Caros Redistas,
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Eu gostaria de corroborar com as palavras do Morettin. Eu nunca dei importÃncia ao
fato de um acadÃmico ser pesquisador 1A, 1D ou 2, nem mesmo que seja bolsista de
produtividade do CNPq e, muito menos ainda, de agrupar os periÃdicos em sete nÃveis.
Essas coisas sÃo inerentes à gestÃo dos ÃrgÃos de fomento e devem ser feitas para nortear
as avaliaÃÃes. Entretanto, elas nÃo sÃo soberanas. Os cientistas escrevem seus papers
e seguem a forma tradicional: quando rejeitam o artigo por algum motivo, enviam para
outro periÃdico. A ciÃncia funciona dessa forma.
O que me preocupo à com a qualidade dos cursos de pÃs-graduaÃÃo, onde observo que
em muitos deles, os alunos nÃo tÃm uma boa formaÃÃo acadÃmica, sà se interessam pelo
diploma e nÃo tÃm elan para a pesquisa, professores fingem que ensinam e orientam e
nÃo fazem pesquisa de bom nÃvel. Pesquisa nÃo publicada em periÃdico internacional
para mim inexiste! Por esta razÃo, a academia nÃo està atraÃndo sempre os melhores alunos
como era uma constante na Ãpoca que o Norberto Dachs coordenava a pÃs-graduaÃÃo
em EstatÃstica da UNICAMP nos anos 70.
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Ontem, peguei um tÃxi em Recife, e constatei que o motorista era professor
da rede pÃblica, mestre em direito e fala inglÃs fluentemente. Ele me disse que
quer fazer doutorado para abandonar a rede pÃblica e ver se consegue um
cargo de professor adjunto em alguma universidade pÃblica (de preferÃncia federal),
pois os concursos na Ãrea dele - fora da academia-, tÃm milhares de candidatos.
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Com esse objetivo, està se esforÃando ao mÃximo para o prÃximo exame de seleÃÃo,
quando nÃo està no volante. Em tempo: nÃo irà largar o tÃxi se conseguir o cobiÃado cargo,
pois tem uma clientela cativa graÃas, tambÃm, ao domÃnio do inglÃs.
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Cordiais SaudaÃÃes,
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Gauss Cordeiro
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"Ajuda os teus semelhantes a levantar a sua carga, mas nÃo a carregues."
PitÃgoras
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