[Prévia] [Próxima] [Prévia por assunto] [Próxima por assunto]
[Índice cronológico] [Índice de assunto]

CNPq



Coleagas, amigos e estatísticos acadêmicos:

Faz muito tempo que a composição do CA-ME nos é injusta.
Quando presidente da ABE tive várias reuniões com pessoas
da Matemática Aplicada.  Na época pleiteavam quatro membros de matemática 
aplicada no CA. Achei que era algo difícil de ser conseguido. Nós da ABE 
pleiteávamos apenas dois membros, um de estatística e outro de probabilidade. 
Ficamos nas discussões e não levamos para frente nossas sugestões.

Outras diretorias da ABE vieram e outros CA?s foram formados nesses anos.
Muitas das composições tinham estatísticos como membros, outras 
probabilistas.  Se não me engano foram Gauss (não tenho certeza), Helio, 
Cribari e Heleno os estatísticos e Galves, Pablo, Chang e outros como 
pprobabilistas.  Ai vão pelo menos oito anos de estatísticos e note que faz 
tempo que não temos noticias de nosso pleito antigo.  

Gostaria de colocar que sou a favor de dois membros de nossa comunidade no CA-
MA: um de probabilidade e um de estatística.  Contudo, não concordo que deva 
haver um CA de estatística como já ouvi de outros colegas.  Meu pensamento é 
que todos os colegas membros do CA estão tendo participação positiva e talvez 
seja a razão pela qual nosso pleito de dois membros vem sendo esquecido.

Saudações
Carlinhos
PS: Quando o falamos de 30 anos não podemos esquecer que no inicio
membros do comite tinham grande poder decisório com relação as respectivas 
comunidades específicas.  A escolha desses membros era feita pela sua 
importancia nas comunidades.  Creio que somente após meados dos anos 80 é que 
a produção científica começou a ser considerada na escolha de representantes 
das comunidades afins. 

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Caros Amigos,

Aproveitando o e-mail do Francisco sobre o assunto em tela,
que é importante que seja discutido para o nosso futuro,
gostaria de esclarecer o seguinte.

A composição atual do CA-ME segundo o site do CNPq é
dada por um representante de cada uma das áreas:
Álgebra (1), Matemática Aplicada (2), Estatística (1),
Sistemas Dinâmicos (1) e Análise (1), totalizando
6 (seis) membros. No passado, havia apenas um representante
da Matemática Aplicada e no lugar de dois desta área,
tinha um representante de geometria.

Esta composição vem persistindo por mais de 30 anos e está
TOTALMENTE ERRADA em relação a importância científica atual
dessas áreas no País. Qualquer pessoa não-viesada e com um mínimo
bom senso pode entender isso.

As Pós-Graduações em Estatística no País são importantes
e devem ser valorizadas no CNPq com pessoas que realmente conheçam
Estatística. Não importa  o nome "representante" ou "assessor".
As decisões deste CA-ME de priorizar o SINAPE e a EMR
para lá da 20a colocação estão totalmente equivocadas e são
inaceitáveis face a importância da Estatística no País.

O erro, no meu entender, é um só: a Estatística não pode ser
tratada como uma área tipo álgebra, análise e sistemas dinâmicos.
A Estatística no País hoje é formada por inúmeras subáreas
e engloba muito mais pesquisadores que as áreas análise, algebra,
sistemas dinâmicos e probabilidade.  Portanto, torna-se
necessário que haja dois representantes nas áreas de
Probabilidade e Estatística, face a importância destas áreas no
contexto científico global. A ABE tem obrigação de dizer isso,
POIS O CNPQ (CA-ME, CD, PRESIDÊNCIA, ETC.) NÃO SABEM. Acho desgastante,
ainda, ter que recorrer a assessores para conseguir algumas migalhas
para a EMR, como aconteceu com o SINAPE.

Gostaria ainda de enfatizar aqui que eu não entendo como um
Departamento de peso científico como o de Estatistica da USP
(ou sua Pós-Graduação) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o
que está acontecendo no CNPq em relação ao desprestígio da Estatística.

Será que seus dirigentes não sabem que a Estatística não pode ser
tratada como se fosse equivalente (em capital humano especializado) às
áreas de análise, álgebra e sistemas dinâmicos? Infelizmente, esses
estatísticos são muito tímidos ou preferem ignorar a realidade. Quando
o auxílio para o SINAPE foi negado e a Profa. Lúcia Barroso (então
Presidente da ABE) disse isso na rede, infelizmente, eu fui o único a
se pronunciar.

Saudações a todos,
Gauss Cordeiro

Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>