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Re: [ABE-L]: sobre comite CAPES-CNPq de estatistica



Prezados,
Decidi emitir minha opiniao, depois da email do Gauss conclamando a "turma dos 90" a se pronunciar. Faco parte do etc da email do Gauss. :-) Gostaria de dizer que concordo em grande parte com o que Renato escreveu e tambem acho que Basilio levantou questoes importantes. Pelo que entendi Cribari respondeu ao Basilio. Porem sempre pensei (acho que me enganei) que o representante do CA voce o responsavel final de uma decisao. Decisao esta que poderia e deveria ser baseada nas informacoes fornecidas pelos pareceristas. Coletando os dados e sempre acreditando que a priori nao deve dominar a verossimilhanca, o/a representante de um CA tomaria as decisoes de promover, rebaixar, recusar e outras decisoes pertinentes.

Quanto aos indices, estes devem ser examinados em conjunto. Nao sei se existe, mas seria interessante ter mais um que fosse um indicativo do que aconteceu com as teses que orientamos. Foram publicadas? existe alguma empresa/insituicao utilizando-as? etc Isto seria um parametro (argh!) para saber como os pesquisadores estao "procriando" academicamente (por favor veja: http://genealogy.math.ndsu.nodak.edu/). Existem teses de doutorados que foram um marco na historia da ciencia.

Ate momento, tenho a posicao de que deveriamos ter, pelo menos, mais um representante no CA-MA. Acho que atingimos massa critica e importancia para isto mas nao acredito que temos um pensamento quase unificado nas questoes levantandas por Renato e Basilio para termos uma CA exclusivo. Bom esta eh soh minha opiniao.

abracos, nao parametricos

ronaldo


Francisco Cribari wrote:.

Caros Renato, Basílio e colegas,

Essa é uma discussão importante e complexa. No global, concordo com as
colocações do Renato. No âmbito do CA-MA do CNPq é importante que sejam
valorizadas publicações em revistas de Estatística. (Basílio: considero
o Journal of Econometrics e o Statistics in Medicine revistas da área de
Estatística, e muito boas, por sinal.)
É importante notar que não somos, de fato, avaliados pelo CA-MA do CNPq,
mas sim pelos nossos pares, que são os avaliadores (pareceristas) de
nossos artigos. Esses avaliadores encontram-se entre os maiores
especialistas de nossas áreas de pesquisa e sua avaliação sobre a
relevância de nossos artigos determina sua publicação ou não. Tais
avaliações determinam ainda em quais revistas nossos artigos circularão.
Como sabemos, há revistas de maior alcance e que são também mais
seletivas. Essas tendem a ter maior circulação e a dar aos artigos que
veiculam maior visibilidade. No meu entender, a verdadeira avaliação de
nossa produção científica ocorre nessa esfera. O julgamento feito pelo
CA-MA apenas espelha o resultado de nossa avaliação por nossos pares.
O Basílio toca, todavia, num ponto nevrálgico. Somos lidos? Temos
impacto? Tais perguntas têm se tornado cada vez mais pertinentes,
especialmente quando consideramos pesquisadores mais experientes.
Felizmente, hoje temos acesso a dados sobre nossas citações, o que
permite construir uma aproximação de primeira ordem para o impacto que
estamos tendo em nossos campos de trabalho. O índice h, por exemplo, é
uma medida que pode ser usada nesse contexto. De fato, já há CAs no CNPq
(e.g., Química) que estão fazendo extensivo uso de dados relativos a
citações para decidir concessões de bolsas de pesquisa e promoções;
fatores de impacto de revistas também têm sido extensivamente utilizados
(inclusive no CA-MA).

Saudações, FC
On Qui, 2007-10-18 at 15:50 -0200, Basilio de Bragança Pereira wrote:
Renato , não estou querendo misturar alhos com bugalhos.Sómente
apontar desvios que a atual mania de só valorizar publicaçao tem .
Publicar porque?E importante para a ciencia e humanidade seus
resultados?
Alguem le suas publicações? Voce é citado ou só seu pai e mae leem?
Isso tem que ser medido.
Nao vou publicar tudo porque isso dá duas publicaçoes!!!! Isto e falta
de escrupulos e não produtividade.
Nas palavras do CR Rao o importante é que seus alunos ,discipulos etc
sejam grandes pesquisadores. Isso esta sendo medido?

Lembre-se que grandes estatisticos do seculo 20  publicaram menos que
grande numero de estatisticos atuais. Mas as publicaçoes dos primeiros
valiam por 20 ou mais destes ultimos.
Ate Harvard esta reconhecndo e tentando corrigir estas distorçoes.
Nao sei porque um artigo  no Statistics in Medicine ou no Journal fo
Econometrics deveria valer menos que um no JASA ou Biometrica por
exemplo.

Gostaria de ver mais gente jovem como voce , Louzada , Paulo
Justiniano, Cribari  etc, isto é,   a geraçao dos anos 1990 a frente
de nossas sociedades e representantes nos orgaos financiadores. Nós
velhos devemos nós restringir a dar palpites pois embora com
experiencia , se nos prendermos a manter poder, vamos atrazar o
desenvolvimento da área e nao trazer a inovaçao ,a tentativa do novo .
Enquanto isso nao ocorrer tenho medo de um CA de estatistica, pois ñao
estará preparado a trazer pesquisadores estatísticos de outros CA.

Basilio