[Prévia] [Próxima] [Prévia por assunto] [Próxima por assunto]
[Índice cronológico] [Índice de assunto]

Re: [ABE-L]: Convergencia



Falando em convergencia, vale lembrar uma afirmaçao que fiz na minha entrevista ao Louzada (Boletim do ISBRA ,2010,v3,n1)

BBP-Em meu trabalho, tanto de pesquisador como de orientador, tento seguir a visão que Henry Daniells expressou no seu discurso de posse na Royal Statistical Society em 1974:

Original work in the context of a statistics department means an advance in statistical theory, however trivial. ……… It also tends to produce the kind of published paper we could do without. On the other hand, an ingenious application of known statistical techniques to a practical problem might be much more worth while and rewarding, yet an examiner may reject ….. because it contains nothing "new". One way round the difficulty is to arrange that for ……jointly between the statistics department and some other department providing the practical problem. To that department the application is original. Of course there has to be evidence of more than just an unimaginative use of routine methods” 

Como sempre trabalhei na COPPE e desde 1998,  na Faculdade de Medicina, procuro seguir estes princípios.



Em 13 de janeiro de 2011 13:57, Jose Carvalho <carvalho@statistika.com.br> escreveu:
É interessante. No passado, décadas passadas, eu ajudava (colaborava) com
pesquisas em medicina e biologia. Lembro-me de que não conseguia financiamento,
nem reconhecimento. Do " lado de cá", matemática, o trabalho era tido como
irrelevante. Não faltava quem, mesmo na estatística, dissesse que fazíamos "
apenas análise de variância e regressão" (crítica besta, dita por quem, hoje
eu sei, não sabia nem uma nem outra e, para ser sincero, coisa alguma de
estatística. Só que era um "dirigente"). Do " lado de lá" , obviamente não
fazámos parte do time da casa. Eles arranjavam dinheiro para equipamento como
microscópios, vidraria, reagente. Pagar um computador, comprar livros  para
nós, ou software estava fora de cogitação. Não de nossos colegas diretamente
envolvidos nos trabalhos, mas dos órgãos financiadores.

Com o tempo, o prestígio do trabalho estatístico cresceu - e muito. Mas os
órgãos financiadores e a alta administração universitária tiveram um grande
atraso nesse reconhecimento. Agora, com genômica, com o sucesso de aplicações
de engenharia à medicina, tudo vem mudando. Só que o sucesso vem de fora.

Vou lhes dizer uma coisa: azar! Eu me diverti, aprendi um bocado e sigo
trabalhando em estatística e computação. Bem praticamente e no olho da
"convergência". Converso - e trabalho - com médicos, engenheiros e tutti
quanti com gosto e desenvoltura.

O futuro é brilhante. Poderíamos te-lo antecipado no Brasil um pouquinho.

Abs

Zé Carvalho

(boa, Carlinhos!)

On Wednesday 12 January 2011 17:39:59 cpereira@ime.usp.br wrote:
> Caros redistas:
> Vejam como a ciencia e seus dirigentes mudam.
> Saudacoes
>
> carlinhos
>
> http://web.mit.edu/dc/Policy/MIT%20White%20Paper%20on%20Convergence.pdf
>
>
> Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>



--

Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.

*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
www.po.ufrj.br/basilio/

*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brazil