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Sem acentos, trabalho na universidade publica, porque tenho grande "elan" pela pesquisa cientÃfica. Entendo ser
um fato prezeiroso verÂminhas pesquisas publicadas e contribuir para a producao academica da minha universidade.
Entretanto, tenho magoas desses academicos que se julgam absolutos detentores da verdade,
pela desvalorizaÃÃo do nosso salÃrio e por conta da famigerada isonomia.
Porque nao se combate aqueles que fazem da universidade um bico mesmo sendo DE?
Conheco dezenas de casos na areaÂmedica e em outrs areas: professores que dao apenas aulas e se dedicam
integralmenteÂaos seus consultorios particulares. ÂAproveito aqui paraÂdar um exemplo: se vocà vai a um bom mÃdico
em Recife,Âele(a) te cobra R$ 500 pela consulta. Caso vocà preciseÂretornar depois de 15 dias,Âvocà tem que pagar
outros R$ 500. Assim, num mÃs, ele ganha o equivalente ao valor da bolsa de pesquisa,Âsà que ele gastou 1 hora noÂmÃximo
pelo seu trabalho. Os pesquisadores que dependem do CNPq certamente trabalhamÂmais de 40 horas por mÃs em suas
pesquisas.
Quanto ao ponto do Carlinhos, acho que o pprofessor da USP que nao requer a aposentadoria tem algumas benesses que naoCaros Redistas,
Desculpem a comparaÃÃo, mas acho que os cientistas no Brasil - onde os salÃrios sÃo nivelados por baixo
e nÃo se remunera a produÃÃo cientÃfica -, estÃo ficando cada vez mais parecidos com as "putas velhas" -
aquelas senhoras sofridas da vida que ralam muito para ganhar algum dinheiro.
Com efeito, a CAPES, o CNPq e quase todaos os ÃrgÃos de fomento nÃo remuneram os pareceristas.
Os periÃdicos idem. Uma exceÃÃo à a FAPESP, que remunera R$ 215,00 por processo.
Hoje, cheguei para trabalhar no CCEN-UFPE, Ãs 7hs da manhà e, basicamente, gastei 60% do meu tempo
dando pareceres. Em tempo, nos dois estacionamentos desse centro, contei cinco carros Ãs 13hs 15 min
quando voltei do almoÃo.
Bom carnaval!
Gauss
"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).
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