Caros Redistas,
Infelizmente, a discussão sobre um CA próprio da Estatística na rede da ABE, fica
sempre restrita a poucas pessoas e a algumas intervenções e, desconhecemos, a opinião
de vários pesquisadores importantes em Probabilidade e Estatística no País.
Alguns poucos, entretanto, já me disseram que seriam favoráveis a uma tentativa de
criação do nosso próprio CA.
Por esse motivo, solicitei (em público) ao Coordenador do SINAPE uma sessão
durante este evento para debater esse tema. Algumas das apreensões demonstradas
pelo Renato (matemático de formação) ? e certamente uma das grandes lideranças da
Estatítica do País-, eu, felizmente, não tenho.
Um CA próprio de Probabilidade e Estatística, com seus membros referendados pelos
diversos Programas de Pós-Graduação de Estatística, somado aos pesquisadores do sistema
e às associações científicas pertinentes, teria, no meu entender, melhores condições
para julgar a pesquisa em métodos estatísticos (teóricos ou aplicados).
Fiz parte no passado da CAPES e do CNPq, convivo com matemáticos puros e aplicados,
e conheço das suas dificuldades em diferenciar as especificidades dos nossos
periódicos, por exemplo, entre Biometrika da Biometrics (dois periódicos super-importantes)
e, com maior razão, em relação aos periódicos mais novos. Claro que a lista da CAPES
e a opinião de 2 ou 3 consultores por processo facilitam as coisas mas fica
realmente difícil decidir para qualquer um que não seja da área.
Finalmente, gostaria de enfatizar que a pesquisa de hoje com a internet, enorme variedade
de software, comunicação rápida, explosão de periódicos, edição super facilitada, não
pode ser comparada em ?termos quantitativos? com aquelas que eram feitas
no passado. Há 28 anos, eu fiz toda a pesquisa teórica da minha tese de doutorado
sozinho (McCullagh e Cox só fizeram me atrapalhar) em menos de 6 meses, mas gastei
uma enormidade de tempo desenvolvendo programas de simulação que, se fosse hoje,
gastaria no máximo duas semanas.
Cordiais Saudações,
Gauss
Cordiais Saudações,
Gauss Cordeiro