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Re: [ABE-L]: media em escalas ordinais



Nos slides [1] do minicurso de anÃlise de dados categorizados da profa Suely, durante a 57a RBRAS (termina hoje), na pÃgina 65 tem uma proposta para esse assunto. Tenho esse teste implementado num pacotinho [2] em R que desenvolvi a uns 7 anos, quando era estagiÃrio, para automatizar anÃlise descritiva entre outras coisas. Hà muitos caracteres duplos em funÃÃes desse pacote e na epoca escrevi com codificaÃÃo ISO-8859-1. Por isso, quem tiver computador com codificaÃÃo UTF-8, terà problemas na instalaÃÃo. Esse pacotinho pode ser intalado com
 > install.packages("Kmisc", contrib="http://leg.ufpr.br/~elias/Kmisc/")
Para o exemplo em [1], pÃg 67, fazemos
>  scor.test(matrix(c(13,29,7,7,21,7),ncol=3))
Mantel test for ordinal response!
QS statistic: 12.85902 , df = 1
p-value: 0.0003358568
Estimate score's: 2.195122 1.488372
Mu: 1.833333 and standard variance: 0.8055556

[1] http://www.rbras.org.br/~rbras57/sites/default/files/SRGiolo_57Rbras.pdf
[2] http://leg.ufpr.br/~elias/Kmisc/

Att.
Elias T. Krainski

De: Silvana <sligie@globo.com>
Para: Diogo Getulio <diogogetulio@sistemafieg.org.br>
Cc: Jose F. de Carvalho <carvalho@statistika.com.br>; ABE Lista <abe-l@ime.usp.br>
Enviadas: Quarta-feira, 9 de Maio de 2012 8:08
Assunto: Re: [ABE-L]: media em escalas ordinais

Gostei tambÃm da explicaÃÃo e gostaria tambÃm de saber qual a melhor alternativa estatÃstica para avaliar escalas ordinais como a escala de Likert mencionada.

Obrigado.

Att.

Silvana 

Em 9 de maio de 2012 08:01, Diogo Getulio <diogogetulio@sistemafieg.org.br> escreveu:
ParabÃns pela explicaÃÃo! ClarrÃssima e elegante elucidou muitas dÃvidas que tinha. SÃ uma perguntinha â qual seria a alternativa tÃcnica a despeito da escala de likert. 1 insatisfeito... 2 parcialmente satisfeito... etc...
 
 
AbraÃo
 
 
Prof. Diogo Freire
 
De: Jose F. de Carvalho [mailto:carvalho@statistika.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 9 de maio de 2012 07:15
Para: ABE Lista
Assunto: Re: [ABE-L]: media em escalas ordinais
 
Este uso à feito para se empregar tÃcnicas de anÃlise de variÃncia para se comparar as mÃdias das escalas, tomadas como nÃmeros. Isso à feito por quem usa estatÃstica atravÃs de "receitas" - e receitas velhas. NÃo se deve fazer isso, a meu ver, pelas razÃes:

1. que estÃria à essa de correlaÃÃo? Justifica-se?

2. Tanto a "correlaÃÃo" como o uso da anÃlise de variÃncia, exigem a noÃÃo de distÃncia, bÃsica na definiÃÃo de uma medida numÃrica. Perguntemos: na "escala", o 4 à o dobro de 2, em algum sentido? 5 -1 à a mesma coisa que 3-2? Jà se verà que a resposta à nÃo. Logo, os " nÃmeros" nÃo sÃo nÃmeros, sÃo meors rÃtulos, como os "nÃmeros" de nossos RG. Como s epode fazer uma anÃlise de variÃncia (ou um teste t) sem uma aproximaÃÃo ortogonal?
3. Pior à que as "mÃdias"  nÃo contam nada. Eis exemplos. Considremos as distribuiÃÃes sobre as classes de 1 a 5, nessa "escala":

A.  0.5, 0, 0, 0, 0.5
B. 0, 0 ,1, 0, 0
C 0.3, 0.2, 0, 0.2, 0.3

Todas tem 3 por "mÃdias". E sÃo totalmente diferentes. Para que subsituir cinco frequÃncias por um nÃmero? Que se ganha com isso?

4. O pior dessa estÃria à a turma de marketing (e outras turmas, excepcionalmente "bem" conhecedoras de estatÃstica) completar uma anÃlise, dizendo que o produto A foi melhor avaliado que o produto B, pois o primeiro teve mÃdia de aceitaÃÃo de 4 e o outro de 4,5. Jà vi estudos assim, sugerindo a troca de B por A no "mix" da empresa.

5. E jà ouvi, da turma de anÃlise sensorial, a declaraÃÃo: "Olhe, consideramos fazer os estudos com anÃlises de dados discretos. Mas, quando calculamos o tamanho da amostra para anÃlise de variÃncia, resulta um tamanho menor do que o exigido para anÃlise de dados categÃricos. Como o "mercado" aceita a primeira prÃtica, vamos ficar com ela."  Notem que a "escala" em questÃo à meramente uma pergunta aplicada a um problema qualquer, com painÃis de consumidores. NÃo à uma escala "validada", aplicada com painÃis de especialistas. (Das quais eu tambÃm tenho minhas restriÃÃes, porÃm muito mais suaves.)

Enfim: minha resposta à um seguro nÃo. Ou, respondendo à pergunta no tom jocoso que foi feita, sim à pecado. Inspirado pela palavra "pecado", e com pena, posso dizer aos que fazem isso - "Perdoai-os, pai. Eles nÃo sabem o que fazem!"

AbraÃos,

ZÃ Carvalho

 

On 05/08/2012 07:27 PM, cezar wrote:
Em 07/05/2012 18:10, Julio Stern escreveu:
 
Caros redistas:
 
Alguem tem acesso a este artigo?
 
H. Guerlac (1976)
Chemistry as a Branch of Physics: Laplace's Collaboration with Lavoisier.
Historical Studies in the Physical Sciences
 
Grato,
 
Julio Stern
 
Prezados redistas

Gostaria de obter a opiniÃo de voces sobre a seguinte questÃo: consiste em "pecado" muito grave obter a mÃdia de graus de satisfaÃao de usuÃrios de determinado seviÃo, obtida a partir de uma escala tipo 1: muito insatisfeito; 2: insatisfeito; 3 parcialmente satisfeito; 4-satisfeito; 5-muito satisfeito ? Ou seja, seria forÃar muito a barra admitir que a distancia entre as categorias seria a mesma??? Tenho observado trabalhos, especialmente na Ãrea de Marketing, entre outras, fazendo isso. Outros justificam alegando uma correlaÃÃo entre o quantitativo e o qualitativo. AlguÃm na lista jà cometeu esse "pecado" ? Caso nÃo, pode atirar pedras...
Desde ja agradeÃo a atenÃÃo
Cezar
 



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Silvana Ligia 
Professor Federal Technological University of Paranà -  Medianeira, Brazil.
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âPouca coisa à necessÃria para transformar inteiramente uma vida: amor no coraÃÃo e sorriso nos lÃbios".
(Martin Luther King)