Prezados,
Foi comentado na lista que nossos papers deveriam ser consequência de nossos trabalhos e não o objetivo deles, talvez fazendo uma crítica ao fato da nossa colega Cibele da UnB ter comentado anteriormente que sentia-se prejudicada por ter escolhido, digamos, o CSDA para submeter um artigo quando este ainda era qualificado como A2.
Eu respeito esta opinião e até concordo com ela. Seria tudo muito maravilhoso se as regras de avaliação dos programas não nos conduzissem para procedimentos deste tipo. No entanto, programas iniciantes, como o da Cibele, precisam de publicações em periódicos com o mais alto qualis possível em um curto intervalo de tempo. Quem já foi coordenador de PG sabe muito bem que um dos critérios que mais pesam na avaliação é o número de publicações dos professores permanentes do programa em periódicos core do estrato superior (ou seja, A1, A2 ou B1). Para um IME/USP, nota 7, uma pequena variação na avaliação de alguma revista não faz muita diferença. Mas para um programa que está com nota 3 e pretende melhorar a sua classificação faz, e muita.
Não sei exatamente se esta é a melhor maneira de avaliar um programa, não quero entrar neste mérito, mas é a que está colocada. Infelizmente, o lado pragmático deve prevalecer aqui, enquanto não encontrarmos uma maneira mais adequada de fazermos com que o nosso trabalho seja avaliado de uma forma tão dura e objetiva.
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Celso Rômulo B. Cabral
Prof. Associado Departamento de Estatística
Universidade Federal do Amazonas