Este uso à feito para se empregar tÃcnicas de anÃlise de
variÃncia para se comparar as mÃdias das escalas, tomadas como nÃmeros. Isso Ã
feito por quem usa estatÃstica atravÃs de "receitas" - e receitas
velhas. NÃo se deve fazer isso, a meu ver, pelas razÃes:
1. que estÃria à essa de correlaÃÃo? Justifica-se?
2. Tanto a "correlaÃÃo" como o uso da anÃlise de variÃncia, exigem a
noÃÃo de distÃncia, bÃsica na definiÃÃo de uma medida numÃrica. Perguntemos: na
"escala", o 4 Ã o dobro de 2, em algum sentido? 5 -1 Ã a mesma coisa
que 3-2? Jà se verà que a resposta à nÃo. Logo, os " nÃmeros" nÃo sÃo
nÃmeros, sÃo meors rÃtulos, como os "nÃmeros" de nossos RG. Como s
epode fazer uma anÃlise de variÃncia (ou um teste t) sem uma aproximaÃÃo ortogonal?
3. Pior à que as "mÃdias" nÃo contam nada. Eis exemplos.
Considremos as distribuiÃÃes sobre as classes de 1 a 5, nessa
"escala":
A. 0.5, 0, 0, 0, 0.5
B. 0, 0 ,1, 0, 0
C 0.3, 0.2, 0, 0.2, 0.3
Todas tem 3 por "mÃdias". E sÃo totalmente diferentes. Para que
subsituir cinco frequÃncias por um nÃmero? Que se ganha com isso?
4. O pior dessa estÃria à a turma de marketing (e outras turmas,
excepcionalmente "bem" conhecedoras de estatÃstica) completar uma
anÃlise, dizendo que o produto A foi melhor avaliado que o produto B, pois o
primeiro teve mÃdia de aceitaÃÃo de 4 e o outro de 4,5. JÃ vi estudos assim,
sugerindo a troca de B por A no "mix" da empresa.
5. E jà ouvi, da turma de anÃlise sensorial, a declaraÃÃo: "Olhe,
consideramos fazer os estudos com anÃlises de dados discretos. Mas, quando
calculamos o tamanho da amostra para anÃlise de variÃncia, resulta um tamanho
menor do que o exigido para anÃlise de dados categÃricos. Como o
"mercado" aceita a primeira prÃtica, vamos ficar com ela."
Notem que a "escala" em questÃo à meramente uma pergunta aplicada a
um problema qualquer, com painÃis de consumidores. NÃo à uma escala
"validada", aplicada com painÃis de especialistas. (Das quais eu
tambÃm tenho minhas restriÃÃes, porÃm muito mais suaves.)
Enfim: minha resposta à um seguro nÃo. Ou, respondendo à pergunta no tom jocoso
que foi feita, sim à pecado. Inspirado pela palavra "pecado", e com
pena, posso dizer aos que fazem isso - "Perdoai-os, pai. Eles nÃo sabem o
que fazem!"
AbraÃos,
ZÃ Carvalho
On 05/08/2012 07:27 PM, cezar wrote:
Em 07/05/2012 18:10, Julio Stern escreveu:
Caros redistas:
Alguem tem acesso a este artigo?
H. Guerlac (1976)
Chemistry as a Branch of Physics: Laplace's Collaboration with Lavoisier.
Historical Studies in the Physical Sciences
Grato,
Julio Stern
Prezados redistas
Gostaria de obter a opiniÃo de voces sobre a seguinte questÃo: consiste em
"pecado" muito grave obter a mÃdia de graus de satisfaÃao de usuÃrios
de determinado seviÃo, obtida a partir de uma escala tipo 1: muito
insatisfeito; 2: insatisfeito; 3 parcialmente satisfeito; 4-satisfeito; 5-muito
satisfeito ? Ou seja, seria forÃar muito a barra admitir que a distancia entre
as categorias seria a mesma??? Tenho observado trabalhos, especialmente na Ãrea
de Marketing, entre outras, fazendo isso. Outros justificam alegando uma
correlaÃÃo entre o quantitativo e o qualitativo. AlguÃm na lista jà cometeu
esse "pecado" ? Caso nÃo, pode atirar pedras...
Desde ja agradeÃo a atenÃÃo
Cezar