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Fwd: ENEM TRI e ABE



Nossa colega Maria Tereza Serrano Barbosa pediu para que eu repassasse
seu texto à lista, pois está com dificuldade para enviar mensagens
para a ABE-l.
Abs,
Vermelho

---------- Forwarded message ----------
From: Tereza Serrano Barbosa <tserranobarbosa@gmail.com>
Date: Fri, 6 Jan 2012 16:13:51 -0200
Subject: Fwd: ENEM TRI e ABE
To: Vermelho <vermelho2@gmail.com>

Caro Vermelho,

Como diretora da Diretoria de Avaliação do Ensino Básico e também como
participante da ABE e desta lista desde o seu início peço novamente  a sua
 gentileza de enviar à lista este texto abaixo. Como não atualizei a
mudança de domínio da Fiocruz  no meu e-mail cadastrado (acho que é isso)
 recebo os e-mails, mas não consigo postar.
obrigada


Aos participantes da lista da Associação Brasileira de Estatística,

Assumi a diretoria de Avaliação do Ensino Básico do INEP em março de 2011 e
pude entrar em contato com um instituto de muita competência e seriedade
que contou e conta com os nomes mais importantes da área da estatística do
Brasil no desenvolvimento e aplicação das suas mais diversas metodologias,
tanto em suas amostras, como na aplicação da Teoria da Resposta ao Item:
Wilton Bussab, Ruben Klein, Pedro Nascimento  e Silva, Dalton Andrade,
Francisco Soares e  Tufi Soares.  O INEP,  desde 1995, utiliza a TRI e
desde 1998 realiza o ENEM. A partir da ampliação do uso do ENEM,  em 2009,
 quando introduziu a TRI em seus exames  e com a contínua e crescente
 substituição dos vestibulares, passou a ser objeto de mais visibilidade e
muitos ataques. Apesar de sabermos  que por trás de muitas das críticas,
processos judiciais e outras tentativas de desmoralização do Instituto,
existem interesses políticos, comerciais e até pessoais, consideramos que
tem sido  salutares e esclarecedoras as discussões que permitiram     a
elaboração de inúmeras  notas técnicas, a participação em palestras (até
para os procuradores do Ministério Público), mesas redondas (ESAMP e
CONBATRI)   buscando fornecer  esclarecimentos  à  sociedade e
principalmente aos participantes do ENEM que são bombardeados por notícias
e processos judiciais que lhes deixam, como é natural, inseguros e cheio de
questionamentos.
Diante da importância desta discussão, sabemos que  nesta lista todos são
capazes de entender que uma avaliação pela  Teoria Clássica é completamente
dependente do teste e que o percentual de acertos em uma disciplina não
está em uma mesma  "escala" que o percentual de acertos em outra
(considerando que depende se o teste é mais fácil ou mais difícil). Também
sabemos que os vestibulares, os concursos e inclusive nossas avaliações em
sala, utilizam metodologias distintas para chegar a uma média final (prova
de aula e prova  escrita; prova escrita e listas de exercícios ou provas
objetivas e redação).
Assim, gostaria de saber se os membros desta lista que postaram a
entrevista do Leonardo Cordeiro,  consideram que  o fato do entrevistado
ter em seu currículo instituições de renome, o torna um especialista em
Teoria da resposta ao Item. Minha preocupação em postar este texto  é de
que a não manifestação dos membros da lista possa fazer  os juízes
considerarem  que a Associação Brasileira de Estatística está concordando
com os argumentos e com o artigo (não publicado) disponibilizado junto ao
texto.
O INEP tem clareza que pode aperfeiçoar ainda mais suas avaliações ,
inclusive introduzindo a TRI no processo de correção da redação, mas é
certo também que é neste instituto que está sendo aplicado o que existe de
mais avançado no Brasil na área de avaliação.
Quanto aos supostos vazamentos, esclareço que em 2009, houve  um roubo de
prova na gráfica contratada pelo consorcio vencedor da licitação e o mEC
suspendeu imediatamente o concurso e um mês depois realizou o exame. Este
crime  foi  devidamente julgado e o Consorcio condenado a devolver ao INEP
o dinheiro recebido; em 2010, existiram erros materiais relacionados à
impressão de 20 mil cadernos de prova Em mais de 4 milhões)  e uma
tentativa de vazamento do tema da redação por  uma mãe , professora e
coordenadora de polo  em Petrolina que também está sendo processada e os 20
mil participantes tiveram o direito de refazer o exame um mês depois. Em
2010, O INEP detectou três dias depois do exame que um colégio em Fortaleza
tinha indevidamente ficado com um caderno do pré-teste aplicado em outubro
de 2010 e reproduzido um ano depois para seus alunos. O MEC imediatamente
chamou a Polícia Federal para investigar e a solução técnica indicada pelos
especilaistas em TRI e aceita pela justiça   foi a de anular as 14 questões
aos estudantes da referida escola. Estes são os fatos.

Saudações

Maria Tereza Serrano Barbosa
Diretora de Avaliação do Ensino Básico do INEP



-- 
Vermelho
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