E' impressionante a quantidade de besteira por linha digitada! Quem e' esse imbecil?
On Wed, 23 Mar 2011 13:23:14 -0300, Vermelho wrote
>
Caramba!!??
>
> Em 23 de março de 2011 12:11, Lisbeth Cordani <lisbethk@terra.com.br>
escreveu:
>
>
> Car@s
>
> Vejam a ideia que é passada para o leitor (que em sua grande maioria
desconhece o que é Estatística e o seu papel nas pesquisas) através do artigo de
Hélio Schwartsman (articulista da Folha SPaulo) no último dia 21 março
(Cotidiano).
>
> [WINDOWS-1252?]?Estatísticas são
exatas, mas as
interpretações humanas,
[WINDOWS-1252?]não?.
>
> ?A boa notícia é que a
estatística é
inocente. Ela continua sendo uma
ciência
[WINDOWS-1252?]exata...?
>
> etc...
>
> O link é http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2103201102.htm
e o texto
segue:
>
> ANÁLISE
>
> Estatísticas são exatas, mas as interpretações humanas,
não
>
> HÉLIO
SCHWARTSMAN
> ARTICULISTA DA FOLHA
>
> A chamada medicina baseada em evidências
se funda na
estatística, a qual, sendo uma ciência exata, deveria ser capaz de nos fornecer
algumas certezas, como responder de uma vez por todas se a terapia de reposição
hormonal deve ser utilizada.
> No mundo real, contudo, não só não
encontramos
tal nível de precisão como ainda topamos com trabalhos que desmentem o consenso
da semana anterior para, alguns meses depois, serem eles mesmos questionados por
outros estudos.
> A boa notícia é que a estatística é inocente. Ela
continua
sendo uma ciência exata. O problema é que nós, seres humanos (médicos
incluídos), não somos muito bons em processar as informações que ela nos
fornece.
> Dizemos que um trabalho tem significância estatística quando é
improvável que seus resultados tenham sido produzidos só pelo acaso.
> Mas
o
que entendemos por "improvável"? Evidentemente, é impossível ter 100%
de
certeza. De modo geral, quando temos 99% de significância ou mesmo 95%, nos
damos por satisfeitos e afirmamos haver evidências em favor da nossa
hipótese.
> A questão é que raramente olhamos para o reverso desse número.
No
caso da significância em 95%, de cada cem testes que fizermos, a estatística
prevê que cinco estarão fora de alcance, podendo apresentar qualquer resultado.
Num mundo que produz milhares de trabalhos científicos por semana, é uma questão
de tempo até que surja um estudo que contradiz os anteriores.
> A
"solução" da
comunidade médica tem sido apostar nas metanálises, nas quais se avaliam grupos
de estudos mais ou menos parecidos.
> E as sutilezas da estatística não
são o
único nem o maior problema. Por vieses neurológicos diversos, as pessoas
(médicos inclusive) dão mais valor a instintos e percepções afetivamente
determinadas que a dados científicos.
> Em "O Andar do Bêbado",
o físico
Leonard Mlodinov conta a história de um importante médico que, ao comentar um
trabalho de US$ 12,5 milhões, que praticamente demonstrava que a popular
combinação dos suplementos alimentares glucosamina e condroitina não era melhor
do que placebos na prevenção da artrite, insistiu em afirmar que o tratamento
era possivelmente benéfico.
> Seu argumento, registrado nos arquivos da
rádio
pública dos EUA: "Uma das médicas da minha mulher tem um gato e ela diz que
o
gato não se levanta de manhã sem uma dose de glucosamina e sulfato de
condroitina".
> Se em situações normais já é difícil trocar nossos
instintos
selvagens pelas abstrações dos estudos controlados, isso fica quase impossível
quando esses instintos são reforçados pelos cheques da indústria
farmacêutica.
>
>
> --
> Vermelho
> F.:
(21) 2501 2332 - casa
> 2142 0473 - IBGE
Hedibert
Freitas Lopes, Ph.D.
Associate Professor
Department of Statistical Methods
Institute of Mathematics
Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ)
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