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Alguns pontos adicionais



Caros Redistas,

Eu firmemente acredito que a grande maioria dos julgamentos
dos CAs do CNPq sejam feitos de forma honesta tentando contemplar ao máximo os pedidos meritocráticos. Claro que
erros de julgamento existem e sempre existirão.

Entretanto, fica muito difícil julgar o estado da arte
em qualquer área de atuação se você não é parte
integrante desta área. Certamente, os membros do CA-ME (algebristas, analistas e geômetras) têm enorme
dificuldade em julgar os pesquisadores da área de
Estatística, principalmente aqueles que trabalham em
sub-áreas menos conhecidas, a não ser baseado em informações
a priori dos revisores dos processos. Isso é fato que qualquer um que fez parte do CA-ME pode atestar.

Nada tenho contra ser julgado por matemáticos. Muito
pelo contrário, pois sou matemático de formação com muito
orgulho e a minha área principal de atuação é estatística matemática (desculpe Morettin, sei que você não gosta
deste nome).

Entretanto, entendo que um CA de Estatística daria maior visibilidade a nossa área e, com certeza, faria ela iria
crescer muito mais rápido. Não tenho dúvidas em relação a
esse ponto.

Finalizando, deixo três perguntas na rede:

i) Aqueles números que eu levantei das bolsas de
produtividade de pesquisa em algumas áreas não ilustram
bem que estamos muito defasados em relação a outras áreas,
cujo capital-humano em potencial para bolsas de
proditividade parece inferior?

ii) Seguindo o comentário do Enrico, se até Desenho
Industrial tem um CA com dois membros e somente 15 bolsas, porque a Probabilidade e Estatística com 42 bolsas não tem
seu próprio CA?

iii) Porque vários estatísticos (alguns excelentes) preferem
ter bolsas em outros CAs? Um CA próprio de Estatística não
iria atraí-los?

Infelizmente, as pessoas que dão opinião na rede sobre
esse assunto são as figurinhas tarimbadas de sempre.
Seria muito oportuno saber como as outras pessoas
pensam.

Saudações,

Gauss Cordeiro