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Re: [ABE-L]: Replica



Eu apenas contextualizei a fala de um líder político,
o que é diferente de desqualificar uma pessoa moralmente.
Ele pertence a um bloco e aje coerentemente com isso.
Alinhado ao eixo Dilma-Christina-Chavez-Correa-Morales.
Tem atitutes extravagantes,
como a proposta de liberação da maconha,
o que será um flagelo, principalmente nas camadas sociais mais desfavorecidas,
vide o que ocorre com o crack, a cocaína dos pobres.
 
Todo o restante é uma crítica à abordagem classista,
e também à modelagem praticada. Foram minhas as palavras:
"Muitos cenários sombrios precisaram ser revistos diante de novos dados,
o que demonstra o quanto difícil é lidar com dados observados,
em um contexto que envolve os próprios observadores.
Variáveis ocultas, tanto do ponto de vista técnico, como político,
turvam a percepção do que está ocorrendo de fato."
que são equivalentes à sua afirmação: "Precisamos nos dedicar mais ao estudo de CAUSATION."
 
Todo mundo está de acordo que precisamos mudar discursos e objetivos,
o problema é como conduzir essa mudança.
Ele sugere acabar com a sociedade de consumo, com o consumismo, ora
eu particularmente discordo. A sociedade de consumo foi a resposta ao crescimento generalizado da população, a partir da revolução industrial, com o aumento da produtividade. Os produtos não são menos duráveis porque o mercado maquiavélico
quer explorar as pessoas, mas decorrência da impossibilidade de fazer tudo com
a qualidade de um artesão experiente, usando produtos virgens para atender a demanda das massas consumidoras. O socialismo real tentou fazer isso na marra,
reprimindo a demanda e cultivando a ideologia do coletivo, o que resultou em populações pobres, exceto pela elite dirigente, e uma economia estagnada.
 
Na Rio+20 esse discurso foi reproduzido por diversas autoridades e pesquisadores alinhados a uma perspectiva não capitalista. Independentemente da ideologia as instancias de decisão vão ter que combinar demografia, tecnologia, mercadologia, sociologia, economia e muitos outros ias de forma que a crise do século XXI não reverta a sociedade civilizada a muitas eras antes de Cristo.
 
 
 
 
 



 
Em 28 de julho de 2012 23:07, <cpereira@ime.usp.br> escreveu:
Caros redistas recebi o texto do Luis a pouco e identifiquei uma atitude padrão de políticos brasileiros.

Perdoe-me Luis, mas não posso te perdoar.

O maior erro de um debatedor é antes de tudo qualificar o oponente para tentar desmerecer a brilhante conferência que pode ter dado.

A partir dai a pessoa passa a fazer um discurso para mostrar que possui cultura o bastante para mudar o foco do que foi colocado por aquela brilhante palestra.

O presidente do Uruguai falou com propriedade e colocou perguntas muito corretas. Não tem nada haver com o passado dele: se foi comunista guerrilheiro ou coisa que o valha.

O fato é, você fugiu do assunto completamente.  Ele não havia colocado polêmica alguma, pois apenas disse que deveríamos mudar nossos discursos e objetivos.  Para nós estatísticos disse muito: Precisamos nos dedicar mais ao estudo de CAUSATION.

Se alguém quer colaborar com a discussão, por favor, responda apropriadamente as perguntas feitas, mas não tente desmerecer um homem de valor como o presidente.

Um abraço
carlinhos




Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>