Caros,
Há mais de 23 anos, sempre defendi que a Estatística tivesse um comitê próprio
no CNPq face ao crescimento a passos largos dessa área no país.
Sem querer polemizar (e para o meu dileto colega Luís Paulo não pedir para eu
?apontar minha metralhadora mais para cima?) gostaria apenas de citar um fato
que constatei esta semana, ao ministrar um minicurso de MLG na excelente
Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (nível 6 na Capes).
A área de zootecnia no CNPq (4 membros no seu comitê assessor próprio mais um suplente)
detém cerca de 189 bolsas de produtividade de pesquisa, das quais 18 estão na
Pós-Graduação acima.
A nossa área de probabilidade e estatística em todo o país, detém somente
42 bolsas de produtividade de pesquisa, ou seja, ínfimo 22% do peso da
participação da zootecnia. Eu acredito que esta discrepância global persista em
relação a outras áreas do conhecimento tais como: engenharia de produção,
economia, veterinária, agronomia etc.
Algumas pessoas podem argumentar que existem bolsas de pesquisadores que
trabalham com estatística em outras áreas. Isso é verdade, embora um
comitê próprio de probabilidade e estatística, no meu entender, seria salutar e
imprescindível para agregar os estatísticos e dar o valor científico real que a nossa
área merece.
Tenho um amigo que costuma me dizer que os estatísticos adoram atirar nos próprios
pés. Eu gostaria de refutar em breve a sua assertiva com fatos concretos.
Saudações,
Gauss Cordeiro