocar uma pessoa, formada
em engenharia, para ensinar anatomia no curso médico ela o faria, o que
seria dependeria só da capacidade do docente. Curioso, ouvi dizer que, pouco
tempo depois, esse presidente do Conre fôra processado, ele mesmo, por
achacar empresas, obrigando-as a contratá-lo (pró-forma, como farmácias
fizeram com farmacêuticos por muito tempo) ou a enfrentar multas.

E os Conre, para que servem? Uma vez, só para testar, denunciei ao Conre um
uso errado e ilegal (ex vi a lei) da estatística. Solicitei que um
representante do Conre fosse a um seminário, na USP, só para participar de
um debate e, ipso facto, tomar conhecimento do inteiro teor da denúncia.
Aliás, fiz uma representação por escrito! Foi gente de muitas organizações
lá - menos o Conre. Fiz isso outra vez, em outro problema, com o mesmo
resultado, inação total. 

A regulamentação da profissão de estatístico é tola. Mas existe. Deveríamos
fazer um lobby, um movimento, para acabar com ela.

Quanto à sua estória, cabe uma triste conclusão: para que nos preocuparmos
com algo inerte, como o Conre? Que pode ele fazer?
Pergunto: resultou multa efetiva, que teve de ser paga? Não acredito. 

De resto, sabe a sociedade, e sabemos nós também, quem são os estatísticos.
Aliás, nós os formamos, não é? Somos nós que damos a eles o direito de se
registrarem no Conre! Suprema ironia...

-----Original Message-----
From: gauss@ufba.br [mailto:gauss@ufba.br] 
Sent: Tuesday, September 09, 2003 10:31 AM
To: abe-l@ime.usp.br
Cc: gausscordeiro@uol.com.br
Subject: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin


Caros Colegas,

O Pedro Morettin tem razão em relação aos pontos que descreveu. Gostaria de
salientar o que aconteceu comigo - vítima do CONRE como orgão regulador da
profissao de estatistico. Em 1991 o Jornal do Brasil publicou (com chamada
na primeira página) uma reportagem sobre previsão de AIDS no País onde eu
(então pesquisador do 
IMPA) e o Dani Gamerman (UFRJ) usávamos métodos distintos de previsão do
número 
de soropositivos pelo vírus HIV no País até o ano 2000. No dia seguinte da 
publicação do JB com esta reportagem, representantes do CONRE-RJ procuraram 
a Direção do IMPA para MULTÁ-LO (o termo foi essse mesmo) por empregar uma 
pessoa (eu) que não estava habilitada a fazer previsões de Estatística,
principalmente porque a matéria continha uns gráficos. Para manter um
paralelismo com a inabilidade do CONRE é como somente os matemáticos
pudessem usar o teorema de Pitágoras...

Cordiais Saudações,
Gauss Cordeiro
 


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