a noticia da nota zero e' realmente lamentavel.
Quero apenas manifestar minha discordancia de que a estatistica esteja
incluida
entre as areas em que os programs de pos-graduacao sejam faz de conta e
estao
infestadas de professores improdutivos. Nao sei sobre as outras areas que
voce
lista (sei de outras areas, mas nao dessas). Mas quanto a estatistica,
nossos
programas tem sido avaliados duramente pela CAPES. Mesmo aqueles programas
que
possuem um corpo produtivo estao lutando com dificuldades para subir no
ranking
da CAPES. Na minha opiniao, se ainda existe algum programa com muitos
professores
improdutivos, ele nao sobrevivera' mais uma rodada de avaliacao da CAPES na
area de estatistica.
Mas temos problemas serio: uma baixa capacidade de atrair alunos
para o douotrado e para a vida academica. Os concursos para professores
adjuntos estao por toda parte e nao se conseguem candidatos.
Renato Assunção
Universidade Federal de Minas Gerais
Instituto de Ciencias Exatas
Departamento de Estatistica
Campus Pampulha
Belo Horizonte MG 31270-901 - Brasil
assuncao@est.ufmg.br
FAX: 55-31-3409-5924 PHONE: 55-31-3409-5940
http://www.est.ufmg.br/~assuncao <http://www.est.ufmg.br/%7Eassuncao>
-----gausscordeiro <gausscordeiro@uol.com.br> escreveu: -----
Para: abe-l@ime.usp.br
De: gausscordeiro <gausscordeiro@uol.com.br>
Data: 01/03/2009 15.22
cc: gausscordeiro@uol.com.br
Assunto: [ABE-L]: Nota Zero!
Caros Redistas,
Exatos 1500 professsores temporários da rede pública tiraram nota zero em
exame realizado
em dezembro passado pela Secretaria de Educação de São Paulo para avaliar a
competência
desses mestres. Esses professores não acertaram nenhuma das 25 questões
formuladas.
O pior é que continuarão ministrando aulas graças ao corporativismo
reinante.
Esse ocorrido, entretanto, não é um fato isolado e mostra a crise nacional
que
assola (há muito tempo) o ensino básico e, por extensão, os ensinos
superior e
de pós-graduação nas nossas universidades.
Inúmeros cursos de pós-graduação das universidades federais têm baixíssima
produção científica, são de péssima qualidade e não formam os alunos
adequadamente.
É um verdadeiro faz de conta, em que professores que nunca publicaram
artigos em
periódicos internacionais posam de cientistas. A situação só não é pior,
face ao número
(ainda muito reduzido) de pesquisadores realmente ativos coexistindo com
aqueles professores
que nada produzem, só atrapalham pois se dedicam integralmente às
atividades de
política universitária e do toma-lá-da-cá.
Um dos maiores flagelos desses cursos é o gigantismo que não possibilita
distinguir
aqueles cientistas que produzem conhecimento (no sentido amplo do termo)
daqueles que
apenas reinam num absoluto nivelamento burocrático.
Cabe a nós educadores comprometidos com os reais valores acadêmicos de
competência
e disciplina tentar lutar contra o grande caos que assola esses cursos de
pós-graduação (engenharia
de produção, estatística, matemática, entre outros, aqui incluídos) para
que nossas futuras gerações
de pesquisadores não corram o risco de serem aniquiladas.
Àqueles que participarão da XI EMR, que iniciará amanhã em Recife, podem
estar certos que teremos um evento de excelente nível acadêmico, nada a
dever a
eventos similares realizados no exterior, pois foi concebido por uma
comissão cinetífica
composta por verdadeiros cientistas como acima delineados.
Bom domingo para todos,
Gauss Cordeiro
"O único lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho é no
dicionário" (Vidal Sasson)
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