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Re: [ABE-L]: USP despenca no principal ranking universitário da atualidade



As paginas dos departamentos nao tem sequer opcao em Ingles. As pessoas aqui de fora nao conseguem nem saber o que os pesquisadores dai do Brasil estao fazendo. Olhe, o que ja tive de amigos me fazendo perguntas, interessados em morar no Brasil, interessados em fazer um concurso, mas fica dificil passar qualquer referencia. Nem as paginas dos congressos no Brasil sao em Ingles. Nada ajuda a divulgar. Eu tentei bastante, e ja desisti.

Cada departamento poderia fazer a sua parte e pelo menos disponibilizar um site em Ingles, ja seria um bom comeco.

Abracos,
Michelle F. Miranda




De: Fabio Machado <faprama@gmail.com>
Para: Jose Carvalho <carvalho@statistika.com.br>
Cc: ABE Lista <abe-l@ime.usp.br>
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Outubro de 2013 8:14
Assunto: Re: [ABE-L]: USP despenca no principal ranking universitário da atualidade



 Os processos de contratação é um dos gargalos que dificultam a subida do sistema
 universitário brasileiro para a série A. Concursos gincana, obrigatoriamente em Português,
 obrigatoriamente presencias e muitas vezes com inscrições presenciais, obrigatoriamente 
 com perspectiva de efetivar o contratado, em áreas ultra específicas e muitas vezes 
 datadas etc mantem o Brasil
 fora da rota dos bons candidatos produzidos anualmente pelos programas de doutorado 
 mundo afora. O mundo atravessa 5 anos contínuos de crise econômica, crise esta que
 pegou em cheio o sistema universitário mundial. O que a universidade brasileira fez para
 atrair gente qualificada vinda do exterior?

 Aqui na USP um grupo de ingênuos munidos de marretas invadiram o prédio da reitoria
 para exigir democracia em versão reduzida a eleição direta e paritária para reitor. Sonhar
 pequeno é um direito.

 Saudações

 


2013/10/3 Jose Carvalho <carvalho@statistika.com.br>
Pois eu acredito que o problema não está em redigir teses em inglês, mas em aceitar-se que aulas sejam lecionadas em inglês. E isso decorre de um único fato: podermos contratar pesquisadores internacionalmente. Como inglês é a lingua franca, gente de qualquer nacionalidade poderia ser contratada e teríamos uma melhor seleção. Claro, estou ciente de que temos de mudar o modo de contratação. A estória de concurso público, estabilidade, isonomia, tudo isso teria de ser  mudado, flexibilizado.

Infelizmente, não creio que isso seja sequer objeto de sonho aqui no Brasil.

Abraços.



On 10/03/2013 08:31 AM, Vermelho wrote:
Eu também acho que as universidades brasileiras deveriam investir no Inglês e no Português.
É incrível, inacreditável mesmo, a qualidade de muitos textos produzidos por alunos e professores. Teses e dissertações mal escritas não devem ter seu ônus debitados somente aos alunos, pois os orientadores são corresponsáveis.
Também é difícil crer que quem não consegue se expressar bem na sua língua vá consegui-lo em língua estrangeira. Lembremos de João Guimarães Rosa, que dizia que todos tem obrigação de conhecer muito bem sua língua mãe antes de se aventurar por outras terras (dizem que ele revisava pessoalmente a tradução de suas obras em mais de 10 idiomas!)
Abraços,


Em 3 de outubro de 2013 05:42, Cibele Russo <cibele@icmc.usp.br> escreveu:
Caros,

Uma análise de "Por que as universidades brasileiras vão tão mal nos rankings internacionais?":


falta de inglês é uma das causas apontadas. 

Concordo que seja uma das causas, na minha opinião as universidades brasileiras precisam correr atrás do prejuízo investindo muito mais no inglês, possibilitando a redação de teses e dissertações em inglês, oferecendo (mais) cursos em inglês, incentivando mais o uso de inglês na graduação e direcionando os recursos do Ciência sem Fronteiras para países de língua inglesa. Acho que estamos muito atrasados nesse quesito, se quisermos figurar entre as melhores universidades do mundo.

Just my two cents.
Cibele


Em 3 de outubro de 2013 00:28, Pedro Luis do Nascimento Silva <pedronsilva@gmail.com> escreveu:

Caros,

a postagem do Artur é interessante, e gostaria de fazer o seguinte comentário: cuidado com os rankings. São estatísticas muito voláteis. 

Acredito que em um ano a USP não tenha mudado muito. Organizações tão grandes não tem a capacidade de mudar muito rapidamente. Mas a variação de posição é dramática. O que pode explicar isso é que pequenas variações num indicador quantitativo podem implicar grandes variações nos postos das observações. E ninguém publica medidas da incerteza nem dos indicadores usados para construir os rankings, nem muito menos dos rankings em si. Assim, se não é para comemorar subidas meteóricas, também não é bom sair alardeando quedas bombásticas. Mas vá explicar essa questão aos jornalistas que cobrem o assunto...

Saudações, Pedro.


Em 2 de outubro de 2013 18:47, Artur Lemonte <arturlemonte@yahoo.com.br> escreveu:

Car*s, 

De acordo com o ranking universitário THE (Times Higher Education) - principal listagem de universidades da atualidade -, a USP perdeu pelo menos 68 posições. Vejam o link:


Se a USP está assim, imagine as outras...

[ ]'s, AL.



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