Provocando 1 pouco +!

[Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>]

PELO AMORrrr DE DEUS! SÕ!

Voltemos do paraiso em direção aos caminhos terrestres?
Minha provocação não teve nada nem de dedutivismo (frequentista) nem de 
indutivismo (bayesiano).  Minha questão era real e não teórica.  Identificar 
minha questão como bayesiana é natural pois, sendo eu um bayesiano, estava 
mesmo provocando.  Mas esqueçam a minha pessoa e pensem apenas na questão 
colocada. Vou, assim, aqui conjecturar um pouco mais:

1.  Situação 1.
O Ibopeano, pediu ao seu pesquisador que a. Entrasse na sala e pegasse o 
primeiro estudante; o Chico, que era alto, foi o escolhido. O primeiro 
estudante foi alto e homem! b. Olhasse as cadeiras em fila e pegasse a primeira 
estudante; a Chica, que era baixa, foi a selecionada. c. Seguindo a mesma 
trilha o pesquisador teria que selecionar o próximo que poderia ser um homem 
baixo ou uma mulher alta.  O terceiro foi o José, um baixinho.  d. Por último, 
seguindo a mesma trilha, teria de encontrar uma mulher alta que foi a Josefa.  
O supervisor foi lá verificar e não é que o cara fez certinho pois viu os nomes 
nas cadeiras e tudo foi feito segundo a recionalidade das quotas.

Já o randomizeiro, realmente aleatorizou e encontrou justamente os mesmo 4 
alunos da amostra ibopeana.  Po pessoal! Não deu para verificar que o cara 
havia feito mesmo isso.  Fiz uma seleção usando uma urna com o nome dos 10 
alunos e em 5 seleções não consegui encontrar a mesma amostra do randomizeiro.
Chato não?

2. Situação 2
O ibopeano, na verdade era um amostristas tradicional e não acreditava na 
amostragem por quotas.  Aleatorizou e encontrou a amostra descrita.  Ficou bem 
com sua consciência e com seu chefe.

Já o randomizeiro (um enganador) tinha trabalhado em uma empreza de pesquisa de 
mercado e achava muito legal esse negocio de amostra balanceada para coisas que 
não se sabe correlacionadas com a variável resposta.  Assim procurou uma boa 
amostra procurando suas unidades na medida.  Encontrou a mesma amostra 
logicamente.


Moral da nossa conversa: Se o Ibope mentisse e afirmasse ter usado 
aleatorização todos ficariam felizes pois não existiriam provas de que assim 
foi feito.  Ja na segunda situação a injustiça estaria sendo cometida pois 
acreditou-se que todos estariam dizendo a verdade.

Quero dizer que a demostração cultural de nossa comunidade foi espetacular.  
Esses carinhas são bons de verdade! Ja estou lendo tudo que me mandaram ler.

Saudações acadêmicas.

Carlinhos




Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>