Caro
Renato, Michel e demais redistas,
Realmente não fui nada específico em meu e-mail. Como disse antes, respeito as
avaliações, os avaliadores e os critérios (embora possa não concordar com
eles). Imagino (nunca tive experiência) que não deva ser nada fácil julgar
pedidos de projetos, bolsas etc e de forma nenhuma desmereço tais julgamentos.
Critérios de fato devem existir, em minha opnião, "acertando-se" ou
"errando-se".
Meus pontos principais foram justamente em relação ao produtivismo e ao
absolutismo de opniões.
Creio que esse mecanismo que você citou, embora possa não ser bem aceito, é
mais justo do que considerar quantidades de artigos, por exemplos. As vezes
sinto que no mundo científico, em algumas situações, olha-se muito mais
quantidade do que qualidade (não digo que a mesma seja fácil de ser mensurada,
isso também é um aspecto muito importante a ser discutido). Parace que o
pesquisador é melhor ou pior se tiver z ou mais artigos.Também, não
necessariamente uma revista com Qualis (ou qualquer outro critério) "baixo"
é "ruim". Nem mesmo, um artigo publicado em revista x é
necessariamente "melhor" do que publicado na revista y. (não estou
criticando o Qualis). Não creio que um artigo que tenha um
"pesado" desenvolvimento algébrico com teoremas e desenvolvimentos
análiticos seja mais importante, necessariamente, (para a Estatística) do que
um artigo que compare métodos de estimação através de simulação, por exemplo.
Entretanto, prefiro não me estender sobre esse assunto.
Em relação ao segundo ponto: "Talvez um comentário importante da
entrevista seja: argumentos não são sagrados, venham de quem vierem.
Eu fiquei surpreso ao chegar aos EUA e verificar que
todos os professores eram chamados pelo seu primeiro nome.
Não tem rapa-pé (é óbvio que tem hierarquia mas ela
funciona de forma diferente. Por exemplo, chefe de
depto e´realmente chefe e não um síndico de condomínio)."
Isto deveria ser a realidade, mas não estou bem certo quanto a isso. As vezes sinto que, em algumas situações, as opniões de "jovens pesquisadores" não são tão bem "recebidas".
As vezes presencio a defesa da utilização de índices por pesquisadores que também dizem que jovens pesquisadores não devem se preocupar em ter valores grandes para aqueles. Isto para mim é um tanto quanto confuso.
Não quero provocar polêmica, continuarei me esforçando para ser um bom pesquisador, seja o que isso signifique.
Cordiais saudações a todos,
Caio