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Re: [ABE-L]: ainda com otimismo



Caros colegas

Prefiro nao entrar na questão do imenso corporativismo existente
nas IFES. Acho que ele só terá fim dentro de algumas décadas com 
a inexorável renovação dos corpos docentes e consequente entrada 
de pessoal mais qualificado alavancada pelo avanço da PG no país.

Queria apenas retomar um ponto que rolou aqui e dava como claro 
que USP e UNICAMP eram as nossas 2 melhores universidades. Com a 
recente avaliação da CAPES, é possível obter por exemplo o número 
de programas com conceitos 6 e 7 (ou apenas 7) dessas instituições 
e de algumas outras. Alguém sabe? Em avaliações passadas, acho que
a UFRJ se intrometeu entre elas no número de PG's com conceito 7.

Abraços cariocas e libertadores ;)
Dani

> Caro Luiz Paulo,
> 
> Muito bem! Concordo com praticamnete todos os seus
> pontos. Apenas acho que um professor produtivo deveria
> receber mais da própria IFES pela sua produção
> científica, número de orientações, e outras medidas
> de mérito acadêmico que todos nós conhecemos, e
> como acontece nas universidades americanas. Com isso
> não precisaria haver o sistema de bolsas do CNPq.
> 
> Quanto ao processo de reduzir os salários dos professores
> DE que fazem da IFES um bico, muito fácil na teoria pois bastaria 
> passá-los para 20 horas, isso não é feito rotineiramente face ao 
> corporativismo existente.
> 
> Um abraço,
> Gauss Cordeiro
> 
> > Prezados Redistas,
> >
> > Eu não pretendia mandar tantas mensagens, mas fica difícil conter-me 
diante
> > de um proselitismo francamente conservador que efetivamente detem hoje o
> > poder nas IFES, a despeito das malfadadas eleições diretas para os seus
> > dirigentes. Não vou repetir nesta mensagem a definição de isonomia que 
está
> > sendo deliberadamente empregada com o sentido errado. Não é verdade 
também
> > que professores produtivos sejam impedidos de ganhar mais. Fazem-no 
através
> > de bolsas de pesquisa e projetos de prestação de seviços. A solução para 
os
> > professores que fazem da universidade um bico, não é diminuir o seu 
salário,
> > mas colocá-los na linha. Mas isto significa aplicar a lei, e eu conheço
> > muitos colegas produtivos que estão fora da lei, e pretendem continuar
> > assim. Para esses a solução é aplicar um diferencial no salário, e não
> > aplicar a lei. Falando mais claro, colocar seus alunos de pós para dar a
> > carga docente na gradução, ausentar-se do país sem licença legal,
> > comprometer a impessoalidade dos arcaicos concursos para docente para
> > docente, botando para dentro seus apaniguados, e a lista é longa, os 
nomes e
> > as provas também...
> > O pensamento conservador travestido de proisso ou proaquilo não visa 
> > transformar nada, mas manter os privilégios dos mesmos. E essa
> > patrimonialização das IFES que vem de longa data é que compromete o seu
> > crescimento.
> >
> > []´s
> > On Sun, 25 Nov 2007 21:47:07 -0200, gausscordeiro wrote
> > > Caro Zé,
> > >
> > > Concordo com quase todos os seus pontos. As federais no
> > > global não são regidas pela meritocracia e impera um corporativismo
> > > crônico e problemas sérios que vão das eleições dos dirigentes pelo
> > > voto direto até a isonomia perversa (como você mesmo citou) passando
> > > pelas associações docentes dominadas por professores carreiristas e
> > > sindicalistas e pelo "toma lá da cá" e outras aberrações que o
> > > espaço aqui seria insuficiente. Professores que publicam, ensinam e
> > > orientam recebem os mesmos salários que seus pares que têm a
> > > universidade como um bico.
> > >
> > > Mas eu continuo otimista porque acho que as federais
> > > hoje são bem melhores do que há 25 anos, embora muitos
> > > desses problemas persistam. Digo isso, com conhecimento
> > > de causa, pois dediquei minha vida às federais:
> > > UFRJ, UFPE, UFBA e UFRPE.
> > >
> > > Entretanto, permita-me discordar de você quanto ao Paulo Renato,
> > > pois eu esperava muito mais dele ? um ex-reitor da UNICAMP -, e
> > > conhecedor da gestão de uma boa universidade, nos 8 anos que ficou à
> > > frente do MEC.
> > >
> > > O que eu presenciei, neste período, foram as federais numa
> > > situação engessada sem poder contratar professores
> > > qualificados, pouca verba de capital e custeio, enquanto havia uma
> > > expansão assombrosa do ensino privado superior. O ensino superior
> > > privado fez a festa na gestão Paulo Renato. Esses são fatos reais!
> > >
> > > O atual titular do MEC me parece mais atento às federais
> > > embora haja um certo desgoverno federal do País em certas
> > > áreas.
> > >
> > > Boa estada fora da nossa Pátria de Chuteiras e
> > > continuaremos discutindo a academia de ontem e
> > > hoje no nosso próximo encontro, se possível, com sua
> > > cerveja de griffe.
> > >
> > > Um abraço,
> > > Gauss Cordeiro
> > >
> > > > Gauss, meu amigo: na gestao do Paulo Renato, no MEC, o que eu vi,
> > sobretudo,
> > > > foi um esforco para avaliar as universidades e, em outra linha, os 
> > docentes.
> > > > Com isso, criar diferenciais que levassem a mais esforco, melhor
> > trabalho.
> > > > Um trabalho dificil, face - justamente - ao corporativismo, que 
reagiu
> > > > fortemente. A ideia de remuneracoes variaveis, resultante de alguma
> > > > avaliacao, foi vivamente contestada com base na estupida ideia
> > de "isonomia"
> > > > (iguais proventos em todo Brasil, entre todos os docentes), algo que 
so
> > > > desestimula.
> > > >
> > > > Agora, confesso que estou afastado dessa "lida"; fico sabendo de
> > problemas
> > > > gerenciais e politicos de universidades, sobretudo as federais,  
atraves
> > de
> > > > colegas. Contudo, ouso achar que uma coisa nao mudou: o governo 
federal,
> > > > centralizador, nao tem como bem gerenciar as muitas dezenas de
> > universidades
> > > > que o povo sustenta sob sua "administracao".
> > > >
> > > > Vi, aqui,congratulacoes dadas por uma classificacao (qual "o" 
indice?)
> > das
> > > > 500 "melhores" universidades do mundo. Claro, deu USP e Unicamp na 
> > cabeca...
> > > > do Brasil... da America do Sul... la pelo lugar 200, certo? Ah, que 
bom!
> > Vc
> > > > viu quantas universidades CHINESAS estavam a frente de USP e 
Unicamp? E
> > em
> > > > lugares bem acima? A classificacao nao e' causa para tanto brio. De 
todo
> > > > modo, nao espanta que, no Brasil, saiam USP e Unicamp a frente. O 
estado
> > de
> > > > Sao Paulo poderia prescindir facilmente de IFES, com todo respeito a
> > UFSCar e
> > > > a velha Paulista de Medicina. Ocorre simplesmente isto: ainda que 
USP e
> > > > Unicamp (e Unesp) sejam ja dificeis de tratar, do ponto de vista do
> > governo
> > > > do estado, elas estao mais proximas, entre si, e dos governantes (e
> > talvez do
> > > > proprio povo, seu cliente, sem querer soar demagogico), que qualquer 
par
> > de
> > > > universidades federais.
> > > >
> > > > Desculpe a falta de acentuacao. Estou fora do Brasil, a maquina nao e
> > minha e
> > > > o teclado eh desprovido de acentos...
> > > >
> > > > Abracos,
> > > >
> > > > Ze
> > > >
> > > > On Sunday 25 November 2007 11:13:49 gausscordeiro wrote:
> > > > > Caros Redistas,
> > > > >
> > > > > Meu email à rede da ABE sobre as federais tratou apenas
> > > > > de divulgar uma ata de reunião e, o mais importante,
> > > > > o seu pano de fundo era de otimismo e encorajamento aos
> > > > > alunos de doutorado de Estatística que assinam a rede,
> > > > > que agora poderão encontrar um mercado de trabalho nas
> > > > > federais por conta da maior oferta de vagas (devido ao
> > > > > REUNI).
> > > > >
> > > > > Lembo a todos que da segunda metade dos anos 90 ao início
> > > > > do ano 2000, por quase 6 anos, exportamos muitos doutores
> > > > > para fora do País, pois eles não tinham opção de trabalho
> > > > > nas federais. Pura desgraça do Ministro de Educação
> > > > > Paulo Renato que penalizou as federais duramente e só
> > > > > fez crescer exponencialmente as instituições de ensino
> > > > > superior privadas.
> > > > >
> > > > > Acredito que agora a situação melhorou para as federais.
> > > > > Em nenhum momento citei ou discuti o PROIFES.
> > > > >
> > > > > Na minha vida acadêmica sempre defendi a
> > > > > meritocracia e combati enormemente o
> > > > > corporativismo crônico reinante nas federais e
> > > > > em outras instutições públicas no País.
> > > > >
> > > > > Saudações domingueiras,
> > > > >
> > > > > Gauss Cordeiro
> > > >
> > > >
> > > >
> >
> >
> > Prof. Luis Paulo
> > C.P. 2386
> > 20001-970 Rio de Janeiro, RJ
> >
> > outros e-mails
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> > lpbraga@gbl.com.br
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Dani Gamerman
Depto. de Métodos Estatísticos 
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