Re: Res: RES: [ABE-L]: fé e religião

[Silvio Rodrigues de Faria Junior <silvio.faria.jr@gmail.com>]

Olà a todos,

Gostaria de compartilhar algumas reflexÃes que me vieram à cabeÃa
nessa discussÃo.

Assim como a Doris, entendo que o intuito do Prof. Gauss foi realmente
de alertar a todos sobre os perigos e os malefÃcios que esse tipo de
igrejas "caÃa-nÄqueis" (ou outras prÃticas religiosas, esotÃricas,
mÃsticas) trazem Ãs pessoas, isso nÃo à bem uma questÃo religiosa, e
sim um dever moral de todos aqueles que querem promover o bem dentro
da sociedade. Afinal de contas... trazendo ou nÃo um "bem-estar
espiritual" para as pessoas que as frequentam, todos devem ser
alertados.

Agora... independentemente da crenÃa ou descrenÃa que as pessoas
professam, devemos nos lembrar de algo importante.  Para quà serve a
religiÃo? Para fazer nos sentirmos bem? Talvez nÃo...
independentemente de qualquer coisa, todos nÃs somos seres mortais,
devemos nos lembrar sempre de que diante da morte, nossa pequenez Ã
imensurÃvel. Jà que ela à inevitÃvel, as religiÃes tÃm o papel de nos
lembrar disso, e refletir sobre a nossa conduta ao longo de nossas
curtas vidas. E nesse sentido atà o ateÃsmo se encaixa... apesar de
nÃo ser uma prÃtica religiosa, Ã uma postura religiosa.

Sou cristÃo, catÃlico, uma ovelhinha um tanto desgarrada, minha fà e
expressÃo religiosas variaram muito ao longo da minha vida, jà adotei
a postura ateÃsta, agnÃstica. Todo esse movimento... fruto das
constantes reflexÃes que fui fazendo durante a minha jornada atà aqui,
e com certeza ainda tenho muito o que refletir. E todos nesta lista
tambÃm refletirÃo ao longo de suas vidas, Ã um caminho pessoal de cada
um. E nÃo hà nada de errado em alertar nossos companheiros de jornada
de que existem coisas falaciosas e q devem ser evitadas.

Com relaÃÃo à compatibilidade entre fà e ciÃncia, partindo do
argumento de que a ciÃncia à feita por nÃs, que somos conscientes de
nossa limitaÃÃo existencial, e portanto, adotamos uma postura com
relaÃÃo a essa limitaÃÃo. NÃo vejo o por quà das duas prÃticas serem
incompatÃveis. Acho ser natural o atrito entre as duas, mas
incompatibilidade, nÃo. E penso que as duas sÃo importantes, pois atÃ
o momento nenhuma civilizaÃÃo surgiu e se manteve com apenas uma ou
outra exclusivamente.

Gostei muito das referÃncias e discussÃes colocadas, quando tiver
oportunidade vou procurÃ-las.

SaudaÃÃes a todos,


    Silvio