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Re: [ABE-L]: Comparação de pesquisas eleitorais com os resultados das eleições



Prezados,

Concordo com Dalton e com Basilio, inclusive enviei uma email ao Carvalho sobre a repercusao que este documento poderia ter.
Muito relevante a este assunto:
Infelizmente, Prof. David A. Freedman (nao confundir com J. H. Friedman), professor da University of California at Berkeley, morreu no ultimo 17 de outubro, aos 70 anos. Se tiverem chance leiam um de seus livros, chamado, "Statistics" que escreveu junto com Purves & Pisani. Seu obtuario pode ser encontrado
http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2008/10/20_freedman.shtml

abs

ronaldo

Basilio de Bragança Pereira wrote:
Na verdade esse relato deveria ser enviado a justica eleitoral inclusive dando nomes aos bois. E claro que isso poderia prejudicar interesses comerciais, mas como estatisticos deveriamos levar em conta os interesses da sociedade. Aproveito para informar a morte de David Fredman ,dia 17 , , e que muito fez para melhorar as pesquisas do Censo , professor da University de Berkeley,e que tambem nao aceitada metodos na moda para agradar clientes.
Basilio
Dalton Francisco de Andrade Escreveu:
Zé,
Por que não enviar uma análise como e sta para o CONRE? Ele deveria se preocupar com a qualidade dos trabalhos dos Estatísticos, tendo em vista que toda pesquisa
eleitoral tem que ser assinada por um Estatístico.
Abraços,
dalton.

Quoting Jose Carvalho <carvalho@statistika.com.br>:
Colegas, incluo um documento, escrito para estatísticos, mas muito simples, mostrando que as pesquisas eleitorais não passam em teste algum de qualidade.
Em particular, que as margens de erro não existem... (o que já sabemos
tecnicamente).
E aproveito para contar-lhes que, logo antes do primeiro turno, fui contactado por telefone em quatro ocasiões separadas, por pessoas que me pediram que
assinasse como responsável técnico de pesquisas que eles fariam. Por
exigência do TRE, disseram, que demandava um estatístico com registro no CONRE. Senti-me como um farmacêutico antigo, daqueles que assinavam como
responsáveis por inúmeras farmácias, sem sequer saberem onde ficavam...
Claro, recusei todos os pedidos. Mas em um caso, indaguei como seria o
esquema de amostragem. Depois de ouvir um pouco, quis argumentar e não houve
sequer como me fazer entender. Perguntei qual era a formação da pessoa
encarregada da pesquisa. Cientista político, ou sociólogo, não me lembro bem.
Ante a minha pergunta de como poderia essa pessoa fazer um levantamento
estatístico, ouvi uma resposta belicosa (mas em tom educada, reconheço), em forma de pergunta: "e como pode um estatístico trabalhar em um levantamento político?" A pessoa continuou - a exigência de um estatístico é coisa formal, besteira da justiça eleitoral. a palavra "besteira" está bem presente na
minha memória. Devo concordar?
Eis minha resposta, no anexo.
Abraços aos colegas estatísticos.

--
José F. de Carvalho, PhD
Statistika Consultoria
+55-19-3236-7537