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RE: [ABE-L]: Sobre as bolsas de Mestrado.. Ponto final...



   Concordo que o valor das bolsas de mestrado e doutorado deveria ser bem maior. No entanto, na minha opinião, não é razoável querer que no período de 1994 a 2009, ela crescesse nos mesmos percentuais do crescimento do salário mínimo, já que este cresceu muito acima da inflação desde 1994. De qualquer forma, aplicando-se a correção inflacionária de 07/1994 a 10/2009 pelo IPCA, obtém-se que o valor da bolsa de mestrado corrigida pela inflação seria de R$2507,70 (ainda assim mais que o dobro do valor atual).

              Abraço
                 Gustavo

--- On Sun, 10/18/09, Keila Mara Cassiano <keilamath@hotmail.com> wrote:

> From: Keila Mara Cassiano <keilamath@hotmail.com>
> Subject: RE: [ABE-L]: Sobre as bolsas de Mestrado.. Ponto final...
> To: gauss@deinfo.ufrpe.br, abe-l@ime.usp.br
> Date: Sunday, October 18, 2009, 1:11 PM
> 
> 
> 
> 
>  
>  
> A seis anos atrás na UFPE, minha tuma de Mestrado,
>  a "turma de Tatiene", bem comentava em
> "papos de corrredor" que no Mestrado aprendíamos
> muito, crescíamos intelectualmente mas também
> espiritualmente, pois com nossa bolsa adquiríamos todo mês
> uma boa dose do dom do desprendimento,
> desprendimento total de luxos, de bens materiais,
> de boa vida social...
>  
> Fiquem felizes (muito felizes !!!) os que pegaram bons
> tempos!!!  Com certeza há 35, 30,
> 20 anos atrás a carreira acadêmica, desde a
> formação, era muito mais atraente,
> motivante e gratificante do que é pra todos nós
> hoje... Se o poder aquisitivo de um mestrando era
> este comentado, eu, que desprendo-me todo mês de quase
> 10% do meu salário líquido de Assistente
> para pagar a AMPLA (concessionária de
> Niteroi que vende a energia mais cara
> do país), suspiro e deliro de desejo
> ao supor qual era o poder aquisitivo de um
> professor daquele tempo.. Ôôôôôô sonho!
>  
> Se a bolsa de Mestrado corrigida pelo salário
> mínimo deveria estar em 4236,15 reais, valor este que,
> sendo livre de tributos, seria superior ao rendimento
> líquido atual de um Professor Assistente,  em quanto
> deveriam estar nossos salários??? 
> 
>  
> 
> Nem estimemos!!! É melhor nem pensarmos e colocarmos
> um ponto final mesmo nessa conversa porque se formos
> parametrizar mais, nem no sarro, nem de birra, nem Francis
> Hime e Chico Buarque nos consolará... Vamos continuar
> "levando esta chama" e  nos traduzindo nestas
> palavras de outra música que amo, também do Chico
> Buarque:
> 
>  
> 
> 'Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
> Com toda a cama, com toda a lama
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando essa chama
> 
> 
> Mesmo com todo o emblema, todo o problema
> Todo o sistema, todo Ipanema
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando essa gema
> 
> 
> Mesmo com o nada feito, com a sala escura
> Com um nó no peito, com a cara dura
> Não tem mais jeito, a gente não tem cura
> Mesmo com o todavia, com todo dia
> Com todo ia, todo não ia
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando essa guia
> 
> 
> Mesmo com todo rock, com todo pop
> Com todo estoque, com todo Ibope
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando esse toque
> 
> 
> Mesmo com toda sanha, toda façanha
> Toda picanha, toda campanha
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando essa manha
> 
> 
> Mesmo com toda estima, com toda esgrima
> Com todo clima, com tudo em cima
> A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai
> levando
> A gente vai levando essa rima
> 
> 
> Mesmo com toda cédula, com toda célula
> Com toda súmula, com toda sílaba
> A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai
> tomando, a gente vai dourando essa pílula!"
> 
>  
> 
> Beijos
> 
> 
> 
> Keila Mara Cassiano
> 
> Departamento de Estatística
> 
> Universidade Federal Fluminense
> 
> 
> 
>  
> 
> > Date: Sun, 18 Oct 2009 09:46:14 -0300
> > From: gauss@deinfo.ufrpe.br
> > To: abe-l@ime.usp.br
> > Subject: Re: [ABE-L]: Sobre as bolsas de Mestrado
> > 
> > 
> > Cros Redistas,
> > 
> > Seguindo o ponto do Moisés, vejam a Manchete da
> > Folha de São Paulo de hoje em:
> > 
> > http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
> > 
> > intitulada
> > 
> > "Brasileiro paga luz a mais há 7 anos"
> > 
> > Com uma única observação confiável (amostra de
> tamanho um),
> > eu fiz aqui na rede a mesma inferência só que há 35
> anos...
> > 
> > 
> > Saudações,
> > 
> > Gauss
> > 
> > 
> > 
> > 
> > Quoting Moisés Lima de Menezes
> <moises@vm.uff.br>:
> > 
> > > Caros redistas,
> > >
> > > Ainda sobre os valores das bolsas de mestrado.
> > >
> > > Um pouco mais recente do que o Gauss citou...
> > >
> > > Em 1994, quando neste país foi instutuída a
> moeda REAL, na ocasião 
> > > da troca da URV pela moeda atual, o valor do
> SALÁRIO MÍNIMO era de 
> > > R$ 79,00 e o da bolsa de mestrado, R$720,00. Ou
> seja, 9,11 vezes o 
> > > salário mínimo.
> > >
> > > Levando em consideração que o salário mínimo
> não tem lá um grande 
> > > percentual alto de aumento, se a bolsa de
> mestrado acompanhasse este 
> > > índice desde o início do plano real, o valor
> dela deveria ser hoje 
> > > de R$ 4.236,15.
> > >
> > > É realmente lamentável.
> > >
> > > Bom fds.
> > > Moisés.
> > > -- 
> > > Moisés Lima de Menezes
> > > Departamento de Estatística - GET
> > > Universidade Federal Fluminense - UFF
> > > (21)2629-2099 (UFF)
> > > (21)2622-9171 (casa)
> > > moises@vm.uff.br, moises_lima@msn.com
> > >
> > >
> > > Citando gauss@deinfo.ufrpe.br:
> > >
> > >>
> > >> Caros Redistas,
> > >>
> > >> É bastante sabido que a pós-graduação
> brasileira tem perdido
> > >> cérebros por conta das oportunidades de
> trabalho na iniciativa
> > >> privada (em muitas áreas) e dos valores
> baixos das bolsas
> > >> oferecidas. Como um excelente aluno
> (principalmente de outra região
> > >> do curso da pós) será atraído para o
> mestrado com uma bolsa
> > >> de R$ 1200 por mês?
> > >>
> > >> Um ponto para corroborar com esse fato é que
> os valores das
> > >> bolsas não cresceram de acordo com os custos
> praticados por
> > >> moradia, por exemplo. Em 1975 - quando eu
> fazia mestrado na
> > >> COPPE -, a bolsa de mestrado era Cr$ 2400,00
> por mês. Naquela
> > >> época, os custos mensais de aluguel,
> condomínio e eletricidade
> > >> (que eu pagava) giravam em torno de 25%, 3% e
> 1%, respectivamente,
> > >> do valor da bolsa. Em tempo: eu morava num
> apto de sala e
> > >> quarto num lugar excelente da Ilha do
> Governador (RJ).
> > >>
> > >> Nos dias de hoje, quem recebe de bolsa R$
> 1200,00 por mês
> > >> consegue morar em algum lugar do País (com
> decência)
> > >> pagando (incidindo os percentuais acima): R$
> 300,00 de aluguel,
> > >> R$ 36,00 de condomínio e R$ 12,00 de
> energia?
> > >>
> > >> Finalmente, a música que eu ouvia nas
> rádios cariocas em 75
> > >> eram de boa qualidade: "One day in your
> life" com o então
> > >> garoto Michael Jackson, "Mandy" com
> Barry Manilow e por aí vái.
> > >> Felizmente, não era tão popular ainda o
> famigerado "funk".
> > >>
> > >> Bom final de semana para todos,
> > >>
> > >>
> > >> Gauss
> > >>
> > >>
> > >>
> > >>
> > >> -- 
> > >> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de
> antivírus e
> > >> acredita-se estar livre de perigo.
> > >
> > >
> > >
> ------------------------------------------------------
> > > Esse e-mail foi enviado pelo WebMail da UFF
> > > NTi - Núcleo de Tecnologia da Informação e
> Comunicação
> > >
> > >
> > > -- 
> > > Esta mensagem foi verificada pelo sistema de
> antivírus e
> > > acredita-se estar livre de perigo.
> > 
> > 
> > 
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