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O Andar di Bêbado



Meu supervisor do doutorado, Professor Basu, certa vez no centro de São Paulo me
perguntou qual teria sido nossa probabilidade, no inicio de nossas vidas, de
estar nos encontrando e caminhando no centro de SAMPA naquele momento.  E, é
claro, poderíamos dizer ZERO, sem pestanejar.  Um carioca e um indiano na rua
direita e ele dizendo que tudo era como em Calculta.  Eu carioca e professor da
usp e ele indiano, professor emérito, visitando um departamento de estatística
brasileiro, visitando a casa de meu colega Josa uma vez por semana.  
Então me disse que 

"os eventos importantes de sua vida são somente aqueles que estabelecemos 
probabilidade zero de ocorrência". 
 
Tudo o mais seria irrelevante, no sentido de "tudo o mais" ser comum a mais
pessoas. Dito essa afirmação maluca, o meu interesse é chamar a atenção dos
amigos para olivro 

"O Andar do Bêbado" (de Leonard Mlodinow), 

sobre o acaso.  Vale a pena conferir: a leitura é ótima.

Um pequeno comentário ajuda a motivar a leitura:

Ontem alguns repórteres me telefonaram pedindo a probabilidade de 

"nosso avião cair".  

Fiquei uma fera, pois estou viajando justamente hoje a noite para natal.  Um dos
repórteres ficou bravo comigo: pedi para me dizer quantos são os aviões pequenos
em vôo por semana e qual o número de grandes.  Claro que eu gostaria de poder
avaliar a minha própria viagem.  Quando comecei a fazer essas perguntas eles não
me ligaram mais.  


Saudações
carlinhos



Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>