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Re: [ABE-L]: compartilhar experiencia



Aproveitando o assunto levantado pelo Prof. Gauss, gostaria de expressar aqui, publicamente, o meus sinceros agradecimentos aos professores Pedro Morettin e Lisbeth Cordani pela incrível doação de dezenas de livros que fizeram à biblioteca do depto de Estatística da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), em Ji-Paraná (RO), em resposta a uma pequena campanha que fiz para ajudar nossos colegas do Norte.

Agradeço também ao estatístico Omar Abbara que comprou três excelentes livros para a bibliteca da UNIR. 

A cultura da doação existe, sim, mas acho que poderia ser bem maior. Há grande generosidade pelo Brasil afora, com certeza. Mas nem sempre há publicidade para tais atos.

Abraços a todos,
Doris




Em 7 de fevereiro de 2012 15:25, gausscordeiro <gausscordeiro@uol.com.br> escreveu:
Ola Pedro,
Otimo saber que existe essa conduta no IME-USP.
Aqui, globalmente em Recife, nao vejo como comum.
Me lembro que um grande jurista nos anos 70s -meu pai me contou do caso -,  que estando muito doente
colocou a sua biblioteca a venda por uma quantia que a UFPE nao se interessou em adquiri-la.
Uma universidade privada da Bahia comprou.
Em tempo, dois pontos que julgo pertinentes:
i) Nao vejo, tambem, comum grandes empresarios do Pais fazerem doacoes as
universidades publicas como eh rotina nos EUA. Uma excecao - um ex-aluno da UFPE dos anos 60s
(Marcos Magalhaes) ao ser nomeado Presidente da Philips da AL, fez uma doacao propria
de US$ 20 mil dolares a nossa instituicao;
ii) eu nao estou doente - muito bem de saude gracas a Deus.
Meu cordail abraco,
Gauss

"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).



 




Em 07/02/2012 14:44, pam@ime.usp.br escreveu:

Sem jogar confete, essa cultura existe sim, em vários lugares. No
IME-USP isso é muito comum.

Citando gausscordeiro :



Caros,

Permitam-me compartilhar uma boa experiencia. Ao longo de 45 anos
comprei muitos livros científicos em sebos de

vários locais, principalmente, do Rio, Recife, São Paulo e Londres.

Inúmeros outros de Física e Matemática herdei da biblioteca do meu
pai, quando ele faleceu.
Há cerca de 10 anos doei todos os meus  livros básicos de
Matemática e Física às escolas públicas
da cidade serrana de Gravatá (PE), principalmente à Escola Estadual
Antonio Farias.
Foram mais de 230 livros, incuindo toda a coleção de Malba Tahan.

De dezembro para cá, estou doando paulatinamente a grande maioria dos
meus livros de nível
superior da área de exatas à Bibliot eca do Centro de Ciências

Exatas e da Natureza (CCEN) da UFPE.
Espero terminar o processo de doação em maio.

Acho que é o mínimo que posso fazer como cidadão, pois estudei
nessa instituição por 5 anos DE GRAÇA
e onde me formei em Engenharia Civil. Não quero jogar confete em mim,
mas acho que no País não existe ainda
esse tipo de cultura.

Entre os livros que estou doando têm verdadeiras obras raras como
todos os volumes de "Calcul Vectoriel"
de Lucien Chattelun (1952), a colecao de quatro livros "Cours de
Mathematiques" de Commissaire e Cagnac (1948)
e mesmo alguns livros dos anos 20.

Além da UFPE, minha esposa entende que nossa familia saiu ganhando,
pois o espaço da
minha biblioteca da minha casa em Gravatá será transformado numa
sala para minhas netas Luiza,
Mariana e Manuela brincarem.

Cordiais Saudacoes,

Gauss Cordeiro

"There is no branch of mathematics, however abstract, which may not
some day be applied to phenomena of the real world" (Lobachevsky).



Pedro Morettin