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Re: [ABE-L]: velho? nós?



Epa! velho é tratamento carinhoso, usado antes de merecermos este nome. Hoje 
ainda, opr exemplo.

Concordo. O estatístico tem de saber - além da Estatística, duas coisas: 1) 
computação; quanto mais, melhor. A ponto de eu recomendar a meus alunos que 
aprendessem mais computação do que os seu colegas de ciências da computação. 
2) o campo substantivo onde estão trabalhando. A Estatística é um método 
(ciência?) auxiliar. Só existe para servir a outras. Porisso, não é possível 
a um estatístico desenvolver-se sem aplicar-se a algum campo definido. Às 
vezes, até especializando-se aí. 

Mas eu discordo (sem pedir vênia) de que isso tem a ver com conhecimento 
prévio a ponto de montar prioris e que tais. Nem mesmo inconscientemente. A 
Estatística vale-se de um método para CRIAR as distribuições e probabilidades 
de que se vale. Aliás, bem mixurucas, as mais comuns e fáceis, são as que 
decorrem desse método.

Concordo que nem sempre uso esse método. Por não poder. Mas, nesses casos, sou 
analista de dados, qualquer coisa, mas não, estritamente, estatístico. Por 
exemplo, se pego (ah, quantas vezes) séries de dados históricos para fazer 
predições. 

Carlinhos, V. sabe o que eu disse, do teste aleatorizado e da maquininha para 
decidir, após o resultado, se se aceita, ou se rejeita (argh!) a hipótese, 
com nível exato, digamos, de 5%. Essa maquininha nada tem a ver com o meu 
computador, quando ele sorteia tratamentos para meus ratinhos (ou gente, que 
é a mesma coisa). Isso eu faço, gero uma lista e formalmente, com solenidade. 
V. sabe. O reparo é que, de nossa troca de mensagens, pode parecer que 
eu "rorpedeava" a aleatorização. Longe de mim.

Isso é mais fácil em conversa, não é? Lembrando: o Pirajá é do ladinho do meu 
escritório aí em Sanpa. Pronto para grandes discussões filosóficas, que, se 
não vão resolver os problemas do mundo (não vão, mesmo) nos darão muito 
prazer.

Abraços.

On Friday 16 May 2008 18:18:30 Carlos Alberto de Braganca Pereira wrote:
> O Zé disse a verdade: gostamos mesmo de encher a paciência dos mais jovens.
> Mas não é que estes não estão tão bravos quanto os mais "velhos".
> Primeiro gostaria de dizer que o Basu não aceitava os testes e nem ser
> chamado de pragmático.  Assim, dizer que ele se auto-classificou como tal
> seria demais. O texto é do Old Good.  Alias recomendo muito aos mais jovens
> a leitura de Good Thinking by IJ Good.
>
> Sobre a aleatorização devo dizer ao amigo que permitir que uma maquininha
> substitua todo "esse meu conhecimento cientifico", não seria do meu feitio
> não é Zé.  E você aceitaria?  Conte a verdadeira razão do sucesso meu
> amigo.  Vai dizer que você não se enrola todo em aprender tudo sobre o
> problema que você esta resolvendo?  Lembro muito bem das nossas conversas
> na faculdade quando você contava suas travessuras com os biólogos.  Dava-me
> aulas sobre o problema científico, pois sobre estatística já sabíamos um
> pouco.
>
> Um abraço
>
> Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>