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Re: [ABE-L]: Nosso ensino...



Quoting Basilio de Bragança Pereira <basilio@hucff.ufrj.br>:

> Essa nostalgia esta me deixando deprimido Ze Carvalho.
> Gente  a juventude de hoje sabe muito mais do que nos sabiamos na idade 
> deles . Vejam ai nosso colegas mais jovens, estao produzindo muito mais do 
> que nos ao voltar do doutorado. Tem muito mais facilidade.
> Para nao falar de outras coisas : viver a vida , sexo , conhecer lugares etc
> As coisa mudaram , nao vamos ficar com essa de "no meu tempo era assim , era
> 
> assado " Isso e coisa de velho!!!!
> Vamos e temtar imita-los .Isso e se conseguirmos!!! 
> 
> 
> Jose Carvalho Escreveu: 
> 
> > Só para se constatar (mais uma vez) a péssima qualidade de nosso ensino,
> vale 
> > a pena ler, do mesmo Iochspe, a  elegia ao ensino de Cuba.  
> > 
> > http://veja.abril.uol.com.br/gustavo_ioschpe/index_190208.shtml 
> > 
> > No artigo, contrastam-se os números, brasileiros, cubanos e outros, de 
> > avaliações feitas pela UNESCO. Estamos bem mal!  
> > 
> > (Já começo a ter vergonha de dizer que fui (e sou, se me permitem dizer) 
> > professor. Quanto da culpa me cabe?) 
> > 
> > Abs 
> > 
> > Zé C.
> > -- 
> > José F. de Carvalho, PhD
> > Statistika Consultoria
> > +55-19-3236-7537
> 
> 

Pedro Morettin <pam@ime.usp.br>

Sobre o e-mail do Basilio e do L.Paulo:

1) não é verdade que "nosso(s) colegas mais jovens, estao produzindo muito mais
do que nós ao voltar do doutorado. Têm muito mais facilidade."
Primeiro, por que a maioria faz o doutorado aqui mesmo, em programas
estabelecidos por "velhos" de visão.
Segundo, "têm mais facilidade" em que sentido? Provavelmente, porque encontram
um ambiente mais propício do que no passado.
Terceiro, não sei em nome de quem esta afirmação é feita, porque daqueles
"velhos" que eu conheço, a maioria está produzindo tanto quanto ou mais do que
muitos "novos".

2) Luis Paulo, é IMS e não ISI. Mas não concordo que seja uma encampação.
Quanto ao problema de nossos alunos , o que se passa está relacionado com o item
(1) acima. Enquanto nos EUA, por exemplo, os professores pesquisadores das
melhores universidades têm prazer e vontade de ensinar(há prêmios para "
excellence on teaching", ensinar motiva a escrever textos, daí a enorme produção
de textos em todos os níveis neste país), aqui nossos professores pesquisadores
na realidade esquecem a parte "professores": o que se vê é um desinteresse pelo
ensino em todos os níveis: cursos de serviço, bacharelados, mestrado e doutorado.
Na minha opinião, a grande misão da Universidade é a Graduação e é neste nível
que devemos ter nossos melhores professores.

Saudações,

Pedro Morettin