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COPPE é pioneira Re: [ABE-L]: USP e Unesp adotam avaliação ($$$$) de professores



Gostaria de registrar que a COPPE é a pioneira nessa avaliação. Inclusive os sistemas de avaliaçao dos orgaos financiadores sao baseados no criterio COPPE. Lembrando que varios dos dirigentes destes orgaos foram ou sao docentes da COPPE. O sistema contempla varios itens :ensino pesquisa orientaçao administraçao projetos O sistema esta disponivel na pg abaixo e contem ainda pontuaçao para artigos. Fornece graficos estatisticos dos docentes e programas e graficos comparativos.
http://www.coppe.ufrj.br/ensino/cad.htm

Basilio

----- Original Message ----- From: "Dani Gamerman" <dani@im.ufrj.br>
To: <abe-l@ime.usp.br>
Sent: Thursday, December 04, 2008 5:43 PM
Subject: [ABE-L]: USP e Unesp adotam avaliação ($$$$) de professores


A USP e a Unesp, duas das principais universidades do país, decidiram criar
programas de avaliação de seus servidores. Os sistemas prevêem pagamento de
prêmios em dinheiro a professores e funcionários, no caso da USP, e uso de
um sistema de pontuação para manutenção do regime de trabalho e do salário
na Unesp.

O Prêmio Excelência Acadêmica Institucional USP terá o valor de R$ 1.000
nesta primeira edição -metade desse valor começa a ser pago hoje para
professores e funcionários.

A segunda parcela do bônus será liberada no primeiro semestre do ano que
vem. As próximas edições dependerão do orçamento da universidade.

Os critérios de avaliação levam em conta uma série de indicadores de
desempenho, que inclui a avaliação da pós-graduação pela Capes -o prêmio
é pago caso sejam mantidas ou aumentadas as médias dos conceitos dos
programas.

Outro item avaliado é o cumprimento dos planos de metas por todas as
unidades.

O último deles leva em conta a posição ocupada pela USP em quatro rankings
internacionais que testam centros de ensino (veja quadro nesta página).

Para fazer jus à premiação, a USP deve, a cada ano, estar entre as 200
melhores universidades do mundo em pelo menos duas dessas listas.

Uma comissão gestora do prêmio foi montada para avaliar o cumprimento das
metas. Somente com o pessoal da ativa, a USP vai gastar na primeira edição
cerca de R$ 21 milhões.

"A proposta do prêmio é reconhecer o esforço coletivo da comunidade
acadêmica nessas conquistas, que conduzem à ampliação da liderança acadêmica
da universidade, tanto no cenário nacional quanto no internacional", diz a
reitora da USP, Suely Vilela, em nota.

A premiação é criticada pelo presidente da Adusp (Associação dos Docentes da
USP), Otaviano Helene, que o vê como uma forma de não conceder aumentos
salariais. "Se há dinheiro no orçamento, deve-se discutir reajustes
salariais, colocar na mesa de negociações. Nem houve discussão formal", diz.

Unesp

Já a Unesp criou sistema em que o professor terá seu regime de trabalho
reduzido, o que causa perda salarial, caso não atinja o patamar de
produtividade fixado pela instituição.

Cada "recuo" no patamar de jornada pode significar perda superior à metade
do salário -há três divisões, de 12, 24 e 40 horas de trabalho semanais.

Em uma escala de avaliação que vai de zero a cem pontos, o professor terá de
atingir ao menos 50 (considerando a média de desempenho em três anos) para
manter o regime de 40 horas semanais (grupo onde está a maioria dos
profissionais).

Cada atividade docente ganhou uma pontuação. Exemplos: disciplina ministrada
vale dois pontos; publicação de pesquisa em periódico reconhecido vale dez
pontos. Será avaliada a produção do professor na graduação, na pós, na
pesquisa, na extensão e na gestão.

"O docente precisa ter um desempenho mínimo, uma conduta acadêmica", afirmou
o reitor Marcos Macari. "Lutamos quatro anos para aprovar o projeto. E
estamos exigindo o mínimo do mínimo."

Simulação feita pela comissão que criou o sistema indicou que, se o modelo
já estivesse em funcionamento, cerca de 10% dos docentes perderiam seus
regimes de trabalho. A instituição possui 3.554 professores.

"Mas a redução não é automática. Se não atingir os pontos, o professor ainda
terá direito a defesa", afirmou o coordenador da Comissão Permanente de
Avaliação da universidade, Adriano Antonio Natale.

A avaliação começou neste ano. Ao final do período letivo, os docentes devem
entregar as suas chefias os primeiros relatórios referentes à atividade
anual, para o acompanhamento do desempenho trienal.

A Adunesp (associação dos professores) se mostra contrária à medida. Para a entidade, um dos principais problemas é adotar um único sistema de avaliação
para todas as áreas.

O modelo, diz a Adunesp, pode obrigar que os docentes canalizem suas
pesquisas apenas para áreas que tenham apoio e financiamento de empresas.

"Como o professor precisará apresentar uma produção, será mais fácil se ele trabalhar com áreas que recebem financiamento do mercado. Assim, você deixa
de valorizar outras atividades", disse Antônio Luis de Andrade, diretor da
entidade.

Andrade cita um exemplo: "Ao mercado, não interessa desenvolver medicamentos
para doenças tropicais. Por isso, deixaremos de estudá-las?"

Fonte: Folha de SP (4/12), segundo Jornal da Ciencia Hoje


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Dani Gamerman
Depto. de Métodos Estatísticos
Instituto de Matemática - UFRJ
Caixa Postal 68530
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tel (21) 2562 7911
fax (21) 2562 7374
dani@im.ufrj.br
http://dme.ufrj.br/dani
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