Bom dia!
Não estou a fazer comentários sobre os métodos de Bland-Altman e o método alternativo. Pretendo fazer outra discussão: ao ler o artigo, fica evidente que a tomada de decisão sobre diferenças entre as curvas deu-se exclusivamente a partir de valores de p. Fiquei surpreso porque, uma vez que o plano amostral não foi probabilístico, ou não há qualquer descrição que se possa supor o contrário, os valores de p ou os testes estatísticos de hipótese, ou mesmo intervalos de confiança, não possuem qualquer interpretabilidade, uma vez que a estimativa do erro-padrão é enviesada. Quero ressaltar de que estou me referindo ao contexto teórico da escola frequentista mesmo, pois minha formação é nessa escola, apesar de estudar a escola subjetivista também por conta própria. Por isso reitero que o meu comentário é dentro do campo teórico da escola frequentista.
Por que insistir no emprego da estatística inferencial se o seu uso só faz sentido em planos amostrais probabilísticos? Mesmo que os médicos adorem valor de p e epidemiologistas adorem intervalos de confiança, eles estão completamente equivocados e mal formados em estatística com cursos de fins de semana, ou quatro meses em alguma pós-graduação em saúde.
A conclusão do artigo sobre associação através da significância estatística não me diz absolutamente nada.
Maurício Cardeal
Médico (UFBA), Doutor em epidemiologia pelo Instituto de Saúde Coletiva (UFBA), especialização em estatística aplicada pelo Departamento de Estatística (UFBA)
UFBA - Universidade Federal da Bahia
Em 11-10-2013 20:12, Basilio de Bragança Pereira escreveu:
Os referencias aos artigos originais seguem abaixo e anexo envio um desenvolvimento para dados discretosLuizNão uso o método de Bland e Altman pois acho mais interessante usar o metodo derivado de uma ideia de um colega nosso Ronir Luiz.
LUIZ, R. R.; COSTA, A. J. L.; KALE, P. L.; WERNECK, G. L. Assessment of
agreement of a quantitative variable: a new graphical approach. J. Clin. Epidemiol.,
New York, v.56, n.10, p.963-967, 2003.
LLORCA, J.; DELGADO-RODR¶IGUEZ, M. Survival analytical techniques were
used to assess agreement of a quantitative variable. J. Clin. Epidemiol., New York,
v.58, n.3, p.314-315, 2005.
Em 11 de outubro de 2013 18:16, Luiz Sergio Vaz <luizvaz@sarah.br> escreveu:
Boa tarde.
Alguém da Lista teria experiência com a interpretação e uso dos gráficos de Bland-Altman, para avaliação da concordância entre dois métodos de medição de variáveis contínuas? O artigo original teve mais de 18.000 citações.
No caso , estou comparando a altura da criança em pé (método de referência) com outros 3 métodos: envergadura, altura da criança deitada e a altura estimada pelo comprimento do braço. Segue uma parte do banco de dados (5 crianças), só para mostrar como essas medidas variam:
Alturape
Alturadeitado
Envergadura
Alturaest
95,4
96,7
94,1
97,9
104,7
105,5
103,5
106,1
102
103
102,2
104,4
103
104
100,5
107,4
103,2
104
100,5
104,8
Se alguém tiver algum índice de concordância melhor que o gráfico de Bland-Altman, pode mandar.
Luiz
--
Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
www.po.ufrj.br/basilio/*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brazil
Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Titular Professor of
Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and
COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital
Clementino Fraga Filho.
*Tel: 55 21 2562-7045/7047/2618/2558
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de
Janeiro,RJ
Brazil