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Re: [ABE-L]: ainda com otimismo



Caro Luiz Paulo,

Muito bem! Concordo com praticamnete todos os seus
pontos. Apenas acho que um professor produtivo deveria
receber mais da própria IFES pela sua produção
científica, número de orientações, e outras medidas
de mérito acadêmico que todos nós conhecemos, e
como acontece nas universidades americanas. Com isso
não precisaria haver o sistema de bolsas do CNPq.

Quanto ao processo de reduzir os salários dos professores
DE que fazem da IFES um bico, muito fácil na teoria pois bastaria passá-los para 20 horas, isso não é feito
rotineiramente face ao corporativismo existente.

Um abraço,
Gauss Cordeiro

> Prezados Redistas,
>
> Eu não pretendia mandar tantas mensagens, mas fica difícil conter-me diante
> de um proselitismo francamente conservador que efetivamente detem hoje o
> poder nas IFES, a despeito das malfadadas eleições diretas para os seus
> dirigentes. Não vou repetir nesta mensagem a definição de isonomia que está
> sendo deliberadamente empregada com o sentido errado. Não é verdade também
> que professores produtivos sejam impedidos de ganhar mais. Fazem-no através
> de bolsas de pesquisa e projetos de prestação de seviços. A solução para os
> professores que fazem da universidade um bico, não é diminuir o seu salário,
> mas colocá-los na linha. Mas isto significa aplicar a lei, e eu conheço
> muitos colegas produtivos que estão fora da lei, e pretendem continuar
> assim. Para esses a solução é aplicar um diferencial no salário, e não
> aplicar a lei. Falando mais claro, colocar seus alunos de pós para dar a
> carga docente na gradução, ausentar-se do país sem licença legal,
> comprometer a impessoalidade dos arcaicos concursos para docente para
> docente, botando para dentro seus apaniguados, e a lista é longa, os nomes e
> as provas também...
> O pensamento conservador travestido de proisso ou proaquilo não visa 
> transformar nada, mas manter os privilégios dos mesmos. E essa
> patrimonialização das IFES que vem de longa data é que compromete o seu
> crescimento.
>
> []´s
> On Sun, 25 Nov 2007 21:47:07 -0200, gausscordeiro wrote
> > Caro Zé,
> >
> > Concordo com quase todos os seus pontos. As federais no
> > global não são regidas pela meritocracia e impera um corporativismo
> > crônico e problemas sérios que vão das eleições dos dirigentes pelo
> > voto direto até a isonomia perversa (como você mesmo citou) passando
> > pelas associações docentes dominadas por professores carreiristas e
> > sindicalistas e pelo "toma lá da cá" e outras aberrações que o
> > espaço aqui seria insuficiente. Professores que publicam, ensinam e
> > orientam recebem os mesmos salários que seus pares que têm a
> > universidade como um bico.
> >
> > Mas eu continuo otimista porque acho que as federais
> > hoje são bem melhores do que há 25 anos, embora muitos
> > desses problemas persistam. Digo isso, com conhecimento
> > de causa, pois dediquei minha vida às federais:
> > UFRJ, UFPE, UFBA e UFRPE.
> >
> > Entretanto, permita-me discordar de você quanto ao Paulo Renato,
> > pois eu esperava muito mais dele ? um ex-reitor da UNICAMP -, e
> > conhecedor da gestão de uma boa universidade, nos 8 anos que ficou à
> > frente do MEC.
> >
> > O que eu presenciei, neste período, foram as federais numa
> > situação engessada sem poder contratar professores
> > qualificados, pouca verba de capital e custeio, enquanto havia uma
> > expansão assombrosa do ensino privado superior. O ensino superior
> > privado fez a festa na gestão Paulo Renato. Esses são fatos reais!
> >
> > O atual titular do MEC me parece mais atento às federais
> > embora haja um certo desgoverno federal do País em certas
> > áreas.
> >
> > Boa estada fora da nossa Pátria de Chuteiras e
> > continuaremos discutindo a academia de ontem e
> > hoje no nosso próximo encontro, se possível, com sua
> > cerveja de griffe.
> >
> > Um abraço,
> > Gauss Cordeiro
> >
> > > Gauss, meu amigo: na gestao do Paulo Renato, no MEC, o que eu vi,
> sobretudo,
> > > foi um esforco para avaliar as universidades e, em outra linha, os 
> docentes.
> > > Com isso, criar diferenciais que levassem a mais esforco, melhor
> trabalho.
> > > Um trabalho dificil, face - justamente - ao corporativismo, que reagiu
> > > fortemente. A ideia de remuneracoes variaveis, resultante de alguma
> > > avaliacao, foi vivamente contestada com base na estupida ideia
> de "isonomia"
> > > (iguais proventos em todo Brasil, entre todos os docentes), algo que so
> > > desestimula.
> > >
> > > Agora, confesso que estou afastado dessa "lida"; fico sabendo de
> problemas
> > > gerenciais e politicos de universidades, sobretudo as federais,  atraves
> de
> > > colegas. Contudo, ouso achar que uma coisa nao mudou: o governo federal,
> > > centralizador, nao tem como bem gerenciar as muitas dezenas de
> universidades
> > > que o povo sustenta sob sua "administracao".
> > >
> > > Vi, aqui,congratulacoes dadas por uma classificacao (qual "o" indice?)
> das
> > > 500 "melhores" universidades do mundo. Claro, deu USP e Unicamp na 
> cabeca...
> > > do Brasil... da America do Sul... la pelo lugar 200, certo? Ah, que bom!
> Vc
> > > viu quantas universidades CHINESAS estavam a frente de USP e Unicamp? E
> em
> > > lugares bem acima? A classificacao nao e' causa para tanto brio. De todo
> > > modo, nao espanta que, no Brasil, saiam USP e Unicamp a frente. O estado
> de
> > > Sao Paulo poderia prescindir facilmente de IFES, com todo respeito a
> UFSCar e
> > > a velha Paulista de Medicina. Ocorre simplesmente isto: ainda que USP e
> > > Unicamp (e Unesp) sejam ja dificeis de tratar, do ponto de vista do
> governo
> > > do estado, elas estao mais proximas, entre si, e dos governantes (e
> talvez do
> > > proprio povo, seu cliente, sem querer soar demagogico), que qualquer par
> de
> > > universidades federais.
> > >
> > > Desculpe a falta de acentuacao. Estou fora do Brasil, a maquina nao e
> minha e
> > > o teclado eh desprovido de acentos...
> > >
> > > Abracos,
> > >
> > > Ze
> > >
> > > On Sunday 25 November 2007 11:13:49 gausscordeiro wrote:
> > > > Caros Redistas,
> > > >
> > > > Meu email à rede da ABE sobre as federais tratou apenas
> > > > de divulgar uma ata de reunião e, o mais importante,
> > > > o seu pano de fundo era de otimismo e encorajamento aos
> > > > alunos de doutorado de Estatística que assinam a rede,
> > > > que agora poderão encontrar um mercado de trabalho nas
> > > > federais por conta da maior oferta de vagas (devido ao
> > > > REUNI).
> > > >
> > > > Lembo a todos que da segunda metade dos anos 90 ao início
> > > > do ano 2000, por quase 6 anos, exportamos muitos doutores
> > > > para fora do País, pois eles não tinham opção de trabalho
> > > > nas federais. Pura desgraça do Ministro de Educação
> > > > Paulo Renato que penalizou as federais duramente e só
> > > > fez crescer exponencialmente as instituições de ensino
> > > > superior privadas.
> > > >
> > > > Acredito que agora a situação melhorou para as federais.
> > > > Em nenhum momento citei ou discuti o PROIFES.
> > > >
> > > > Na minha vida acadêmica sempre defendi a
> > > > meritocracia e combati enormemente o
> > > > corporativismo crônico reinante nas federais e
> > > > em outras instutições públicas no País.
> > > >
> > > > Saudações domingueiras,
> > > >
> > > > Gauss Cordeiro
> > >
> > >
> > >
>
>
> Prof. Luis Paulo
> C.P. 2386
> 20001-970 Rio de Janeiro, RJ
>
> outros e-mails
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> lpbraga@gbl.com.br
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