Muito interessante, mesmo! Uma
curiosidade adicional é que, na "viagem de ida", as órbitas dos planetas do
Sistema Solar terrminam em Netuno, mas na "volta", eu contei nove elipses!
Arrisco inferir que esse vídeo foi feito na época das discussões acerca do
"rebaixamento" de Plutão...
Marcelo
----- Original Message -----
Sent: Thursday, June 30, 2011 8:02
AM
Subject: Re: [ABE-L]: Como somos
infinitesimais! Vide texto do Uol.
Pois é, Gauss. O Universo tem 13.7 bilhões de anos enquanto
nosso planeta (Terra) tem 4.6 bilhões de anos. Por cerca de 9 bilhões de anos
o Universo existiu sem o nosso planeta. Não fizemos a menor diferença. Nossa
espécie de primatas evoluídos (Homo sapiens) existe há apenas 200 mil anos
(estimativas vão de 100 mil a 250 mil anos). Não faremos a menor diferença
quando desaparecermos, tal qual nosso planeta. Somos, como você bem disse,
infinitesimais. Recomendo o seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=17jymDn0W6U
. Ele foi produzido pelo American Museum of Natural History e mostra o
Universo tal qual o conhecemos hoje. Fica patente nossa insignificância
cósmica.
Abraços frequentistas, FC
2011/6/29 <gauss@de.ufpe.br>
Quasar distante é objeto mais brilhante já descoberto no
Universo primitivo Do UOL Ciência e Saúde (29/7) Em São
Paulo
Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large
Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO), juntamente com outros
telescópios, para descobrir e estudar o quasar mais distante encontrado
até hoje. Este farol, cujo motor é um buraco negro com uma massa duas
bilhões de vezes maior que a do Sol, é sem dúvida o objeto mais brilhante
descoberto no Universo primitivo. Os resultados deste estudo sairão em 30
de Junho na revista Nature.
"Este quasar é uma importante sonda do
Universo primitivo. É um objeto muito raro que nos ajudará a compreender
como é que os buracos negros de massa extremamente elevada cresceram
algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang," diz Stephen
Warren, o líder da equipe.
Os quasares são galáxias muito distantes e
brilhantes que acredita-se serem alimentadas por buracos negros de grande
massa situados em seu centro. O seu brilho torna-os poderosos faróis que
ajudam a investigar a época do Universo em que as primeiras estrelas e
galáxias se formaram. Denominado ULAS J1120+0641, é visto como era apenas
770 milhões de anos depois do Big Bang (que ocorreu há 13,7 bilhões de
anos). A sua radiação levou 12.9 bilhões de anos para chegar até
nós.
Embora objetos mais distantes já tenham sido observados, este
quasar recem descoberto é centenas de vezes mais brilhante que estes
objetos. Entre os objetos suficientemente brilhantes para poderem ser
estudados em detalhe, este é claramente o mais distante.
O quasar
mais distante depois deste observa-se tal como era 870 milhões de anos
depois do Big Bang. Objetos similares mais longínquos não são visíveis,
uma vez que sua radiação, esticada devido à expansão do Universo,
observa-se essencialmente na região infravermelha do espectro, na altura
em que chega à Terra.
"Demoramos cinco anos para encontrar este
objeto," explica Bram Venemans, um dos autores deste trabalho. "Estávamos
à procura de um quasar com um desvio para o vermelho maior que 6.5.
Encontrar um que está tão longe, com um desvio para o vermelho maior que
7, foi uma surpresa fantástica. Este quasar possibilita-nos um olhar
profundo à era da reinozação, fornecendo-nos assim uma oportunidade para
explorar uma janela de 100 milhões de anos na história do cosmos,
janela essa que se encontrava anteriormente fora do nosso
alcance."
A distância ao quasar foi determinada a partir de
observações obtidas com o instrumento FORS2 montado no Very Large
Telescope do ESO (VLT) e instrumentos montados no Telescópio Gemini
Norte. Uma vez que este objeto é relativamente brilhante, é possível
obter um espectro da radiação por ele emitida (o que corresponde a
separar a radiação nas suas diversas componentes em função da cor). Esta
técnica permitiu aos astrônomos obter muita informação sobre o
quasar.
Estas observações mostraram que a massa do buraco negro no
centro do ULAS J1120+0641 é cerca de dois bilhões de vezes maior que a do
Sol. Uma massa tão elevada é difícil de explicar numa época tão primitiva
do Universo. As teorias correntes para o crescimento de buracos negros de
massa extremamente elevada predizem um aumento lento da massa à medida
que o objeto compacto atrai matéria do seu meio
circundante.
"Pensamos que existem em todo o céu apenas cerca de 100
quasares brilhantes com desvio para o vermelho maior que 7," conclui
Daniel Mortlock, o autor principal do artigo científico. Para encontrar
este objeto foi necessária uma busca muito minuciosa e demorada, no
entanto valeu bem a pena o esforço, já que agora poderemos compreender
melhor alguns dos mistérios do Universo
primitivo.
-- Francisco
Cribari-Neto, cribari@gmail.com, http://sites.google.com/site/cribari
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