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From:
Ignacio Godinho Delgado <ignaciodelgado@oi.com.br>
Date: 2008/10/22
Subject: [ UFJF LIVRE 1014 ] Pesquisas Datatempo sob suspeita
To:
ufjflivre@googlegroups.com
----- Original Message -----
From: "pabeto.figueira" <
pabeto.figueira@uol.com.br>
To: "ignaciodelgado" <
ignaciodelgado@oi.com.br>
Sent: Wednesday, October 22, 2008 12:43 PM
Subject: En:pesquisas sob suspeita
Caros amigos,
depois de ver a divulgação desta pesquisa do instituto Datatempo em JF que
coloca o Custódio à frente, fui dar uma pesquisada na rede e achei matérias
informando que, em vários municípios, foi probidida a divulgação de
pesquisas deles por suposta manipulação de dados. Segue abaixo uma matéria
da Tribuna de Betim que ilustra o problema. Abraços, Paulo.
Datatempo e CP2 tem mais uma pesquisa barrada pela justiça
em 19/09/2008 23:40:00 (472 leituras)
Justiça proíbe divulgação de pesquisa eleitoral do Datatempo e CP2 em
Divinópolis que foi encomendada pelo candidato Galileu Teixeira (PMDB) sob
suspeita de manipulação
A pesquisa eleitoral encomendada pelo PMDB ao Instituto Datatempo/CP2 está
proibida de ser divulgada. A decisão é da juíza Andréia Barcellos Ferreira,
da 103ª Zona Eleitoral, por suspeita de manipulação dos dados.
O candidato a prefeito pela coligação Quem Faz Está de Volta, Galileu
Teixeira Machado (PMDB), está proibido liminarmente de divulgar a pesquisa
eleitoral realizada pelo Instituto Datatempo/CP2 no período entre 21 e 23 de
agosto. O levantamento, que dá ampla vantagem a Galileu Machado, vinha sendo
veiculado nas propagandas eleitorais do candidato, além de ter ganhado
grande espaço em emissoras de rádio e em um jornal da cidade. A divulgação
já causou um grande estrago aos demais candidatos, principalmente pela
publicidade dada por emissoras de rádio. Quanto à divulgação no referido
jornal, não há motivos para queixas, já que o mesmo se limita a copiar
matérias já publicadas por outros veículos, inclusive do Divinews.com, que
vem tendo suas matérias pirateadas na íntegra pelo bi-semanal.
A proibição da divulgação da pesquisa foi concedida pela juíza Andréia
Barcellos Ferreira, da 103ª Zona Eleitoral. Ela atendeu a reclamação da
coligação Divinópolis Para Todos, do candidato Geraldinho Martins (DEM).
Andréia Barcellos concedeu a liminar, alegando possíveis vícios na pesquisa,
além de fortes indícios de manipulação dos dados.
O levantamento do Instituto CP2 foi encomendado e pago pelo Comitê Eleitoral
de Galileu Machado. Foram ouvidos 423 eleitores, de um universo próximo de
150 mil que estão aptos a votar no dia 5 de outubro..
A suspeita de manipulação está na própria forma de condução da pesquisa.
Foram ouvidos eleitores de apenas 10 dos 270 bairros de Divinópolis. Os
bairros pesquisados são aqueles onde Galileu Teixeira Machado sempre
conseguiu suas mais expressivas votações. No bairro São José, onde Galileu
já demonstrou ampla vantagem em eleições anteriores, foi o local onde a
pesquisa fez o maior número de entrevistas, num total de 20,6%. Já o bairro
Niterói, onde o ex-prefeito também sempre conseguiu mais votos que seus
concorrentes em outros pleitos, ficou em segundo lugar no levantamento,
entrando com 17,7% dos pesquisados. Entretanto, o que mais chama a atenção
na pesquisa e abre a suspeita de que além da manipulação dos dados, também
houve direcionamento para dar grande vantagem ao candidato do PMDB que
encomendou a pesquisa, foi o fato de que apenas 10 dos 270 bairros foram
pesquisados. Isso significa que os entrevistadores do Instituto
Datatempo/CP2 estiveram em apenas 0,27% dos bairros da cidade, ficando
outros 99,63% sem a cobertura do levantamento.
Divinews
Matéria relacionada:
Juiz veta pesquisa da CP2 em Brumadinho
em 19/09/2008 08:50:00 (634 leituras)
Juíza eleitoral impede publicação de pesquisa da CP2 sobre intenção de voto
para prefeito na cidade de Brumadinho
A juiza Christina Motta Gomes, da 52ª Zona Eleitoral, de Brumadinho, acatou
ontem pedido liminar feito pela Coligação "Juntos para Mudar" e proibiu a
divulgação da pesquisa sobre as eleições no município realizada pelo
Instituto CP2, que seria publicada hoje pelos jornais O TEMPO e Super
Notícia. A Coligação "Juntos para Mudar" é o nome da chapa que tem como
candidato a prefeito Zé Paulo (PSDB) e como candidata a vice a petista Nara
Paraguai.
"O pedido de impugnação da pesquisa foi ato de desespero da oposição. A
Justiça concedeu liminar a esse pedido, impedindo que a pesquisa mostre aos
nossos eleitores e amigos a grande vantagem que possuímos em relação a todos
os adversários", protestou o candidato do PV, Neném da Asa, que é o favorito
para vencer as eleições na cidade. "Estranhei a decisão da juíza, pois nada
tem de errado na pesquisa", reclamou o presidente do instituto CP2,
professor Antônio de Pádua. "A pesquisa foi feita dentro dos métodos
científicos e os registros dentro das regras legais", sustenta Pádua.
O levantamento, encomendado pelo Comitê financeiro do PV da cidade, foi
realizado no dia 10 de setembro e entrevistou 403 pessoas em 18 bairros e
distritos de Brumadinho. A margem de erro é de 4,8% (para mais ou para
menos).
A juíza Christina Motta Gomes baseou sua decisão nas alegações da coligação
PSDB-PT de que teria havido "irregularidades de procedimento" na pesquisa, o
que é contestado pelo presidente do instituto CP2.
A única irregularidade apontada pela juíza em seu despacho é a suposta
"imprecisão da amostragem" das regiões do município, em especial dos
distritos. Segundo ela, a amostragem conflita com a distribuição especial da
população apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
O professor Antônio de Pádua contesta a alegação da juíza Christina Motta
Gomes, afirmando que amostragem foi feita rigorosamente de acordo com o
Censo do IBGE de 2000. "O Censo do IBGE diz que 59% da população de
Brumadinho vive na sede e 49% nos distritos. A pesquisa teve como amostragem
59,06% de moradores da sede e 40,94% de moradores dos distritos. A
amostragem seguiu, portanto, os percentuais apurados pelo IBGE", disse o
presidente do instituto CP2. Segundo o candidato Neném da Asa, o seu partido
decidiu encomendar a pesquisa depois de realizar uma enquete entre moradores
do município, que mostrou uma vantagem de sua candidatura de mais de 13% em
relação ao segundo colocado. "Por isso, resolvemos tornar os dados oficiais
e públicos para que toda a população pudesse saber da realidade que ocorre
nas eleições de 2008 em Brumadinho. Nossa alegria foi enorme ao saber dos
resultados. Mas, infelizmente, a oposição ficou desnorteada e pediu,
provisoriamente, que a Justiça impedisse a publicação."
O candidato do PV diz que vai recorrer à Justiça para que os eleitores de
Brumadinho tomem conhecimento dos resultados da pesquisa.
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